sexta-feira, 28 de julho de 2006

ALERTA À POPULAÇÃO OEIRENSE

Fui informado por fontes seguras de que um escândalo de proporções dantescas está prestes a surgir no Concelho de Oeiras!
A infame "rede" castelhana intitulada de "El Corte Inglés" quer erguer um monstro no centro periférico da nossa vila histórica de Oeiras. Tal facto, a confirmar-se, revela o descalabro, a vergonha e o descaramento a que chegaramos promotores do imobiliário em associação com o poder autárquico em Oeiras!
A Fundição de Oeiras vais ser esventrada, arrasada e por fim demolida para dar lugar a um "El Corte Inglés"!! Ao que chegámos!! Destruir um património riquíssimo ao nível da arquitectura industrial é um crime. A Fundição forma um conjunto edificado de grande valor patrimonial, onde as cantarias se fundem com painéis de azulejos de rara beleza e que só lá os podemos encontrar e maravilhar apreciando um valor único em termos da azulejaria portuguesa.
Não se podem negligenciar exemplos deste calibre da arquitectura nacional moderna industrial que, neste caso, tem com certeza fortes possibilidades de ser considerado património histórico industrial, num dos raros exemplos do que foi a indústria em Oeiras.
Terrenos que valem milhares de milhões de euros, terrenos com dezenas de hectares que às mãos de um dirigente com processos pendentes e em trâmite e a negocia-los com sujeitos espanhóis (de Espanha nem bons ventos nem bons casamentos) levantam as maiores dúvidas e desconfianças.
O "El Corte Inglés" vai arruinar o comércio tradicional e lançar famílias humildes, honestas e trabalhadoras na angústia do desemprego e consequente miséria.
Um país tão arduamente conquistado aos mouros e aos castelhanos é agora vendido a estes últimos à parcela do lote, numa indigna provocação e evidente falta de patriotismo e, sobretudo, violência à memória do grande Senhor Dom Afonso Henriques, Rei de Portugal.
A espada do nosso grande rei deveria ser de novo erguida pelos Oeirenses e agora, com as lâminas das palavras bem afiadas pelo inconformismo, pôr na ordem determinados sujeitos intervenientes no processo de usurpação do território nacional.

António Bento um cidadão de Portugal.

recebido por e-mail com pedido de publicação.

21 comentários:

Unknown disse...

Caro António Bento,

Compreendo bem a sua indignação, que partilho na íntegra.

Há vários anos que esse 'boato' corre, sobretudo na Medrosa, nos bairros mais próximos da Fundição de Oeiras.
Ao longo dos últimos anos tenho procurado averiguar da veracidade do boato. Sempre suspeitei que era mais que um 'boato' e que "Não há fumo sem fogo"...
Nunca o consegui. Uns diziam que 'sim', outros que 'talvez', outros que 'não' e que 'é só um boato', enfim.

A verdade é que aqueles terrenos são particularmente apetecíveis para a especulação imobiliária.
Segundo consegui apurar o único obstáculo a que a Fundição tenha já sido alienada é a ocupação, num dos seus sectores, das oficinas da CP.
Ao que parece ainda não conseguiram 'correr' de lá com ela. Porque no que toca ao resto da Fundição, ocupada por serviços da CMO, uma parte, e usada para feiras e exposições, outra parte, é óbvio que facilmente 'saltam fora', sobretudo se houver interesses económicos da parte de quem sabemos.

Por outro lado mas no mesmo sentido, tenho falado com amigos meus historiadores de História Local, que estão também preocupados ante a iminência dum desastre irreversível.

A Fundição de Oeiras é, como muito bem diz, um dos poucos, e o maior, vestígios da Oeiras Industrial.
Sobre ela já escrevi no blog Rememorar Oeiras, e muito me custa vê-la desaparecer: Rememorar Oeiras: forja de caracteres

Tenho tentado, no contacto directo com Munícipes, sensibilizá-los para a necessidade de defender este património. Confesso que não tenho obtido resultados. As pessoas têm dificuldade em compreender e aceitar que existe uma área da História chamada Arqueologia Industrial e que edifícios como a Fundição de Oeiras também são património histórico-cultural. É pena. Mas é mais fácil sensibilizar as pessoas contra a destruição dum palácio ou de um forte que de uma fábrica.
E Oeiras tem uma longa e antiga tradição, também fabril, e não só agrícola.
Sobrevivem ainda alguns antigos edifícios onde funcionaram indústrias, p.ex. têxteis.
a
Juntemo-nos todos nesta luta pela defesa do nosso património histórico-cultural!

