segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Morrer na Estrada

Esta continua a ser realidade para alguns portugueses. Os acidentes rodoviários têm vindo a baixar progressivamente, mas continuamos a ser o país europeu com maior sinistralidade rodoviária.

Os seguintes gráficos atestam a gravidade da situação, disponíveis no último relatório da Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária.

O distrito de Lisboa, lidera o ranking.

Dados referentes "só" ao 1º semestre 2007

A divisão por tipo de utentes espelha bem a realidade. Porque não são só os condutores as vítimas na estrada.

Os peões também são vítimas.

Ultimamente, surgiu uma petição "online" que visa pressionar os vereadores recém-eleitos na CMLisboa a alterar os limites de velocidade em avenidas como a Estados-Unidos da América ou Infante D. Henrique, de 50 para 80 km/h. Os peticionários acham que 50 km/h é uma velocidade demasiado limitada e que indo mais depressa, se consegue diminuir os riscos de acidente ou entupir menos a cidade.

Esta é a argumentação mais estúpida que eu conheço. Estúpida, idiota e perigosa. Não vou ser "politicamente correcto" em relação a este assunto. Acho um perigo público quem pensa assim e deviam ser proibidos de conduzir ou então sujeitos a repetir o exame de código.

Isto porque as avenidas de Lisboa em questão têm em certos pontos intermédios, iniciais ou finais, passadeiras de peões onde já ocorreram atropelamentos mortais. Também têm sinalização luminosa com vista a limitar a velocidade média de entrada em outras estradas urbanas, onde o limite é 40 ou 50 km/h. Contudo, estes factos parecem ser desconhecidos ou pouco importantes para os peticionários, tirando um ou dois que chamam de anormais estes ditos cujos, e um outro que reclama velocidades de circulação abaixo dos 50 km/h e que chama de assassinos os lisboetas.

O facto de se reduzir a velocidade de 80 para 50 km/h leva a uma maior capacidade de tráfego que a via comporta no seu traçado num dado momento, aumentando, indirectamente, a fluidez e segurança rodoviária, já que o condutor circula a uma menor velocidade e têm mais tempo para reagir. Também o facto de haver pessoas que travam abruptamente em cima do radar é um comportamento perigoso, que não devia de acontecer já que estes estariam a circular a uma velocidade maior do que permitido e não pode servir de desculpa já que há painéis luminosos com avisos à entrada destas vias. E para mais, já foram bem informados :-)



À semelhança de Lisboa, que têm vindo a registar melhorias na segurança rodoviária, especialmente na 2º circular, proponho que se coloquem radares em Oeiras, na Marginal, na A5, na Estrada que liga Paço de Arcos ao Cacém, na CREL e em locais em Algés, Carnaxide, Linda-a-Velha, Dafundo, etc, onde têm havido atropelamentos de peões por excesso de velocidade dos condutores. A verdadeira razão de se colocarem radares é o de proteger aqueles que circulam na via pública, e não o de "sacar" dinheiro ao condutor, contribuinte mas infractor. Estes e os outros têm o direito de não morrer na estrada.

21 comentários:

Unknown disse...

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Caro DC,

É inegável a relevância deste post. Parabéns.
Sou quase diariamente testemunha, na Avenida da República em Oeiras - liga o sobe-e-desce à rotunda da Var N 6-7 - do desrespeito pelos semáforos nas passadeiras de peões, entre outras irregularidades, como o excesso de velocidade.
Já por diversas vezes estive a ponto de ser atropelado em cima da passadeira...

Quanto a Lisboa, ainda há poucos dias ouvi num programa sobre trânsito na cidade, transmitido pela TSF, que o 'record' em Lisboa se mantém nuns inomináveis 190 KM/H na radial de Benfica... CENTO E NOVENTA... palavras para quê?

Abraço,

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Isabel Magalhães disse...

Viva DC;

Não posso estar mais de acordo com este teu artigo.

Continuo a não compreender a benevolência com que são tratados os condutores que por excesso de velocidade atropelam e matam. Tb não sei porque razão não são obrigados a novo exame teórico e prático.

