Está a ser planeada uma petição para a elevação a concelho da cidade de Queluz, actualmente pertencente ao município de Sintra. A ideia advém da fraca partilha de recursos e da falta de respostas para os problemas identificados na cidade de Queluz.
Segundo os autores, o novo município incluiria as freguesias de Queluz, Massamá, Monte Abraão, Almargem do Bispo, Belas, Casal de Cambra (todas pertencentes ao concelho de Sintra) e a criação de três novas freguesias: Massamá Norte/Campinas, em território sintrense na actualidade, assim como Tercena e Queluz-de-Baixo, que actualmente pertencem a Oeiras.
O futuro concelho de Queluz ficaria assim com uma parte rural (Almargem do Bispo, Belas e Casal de Cambra) e uma parte urbana: a cidade de Queluz que deve ser alargada a Queluz-de-Baixo e Tercena.
«Só assim se unirá o histórico território de Queluz (e do seu Palácio) e poderão criar-se condições para haver um desenvolvimento democrático, económico e social, onde a primeira prioridade será o território de Queluz, e não o centro histórico da vila de Sintra onde se concentram todas as divisões da Câmara, Empresas Municipais, etc».
Imagens e informações cedidas pelo Cidadania Queluz.
É de recordar que o actual concelho da Amadora foi uma freguesia de Oeiras até há precisamente 30 anos (o aniversário do município comemora-se no próximo dia 11). Em Oeiras, já se falou também em extinção de freguesias, como a Cruz Quebrada/Dafundo. Odivelas também se separou, recentemente, de Loures. Será que Queluz merece ser município? Com ou sem Tercena e Queluz-de-Baixo, actualmente oeirenses?
Abre-se a caixa de comentários para um debate sobre o assunto, que se deseja minimamente fundamentado.
8 comentários:
Sou claramente contra a criação de novos municípios, sim a favor da extinção de algumas freguesias por incorporação em outras. No exemplo citado creio que faria todo ao sentido a integração de CQ-Dafundo na freguesia de Algés. O que é necessário fazer é que as Câmaras passem para as Juntas determinadas competências (incluindo meios humanos, materiais e financeiros)como sejam a limpeza/varredura de ruas, a recolha dos monos (frigoríficos, móveis, etc.), manutenção de espaços verdes, nomeadamente. É necessário descentralizar. Quanto mais os concelhos se dividirem em novos concelhos menos poder reivindicativo têm em relação ao Poder do Terreiro do Paço. O Poder que não teria hoje Oeiras com território da Amadora e os quase 400 mil habitantes, e a Amadora teria lucrado porque, certamente, não teria barracas! Vá lá, foram inteligentes em se manterem assoaciados ao município-mãe nos SMAS - Serviços Municipalizados de Água e Saneamento. Loures perdeu poder com a saída de Odivelas. Falam sempre nos "outros" concelhos, por que não em Lisboa com a criação do Concelho de Lisboa Oriental (Olivais e Marvila) com os seus mais de 100 mil habitantes? Oeiras já é um concelho tão pequeno, cortar mais fará sentido? Há é que ter a coragem de extinguir municípios e freguesias, como algumas na baixa lisboeta e no interior? Fará sentido existir o concelho de Barrancos com menos de 3000 habitantes? Por que não um novo município que se poderia designar por Moura-Barrancos? O concelho de Sintra é enorme em extensão - Sintra interior e Sintra litoral, fará sentido que, por exemplo a freguesia de São Marcos possa ser incorporada na Município de Oeiras.
Sou a favor da extinção/fusão de municípios e freguesias, dividir mais não! É um exagero 308 municípios e 4 mil e tal freguesias.
Eu pessoalmente sou contra a criação de mais um concelho. Oeiras já é tão pequenino e se existisse o Concelho de Queluz é claro que teriamos que ficar sem Queluz de Baixo, pois não teria sentido o novo concelho de Queluz não ter esta freguesia que tem Queluz no nome. Isto seria como discutir o sexo dos anjos. Acho que as coisas estão muito bem assim e que os habitantes de Queluz não devem fazer muita questão de ter um concelho próprio, a sua maioria claro.
Como Oeirense não prescidira NUNCA das nossas freguesias de Tercena e Queluz de Baixo, porque Oeiras é feita das suas gentes da sua história repartida pelas suas freguesias, para além de que a nossa identidade é também o nosso território. Acho que este tema não se põe na actual campanha, mas quem sabe no futuro não aja essas tendências, ainda por cima quando muita gente deseja a regionalização.
Raquel
Segundo os dados das eleições europeias este território ficaria com 100.000 eleitores. 24 farmácias e 2 corporações de bombeiros.
Só gostávamos de acrescentar esta informação que entretanto estamos a recolher.
Não me digam que o presidente da junta de freguesia de Queluz já está a preparar o terreno para ser o primeiro presidente da Camara Municipal de Queluz ? Tire o cavalinho da chuva amigo...Como a Câmara Municipal de Sintra em termos políticos está a ser governada pelo PSD, não será por isso que o presidente de Queluz quer criar o seu feudo, à justa medida das suas opções políticas, do PS ? Pensem bem e alguma prudência.
Contra a criação de novos municipios e novas freguesias.
Aliás muitas freguesias não tem razão de existir.
Freguesias urbanas, com a dimensão de Paço de Arcos, Oeiras, Barcarena e Porto Salvo, servem para quê?
Não resolvem nada?
Passam atestados e pouco mais.
Uma parte do trabalho administrativo poderria perfeitamente ser feito por um departamento integrado nas Camaras Municipais
SLB
Cidadania Queluz, obrigado pela informação complementar.
Eu não sou contra o concelho de Queluz, embora também entenda que a criação de mais concelhos e mais freguesias não é aconselhável e bem visto publicamente.
De qualquer forma, olhando para o mapa, observa-se uma grande concentração de freguesias no sul do território; percebo que é pela 'urbanidade' da área, mas acho excessiva a quantidade de divisões propostas. Num hipotético concelho tão pequeno, parecem-me freguesias a mais.
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Sobre Oeiras e Amadora: ainda bem que nos separaram, já temos problemas que cheguem, e a Amadora ainda mais.
Sobre a divisão da Cruz Quebrada: é polémico, mas eu concordo com a sua divisão por Algés e Linda-a-Velha.
E o bugio? Sempre passa a freguesia?
O Bugio!? E de que 'lado' seria? Olhe que a margem sul também reclama a posse do dito.
Com tanta divisão talvez dividi-lo em Bugio norte e Bugio sul...
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