Abraço,

Anónimo disse...

Defender a arqueologia industrial e, neste caso concreto, a Fundição de Oeiras, é fulcral.

No entanto, este texto demonstra uma forte xenofobia contra o povo espanhol e um dramatismo exacerbado, cujo ponte forte ocorre em «O El Corte Inglés vai arruinar o comércio tradicional e lançar famílias humildes, honestas e trabalhadoras na angústia do desemprego e consequente miséria». Numa época de globalização, temos que aceitar os pontos negativos (que, directamente, se resumem à diminuição do número de clientes do comércio tradicional, mas não necessariamente à sua extinção) que contrabalançam os positivos (e a criação de um grande número de postos de trabalho no concelho?).

É claro que há riscos, e não estou a "viabilizar" um projecto dessa envergadura. Mas os limites do bom-senso são ultrapassados quando em causa está apenas a nacionalidade dos investidores.

Cumprimentos,
AFS

Isabel Magalhães disse...

Quando recebi este texto, por e-mail, fui confrontada com mais um alegado futuro atentado ao nosso património.

Quanto a mim, não está em causa o fim em vista ou a nacionalidade dos insvestidores - isso é outro assunto tb muito pertinente mas que não abordarei agora - o que está em causa é mais um delapidar do nosso património e acho caso para dizer "Temos tão pouco e estragamos tanto"!

Gostaria também de focar outro ponto que me suscita dúvidas e que se refere à terminologia usada por dois comentadores - "arqueologia industrial".

Gostaria de saber se foi lapso ou é a denominação correcta.

As minhas saudações.

Unknown disse...

Cara Isabel,

Fui um dos utilizadores da terminologia e tenho-a ouvido no âmbito da História.

É uma área alargada que não se refere apenas a edifícios mas também a maquinaria e equipamentos.

Não estou seguro do enquadramento 'temporal' da mesma mas julgo que se costuma usar como ponto de origem o nascimento da Revolução Industrial e a consequente industrialização e desenvolvimento técnico.
As barreiras temporais são muito difusas, é claro. Não podem ser estabelecidas com grande rigor. E o que está para trás, relacionado principalmente com métodos artesanais e não industriais, está excluído dela.

Isto é o que me ocorre de momento. Mas vou procurar informação e se não me esquecer... :) ... volto cá.
A menos que entretanto alguém melhor informado nos dê um esclarecimento conciso. Eu sugiro até sob a forma de post, dada a importância desta temática (Fundição de Oeiras).

bjs,

Isabel Magalhães disse...

Olá JA;


quando em dúvida pergunto sempre... :)

obrigadissima pelo esclarecimento.

Um []

Anónimo disse...

O termo "arqueologia industrial" refere-se, exactamente, ao que explicou o comentador José António!
Mas, Iabel, só agora é que você se "indigna" com mais esta descarada usurpação? Onde tem andado até agora...? Defendendo o(s) usurpador(es)? Parece bem que sim!
HÁ ANOS que eu próprio (por isso "tenho" de manter o anonimato) soube da "negociação" para instalação do El Corte Inglés nesse espaço "apetecível" de Oeiras. Há que anos... Ainda o actual Presidente não pensava ser Ministro!
Creio mesmo que chegou a existir uma "maqueta" do projecto!
Será você uma das eleitoras que dizia por aí, durante a campanha 2005, que "ele roubou mas fez..."?
Abra os olhinhos!

Isabel Magalhães disse...