Há umas décadas 'largas' que no Reino Unido as cartas de condução têm anexo um livrinho de 'pontos' onde são contabilizadas as infracções até, finalmente, a carta ser 'caçada'.

Para bem de todos têm que ser tomadas medidas urgentes que ponham fim à carnificina.

***
I.

Anónimo disse...

Nuna é demais chamar a atenção para os limites de velocidade. Aqui em Algés na Av. dos Bombeiros muitos condutores fazem pista. Apesar de ser chamada Av. é uma via com movimento de rua: pedi uma vez na C M O para porem bandas, mas ficaram muito nervosos pois pode estragar os "pópós" ao terem de passar por cima delas com velocidade (?).

Um abraço

Clotilde

O Cu de Oeiras disse...

Concordo plenamente.
Até porque só "Na patinagem sobre o gelo, é que a segurança está na velocidade" dito por: Emerson.

E por falar em PRP, sempre que viajo até ao Algarve ou Alentejo não consigo deixar de reparar num cartaz publicitário da Prevenção Rodoviária Portuguesa, e no sentido obscuro que este encerra. Este cartaz faz parte de uma conspiração estatal para solucionar o problema da segurança social portuguesa. É certo que quem olhe distraidamente para ele verá apenas um simples cartaz, destinado a sensibilizar os automobilistas lusitanos; mas uma segunda leitura, com uma ajudinha semiótica, revela-nos algo verdadeiramente tenebroso: a conspiração do Estado.
O cartaz é muito simples numa perspectiva iconográfica: tem um fundo amarelo, e mostra um desenho a preto, de um automóvel a atropelar violentamente um peão, que é cuspido pelo ar, a rodopiar. Até aqui tudo bem, se não fosse assinado pela frase «É melhor parar por aqui»!
Quer isto dizer que qualquer um de nós pode atropelar um peão, desde de que nos fiquemos por ali. Atropelar um gajo está bem, mas o melhor é não nos excitarmos muito e atropelar mais outro, porque nesse caso já não temos o aval da PRP.
Conseguem perceber o verdadeiro alcance deste incentivo? Qual a sua ligação com as políticas de reforma do sistema de segurança social? Passo a explicar: Em Portugal circulam cerca de cinco milhões e meio de veículos motorizados. O país tem dez milhões de habitantes. A maioria dos condutores de veículos motorizados pertence à população activa. Se os condutores seguirem o conselho da PRP e atropelarem violentamente não mais do que um peão, a população nacional passará para metade num ápice. Et voilá, sistema reformado.

Abraço
Boavida Pires

antonio manuel bento disse...

Os radares s�o um roubo ao bolso do contribuinte honesto e do pequeno comerciante que utiliza uma via que � p�blica. Os limites at� podem estar correctos mas a ca�a selvagem � multa, o tapar os buracos financeiros � custa dos cidad�os � uma vergonha.
Por isso e, apesar de concordar com o caro direct current na generalidade da an�lise das velocidades proponho, ao inv�s de radares - coisa de bufo - lombas, n�o lombas dessas manhosas que nao fazem mossa, mas lombas com mais ou menos 10 cm e de cimento para nao serem arrancadas. Proponho tamb�m nessas rectas que indicou no artigo a coloca�o de um sistema de pinos-pilaretes, que formem uma curva de moda a obrigar o automobilista honesto a abrandar. Deste modo consegue-se uma redu�o efectiva da velocidade sem que haja roubo ao contribuinte. Mas o ladr�o Estado n�o lhe interessa uma situa�o destas, o ladr�o estado quer dinheiro do trabalho dos cidad�os por forma a tapar os buracos da balburdia que por l� existe e dos luxos e ostent��o dos que l� trabalham nos altos cargos - tachos, nao confundir com os jardineiros e por ai.
e J� Agora, caro direct current, porque nao prop�e tamb�m o uso do transporte p�blico e uma cicloivia para esses locais? Que tal politicas ambientais?
Acho que todos n�s nos deviamos preocupar seriamente com o mei ambiente e o seu aquecimento em modo global.

