terça-feira, 1 de setembro de 2009

Criação do Município de Queluz

Está a ser planeada uma petição para a elevação a concelho da cidade de Queluz, actualmente pertencente ao município de Sintra. A ideia advém da fraca partilha de recursos e da falta de respostas para os problemas identificados na cidade de Queluz.

Segundo os autores, o novo município incluiria as freguesias de Queluz, Massamá, Monte Abraão, Almargem do Bispo, Belas, Casal de Cambra (todas pertencentes ao concelho de Sintra) e a criação de três novas freguesias: Massamá Norte/Campinas, em território sintrense na actualidade, assim como Tercena e Queluz-de-Baixo, que actualmente pertencem a Oeiras.

O futuro concelho de Queluz ficaria assim com uma parte rural (Almargem do Bispo, Belas e Casal de Cambra) e uma parte urbana: a cidade de Queluz que deve ser alargada a Queluz-de-Baixo e Tercena.

«Só assim se unirá o histórico território de Queluz (e do seu Palácio) e poderão criar-se condições para haver um desenvolvimento democrático, económico e social, onde a primeira prioridade será o território de Queluz, e não o centro histórico da vila de Sintra onde se concentram todas as divisões da Câmara, Empresas Municipais, etc».













Imagens e informações cedidas pelo Cidadania Queluz.

É de recordar que o actual concelho da Amadora foi uma freguesia de Oeiras até há precisamente 30 anos (o aniversário do município comemora-se no próximo dia 11). Em Oeiras, já se falou também em extinção de freguesias, como a Cruz Quebrada/Dafundo. Odivelas também se separou, recentemente, de Loures. Será que Queluz merece ser município? Com ou sem Tercena e Queluz-de-Baixo, actualmente oeirenses?

Abre-se a caixa de comentários para um debate sobre o assunto, que se deseja minimamente fundamentado.

8 comentários:

Zé Alves disse...

Sou claramente contra a criação de novos municípios, sim a favor da extinção de algumas freguesias por incorporação em outras. No exemplo citado creio que faria todo ao sentido a integração de CQ-Dafundo na freguesia de Algés. O que é necessário fazer é que as Câmaras passem para as Juntas determinadas competências (incluindo meios humanos, materiais e financeiros)como sejam a limpeza/varredura de ruas, a recolha dos monos (frigoríficos, móveis, etc.), manutenção de espaços verdes, nomeadamente. É necessário descentralizar. Quanto mais os concelhos se dividirem em novos concelhos menos poder reivindicativo têm em relação ao Poder do Terreiro do Paço. O Poder que não teria hoje Oeiras com território da Amadora e os quase 400 mil habitantes, e a Amadora teria lucrado porque, certamente, não teria barracas! Vá lá, foram inteligentes em se manterem assoaciados ao município-mãe nos SMAS - Serviços Municipalizados de Água e Saneamento. Loures perdeu poder com a saída de Odivelas. Falam sempre nos "outros" concelhos, por que não em Lisboa com a criação do Concelho de Lisboa Oriental (Olivais e Marvila) com os seus mais de 100 mil habitantes? Oeiras já é um concelho tão pequeno, cortar mais fará sentido? Há é que ter a coragem de extinguir municípios e freguesias, como algumas na baixa lisboeta e no interior? Fará sentido existir o concelho de Barrancos com menos de 3000 habitantes? Por que não um novo município que se poderia designar por Moura-Barrancos? O concelho de Sintra é enorme em extensão - Sintra interior e Sintra litoral, fará sentido que, por exemplo a freguesia de São Marcos possa ser incorporada na Município de Oeiras.
Sou a favor da extinção/fusão de municípios e freguesias, dividir mais não! É um exagero 308 municípios e 4 mil e tal freguesias.

Anónimo disse...

Eu pessoalmente sou contra a criação de mais um concelho. Oeiras já é tão pequenino e se existisse o Concelho de Queluz é claro que teriamos que ficar sem Queluz de Baixo, pois não teria sentido o novo concelho de Queluz não ter esta freguesia que tem Queluz no nome. Isto seria como discutir o sexo dos anjos. Acho que as coisas estão muito bem assim e que os habitantes de Queluz não devem fazer muita questão de ter um concelho próprio, a sua maioria claro.
Como Oeirense não prescidira NUNCA das nossas freguesias de Tercena e Queluz de Baixo, porque Oeiras é feita das suas gentes da sua história repartida pelas suas freguesias, para além de que a nossa identidade é também o nosso território. Acho que este tema não se põe na actual campanha, mas quem sabe no futuro não aja essas tendências, ainda por cima quando muita gente deseja a regionalização.

Raquel

Cidadania Queluz disse...

Segundo os dados das eleições europeias este território ficaria com 100.000 eleitores. 24 farmácias e 2 corporações de bombeiros.

Só gostávamos de acrescentar esta informação que entretanto estamos a recolher.

Anónimo disse...

Não me digam que o presidente da junta de freguesia de Queluz já está a preparar o terreno para ser o primeiro presidente da Camara Municipal de Queluz ? Tire o cavalinho da chuva amigo...Como a Câmara Municipal de Sintra em termos políticos está a ser governada pelo PSD, não será por isso que o presidente de Queluz quer criar o seu feudo, à justa medida das suas opções políticas, do PS ? Pensem bem e alguma prudência.

Anónimo disse...

Contra a criação de novos municipios e novas freguesias.
Aliás muitas freguesias não tem razão de existir.
Freguesias urbanas, com a dimensão de Paço de Arcos, Oeiras, Barcarena e Porto Salvo, servem para quê?
Não resolvem nada?
Passam atestados e pouco mais.
Uma parte do trabalho administrativo poderria perfeitamente ser feito por um departamento integrado nas Camaras Municipais
SLB

AFS disse...

Cidadania Queluz, obrigado pela informação complementar.

Eu não sou contra o concelho de Queluz, embora também entenda que a criação de mais concelhos e mais freguesias não é aconselhável e bem visto publicamente.

De qualquer forma, olhando para o mapa, observa-se uma grande concentração de freguesias no sul do território; percebo que é pela 'urbanidade' da área, mas acho excessiva a quantidade de divisões propostas. Num hipotético concelho tão pequeno, parecem-me freguesias a mais.

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Sobre Oeiras e Amadora: ainda bem que nos separaram, já temos problemas que cheguem, e a Amadora ainda mais.

Sobre a divisão da Cruz Quebrada: é polémico, mas eu concordo com a sua divisão por Algés e Linda-a-Velha.

Um de Oeiras disse...

E o bugio? Sempre passa a freguesia?

Isabel Magalhães disse...

O Bugio!? E de que 'lado' seria? Olhe que a margem sul também reclama a posse do dito.

Com tanta divisão talvez dividi-lo em Bugio norte e Bugio sul...