quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Eugénio de Andrade, pseudónimo de José Fontinhas Rato



(Póvoa de Atalaia, 19 de Janeiro de 1923Porto, 13 de Junho de 2005)


As palavras
 
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
 
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
 
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
 
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
 
 
Eugénio de Andrade
 

5 comentários:

Anónimo disse...

Grande Poeta. A sua obra figura entre as eleitas na minha mesinha de cabeceira.

Pedro Correia

Anónimo disse...

Palerma

Anónimo disse...

?
Palerma? Quem é que é o palerma? Acho inaceitável esta linguagem e esta ofença a um leitor, por muito menos me chamaram a atenção e não me publicaram textos, aliás só me publicam textos que estejam interistecamente relacionados com os temas, o que neste caso não acontece. Quanto ao autor da palermice, julgo ser um simples cobarde, daqueles que quando se encontram na rua refilam muito, mas que quando nos chegamos ao pé deles a pedir desenvolvimentos, passam a piar e baixinho.

Pedro Correia

Isabel Magalhães disse...

Mais um "ilitrado" clandestino no concelho!

Quem escreve "ofença" também não é do concelho de Oeiras. Isto não pode estar "interistecamente" relacionado com Oeiras.


:D

Isabel Magalhães disse...

Ao anónimo [26 de Janeiro de 2012 18:43];

Não venha para aqui inverdadar...

Estamos conversados a respeito dos seus comentários que não foram publicados e sabe muito bem a razão.

Ficamos por aqui.