Antonio Manuel Bento, um cidad�os ao servi�o da comunidade

Unknown disse...

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Caro Boavida Pires,

Curiosa leitura a sua do dito cujo sinal, com a qual estou de acordo (a).
Não deixa de ser uma coisa a reflectir.

A minha ideia é outra, mas vai no mesmo sentido:
Nada se faz para melhorar a qualidade de vida dos portugueses - logo a esperança de vida... - precisamente porque quantos mais e mais cedo morrerem melhor para o Estado.

Ele são os acidentes de trânsito, ele são os acidentes de trabalho, ele são as curvas mal desenhadas que não se corrigem, ele são as pontes e viadutos que não se reparam, ele são os cruzamentos fatídicos a pedir rotundas, ele é a sinalização desadequada mais a gasta a pedir pintura, ele são as drogas, ele é a falta de esclarecimento sobre a auto-medicação, ele são os shots prá putalhada nas discotecas, ele são as 'urgências' dos hospitais, etc., e por aí afora.

Só não vê quem anda CEGO !

Razão tinha o Miguel de Unamuno (1864-1936) quando disse de Portugal: "PAÍS DE SUICÍDAS".

Cumprimentos,

(a) Como Designer Gráfico aquilo mais me parece um imperativo, um sinal de 'obrigação'... "Vá, atropela a put* da velha!"

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F. Penim Redondo disse...

Passou um mês desde que lancei a Petição Online pela conversão do limite de velocidade, nos radares de Lisboa, dos 50km/h para 80km/h.

A Petição aproxima-se paulatinamente das 8.000 assinaturas e estamos em pleno Agosto. Só um “cego” não vê o significado que isso tem.

A Petição tem incomodado algumas pessoas. São os fundamentalistas do trânsito e pertencem a diferentes categorias:

- Os que foram afectadas por algum acidente e que, compreensivelmente, ficaram traumatizados. É pena que uma parte dessas pessoas pareça ter dirigido as suas energias não para resolver os problemas mas para castigar a sociedade.

- Os que sonham com um mundo idílico onde só haveria peões e, talvez, bicicletas. Como se trata de uma utopia, que as pessoas crescidas não adoptam, tentam chegar ao mesmo resultado criando toda a espécie de empecilhos aos odiados automobilistas.

- Os que têm da vida em sociedade uma visão burocrática e legalista. Essas pessoas têm dificuldade em perceber que há uma diferença entre a velocidade máxima legalmente permitida e a velocidade máxima para circular em segurança nas situações concretas do dia-a-dia. Que só esporádicamente a velocidade máxima estabelecida por lei pode ser usada, com razoabilidade, na vida prática.

Estas atitudes em várias combinações, a partir de posições fortes na comunicação social e usando despudoradamente os “mortos e feridos”, conseguiram tornar-se a doutrina oficial. Tal só foi possível porque os responsáveis políticos tiveram medo de não parecer “politicamente correctos”.

Em vez de se isolar e punir os causadores de acidentes e os que insistem em comportamentos de alto risco, que são perseguidos com muito pouca convicção, as atenções são todas viradas para a generalidade dos cidadãos inocentes.
Como o objectivo é castigar a sociedade é preciso transformar cada cidadão num assassino disfarçado. A maneira mais fácil de o conseguir é estabelecer padrões de comportamento, por exemplo com os limites de velocidade, quase impossíveis de cumprir.

Mas os milhões de cidadãos que todos os dias desrespeitam os limites legais de velocidade não são, na sua esmagadora maioria, nem “street racers” nem irresponsáveis. São pessoas normais que trabalham; que precisam de chegar ao emprego a horas; que têm em casa, à espera, os velhos ou as crianças; que tentam chegar ao infantário antes que feche; que trabalharam demasiadas horas e já estiveram em demasiados engarrafamentos. Estes é que são os criminosos que se devem perseguir ?

