sexta-feira, 17 de agosto de 2007

A IMPORTÂNCIA DO RE NO PATRIMÓNIO CONSTRUÍDO

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Em Portugal a construção civil tem vindo a invadir cidades e vilas, a maior parte das vezes de forma desordenada, estando mesmo a criar problemas graves de impermeabilização de solos, de falta de acessibilidades, de fornecimento de água, densificando áreas habitacionais tornando-as guetos, sem zonas de lazer, falta de espaços verdes e equipamentos sociais. O número de casas vazias é já considerável.

Por outro lado a população não tem perspectivas de aumentar pois não têm sido implementadas políticas no sentido de, a tempo e horas, os jovens poderem constituir família, nem tem sido assegurada estabilidade para que as famílias constituídas possam aumentar.

No meio de tudo isto os construtores e seus defensores clamam que é uma actividade que dá trabalho a muita gente! Para que esta afirmação confirmasse as boas intenções de assegurar trabalho e não especulação, talvez fosse mais inteligente e produtivo em sentido amplo, que a construção civil se virasse para o “RE”.

Refiro-me ao RE de REabilitação, de REconstrução, de REutilização, de REaproveitamento, de REmoçar, de REactivar, de REgeneração, de REordenar, de REamar… e, assim - num ciclo sempre constante – asseguravam a sua actividade e especialidade, e por outro todo o património existente estaria sempre actualizado e pronto a ser utilizado fosse habitação ou escritórios. E as nossas cidades e vilas teriam um aspecto muito mais agradável! Talvez isto não passe de uma grande utopia pois tardam os responsáveis que transformem os sonhos em realidade.


Maria Clotilde Moreira
Algés


(Texto recebido por e-mail com pedido de publicação)

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