Bem esclarecedor desta lamentável situação é o famoso slogan “guerra civil nas estradas” que procura dramatizar o fenómeno dos acidentes em vez de o esclarecer. Invocam irresponsavelmente as guerras civis mas omitem que os 850 mortos que ocorrem durante um ano nas estradas portugueses são um número atingido em questão de dias, por exemplo nos atentados do Iraque ou mesmo nos homicídios da Venezuela. Se isto não é manipulação...

A tal “guerra civil nas estradas” muitas vezes caracterizada como “de todos contra todos” induz a ideia de intencionalidade. Como se para além de descuidados, impreparados e imprudentes os automobilistas, todos presume-se, tivessem igualmente a intenção de ferir e de matar os seus concidadãos.
Simplesmente vergonhoso.

É absolutamente necessário fazer uma rotação dramática na forma como a prevenção dos acidentes é tratada no nosso país. Para isso há que:

- Abandonar o catastrofismo e as abordagens emocionais e tratar do problema de acordo com a sua verdadeira dimensão.
As fortunas que se têm gasto numa prevenção rodoviária mal perspectivada teriam, provavelmente, salvo muito mais vidas em campanhas de prevenção do cancro ou das doenças vasculares/cerebrais, que matam mais de 40.000 pessoas todos os anos.

- Adoptar uma política de pontuação individual dos condutores, que parece estar a resultar em Espanha, baseada na penalização das manobras perigosas e do consumo de álcool e drogas em vez de privilegiar o incumprimento dos limites abstractos de velocidade.

- Ouvir o que pensa a generalidade dos cidadãos em vez de os tratar como delinquentes.
Se os cidadãos são suficientemente responsáveis para eleger o Presidente e a Assembleia da República também são responsáveis nas questões do trânsito. Se assim não fosse teríamos que concluir que as leis do trânsito não são legitimas pois foram feitas pelos eleitos do povo.

Para finalizar: conduzo há 43 anos, já fiz cerca de um milhão de quilómetros na Europa, na África e na América, nunca fui multado por excesso de velocidade e nunca tive qualquer acidente.

E disse...

Quando tiver alguma coisa original ou queira comentar o meu post, esteja à vontade, F., já que este seu comentário é uma transcrição de um post do seu blog.

E disse...

Isabel,

Estas são só as medidas com maior visibilidade que têm sido tomadas ultimamente e acho que vai haver uma revolução autêntica nas estradas. Não me admiro nada que nasçam radares a 50 km/h como cogumelos em autarquias que tenham problemas financeiros :-) Por outro lado, reduz o número e gravidade de acidentes.

E disse...

Clotilde,

As lombas não são a melhor solução já que um veículo em excesso de velocidade pode perder o controlo. E as lombas se colocadas antes das passadeiras, aumentam a distância de travagem devido à instabilidade que geram no veículo, levando-o a perder aderência por breves instantes.

E disse...

Boavida,

Corrosivo como sempre :)

E disse...

José,

O recorde é de 230 km/h na radial de Benfica, de Fevereiro. :-/

Unknown disse...

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D.C.,

Eu bem que achei pouco... :)
A TSF deve andar mal informada.
Grato pela correcção.

O que há quem não queira perceber, é que a mentalidade dos condutores portugueses os faz assumir o limite máximo de velocidade como uma 'obrigação', isto é, se o limite é tal então é porque se pode andar a tal velocidade (independentemente das condições).

Para o português se lhe limitarem a velocidade numa via a, p.ex., 80 km/h ele acelera e circula a essa velocidade mesmo que seja noite, esteja escuro como breu, haja nevoeiro cerrado, e não se veja um boi à frente...
A única forma de o impedir é limitá-lo e sancionar os prvaricadores.

Só não há mais acidentes porque há condutores que conduzem por si mesmos e pelos outros.

[]

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E disse...

Vou ver se arranjo um tipo que faça uma petição contra aquela petição. Como os interessados são 350 mil munícipes de Lisboa e com uma taxa de 20% de acesso à internet dão 70 mil potenciais assinantes da petição, se calhar até não é má ideia...

Unknown disse...

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"... contra aquela petição."

Petição !? Qual petição !?!?

Ah, percebi. Aquele jogo de efabulações, fantasias e falácias.

'Prego a fundo' nisso... :)

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Isabel Magalhães disse...

DC;


Avisa que eu assino e ajudo a recolher assinaturas.

***
I.

E disse...

Por enquanto, o melhor é escrever um email à C.M.Lisboa. Têm mais impacto do que uma petição, já que o resultado não é o de contestar uma medida com o intuito de serem recebidos em audiência, mas o de apelar à sua manutenção. Uma petição anti-petição não têm muito valor. É preferível "estimular" a defesa do sistema implementado.

Mais informações aqui.

Unknown disse...

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BOA !!

Apoio essa. Mandar um ZILIÃO de mails ao senhor Toninho Costinha a sarrazinar-lhe as meninges !!

Façam o e-mail e mandem-me que eu reenvio para o mundo inteiro - com pedido para reenviar ao Toninho.

[]

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Anónimo disse...

Muito interessante discutir as alternativas para reduzir a velocidade dos carros nas povoações e proteger os peões:
a) radares com multas
b) bandas sonoras pintadas
c) lombas sonoras de borracha amovíveis
d) lombas largas no pavimento
e) curvas, barreiras e estreitamento do pavimento, efeito gincana
f) semáforos accionados pela velocidade
Na minha opinião, radares com multas são de longe a melhor opção, pois os motoristas que se mantêm indiferentes ao barulho das rodas não são indiferentes ao custo da infração. Não há nada como uma boa multa em dinheiro para captar a atenção dos infractores.
As lombas amovíveis são sas piores, pois fazem tremer as casas vizinhas e prejudicam muito mais os moradores do que os motoristas. Não são apropriadas para zonas habitadas, nimguém consegue dormir com o ruido.

Micas10 disse...

VER o impacto das LOMBAS mais amplificadoras de ruido do que redutoras de velocidade numa aldeia ex-pacata
HTTP://ANTONIOPOVINHO.BLOGSPOT.COM/2007/07/PASSEIOS-AOS-PEES-EM-BEIJS.HTML

Os moradores sofrem as lombas 24/7.
Nos 5-10 segundos de passagem os motoristas nem têm tempo para PENSAR em abrandar.

Anónimo disse...

A física clássica diz que a energia cinética (aquela que têm que ser absorvida num impacto) aumenta com o quadrado da velocidade. Por outras palavras: 2 vezes mais rápido implica 4 vezes mais energia a dissipar.

Mas também tenho que ver a realidade do exagero de alguns limites que tornam mais difícil ser cumpridor em Portugal do que na vizinha Espanha ou em Inglaterra onde os limites fazem sentido em cada passagem por zona urbana. Se tem passagens de peões pode ser de 40/50 se os peões têm meios de passar com facilidade e acessibilidade e os condutores têm boa visibilidade pode ser de 70. É fácil de cumprir e é correcto punir quem não cumpre.
O mesmo não posso dizer de cá onde o limite de 50 se impõem em aldeias com portas de casa a dar directas para a estrada, em vias urbanas com 3 faixas, boa visibilidade e passagens de peões condicionadas por semáforos ou passagens superiores como a Av. de Ceuta ou em estradas em recta com boa visibilidade, que a menos de 50m da estrada só tem uma bomba de gasolina, que ,por ser considerada legalmente uma "localidade", tem limite de 50 e onde a BT pesca muitas multas fáceis - estou a referir-me em concreto à recta das Faias na N4 junto a Pegões; mas estou certo que há muitos outros casos semelhantes.
Assim, reclamo que
1- os limites devam ser os mais apropriados a cada local sem generalizações simplistas e
2- o controlo de velocidade seja feito não em locais de multas fáceis (como logo a seguir a sinais limites) mas sim em locais onde o perigo e a sinistralidade seja maior.