Caro anónmo;

eu poderia dizer "tenho andado por aí" mas essa paga direitos de autor ao Pedro Santana Lopes.

qto ao facto de o leitor ter tomado conhecimento "HÁ ANOS"... pois folgo muito, já que eu vou tomando conhecimento quando tomo!

pelo seu comentário e embora a sua escrita me pareça 'conhecida', poderia ser levada a crer que não é leitor habitual do O.L. nem do anterior e que por isso não sabe quem eu apoiei e que lista integrei, - com nome e fotografia - nem a carta aberta que escrevi exactamente a dizer o que criticava ao candidato independente, mas isso também não interessa nada! :)

O que me parece pertinente é o facto de eu não precisar de me esconder no anonimato para dizer o que penso, como munícipe e como cidadã eleitora.

Pense nisso! :)

Anónimo disse...

Caro/a Sfs,
Não posso deixar de aqui deixar um veemente protesto em relação ao facto de considerar o meu texto como algo que pertence à esfera da xenofobia. À pois que esclarecer os seguintes pontos:
1- Jamais no meu texto me referi ao povo espanhol! Referi-me sim aos castelhanos, o que é muito diferente! O povo espanhol não existe, existem povos e regiões invadidas e também elas espoliadas por essas gentes de Castela. A título de exemplo temos pois a Catalunha e o Pais Basco. Pergunte ao povo dessas regiões se são espanhóis e ouvirá a resposta.
2- Portugal lutou com coragem sob as ordens de Dom Afonso Henriques e Dom João I, para escorraçar essas gentes da nossa pátria. Essas guerras e invasões causaram a morte de centenas de milhares de portugueses que, por Portugal, deram as suas vidas para que hoje tivéssemos uma bandeira, uma língua, uma pátria, uma dignidade e uma identidade que a todos nos deve servir de motivo de orgulho.
3- A Espanha actual prospera graças à escravatura que, escamoteada, permite que seja infligida aos imigrantes magrebinos que, ilegais, são obrigados a trabalhar na agricultura dormindo em contentores (quando os há) e trabalhando sem qualquer respeito pelos direitos humanos. A Espanha actual prospera também graças à especulação imobiliária e à destruição do meio ambiente, produzindo por ano mais de um milhão de casas e destruindo a fauna e a flora de uma terra que não escolheu o seu inquilino. (ver Expresso desta semana na secção de economia). Em Aiamonte vão ser construídas mais de 250 mil camas!! Compare-se essa ganância com o cuidado que existe no urbanismo de Vila Real de Santo António!
Agora, a nossa Oeiras não há-de ser vandalizada!
4- Em relação ao dramatismo exacerbado que me acusa quando falo de desemprego apenas uma nota: Não aceito os pontos negativos da globalização porque com ela milhares de famílias humildes de Oeiras ficarão na miséria!
5- Viva Portugal.

António Bento um cidadão oeirense.

Isabel Magalhães disse...

Caro A.B.;

VIVA PORTUGAL!

Não era Sá Carneiro quem dizia - O País está primeiro!" ?

Saudações Digitais.

Anónimo disse...

Após a denúncia e, mais do que criticar, é também preciso arranjar soluções para a Fundição de Oeiras. Reabilitar é fundamental! Mas é também necessário encontrar um uso adequado para aquela infra-estrutura, essa é aliás uma preocupação que me vem acompanhando desde à já algum tempo e para a qual também julgo ter a semente do que poderá ser aquele espaço no futuro.
Adaptar a Fundição de Oeiras a uma estrutura de cariz militar, como por exemplo um Quartel, parece-me a hipótese mais viável por uma diversa ordem de razões:
1- Em primeiro lugar a segurança que uma infra-estrutura militar, como é um quartel, transmite às populações que com ele coabitam. Oeiras julgo que não tem nenhum quartel militar o que é de facto um escândalo.
2- A juventude das centenas de praças do exército e a sua influência e afluência na vila de Oeiras só podem trazer benefícios mais do que positivos
3- O quartel militar poderia ser integrado numa pareceria com a Nato (Estrutura da Aliança Atlântica localizada em Oeiras) criando o eixo Nato – Quartel, servindo este último de estrutura de apoio de retaguarda aquele elemento fundamental que é a Nato de Oeiras e que tanto tem contribuindo para a paz ao nível mundial.

Também não são de descurar outras opções como por exemplo um complexo desportivo, onde piscinas e ginásios fossem instalados nos armazéns da Fundição.

António Bento, um cidadão atento.

Anónimo disse...

O Helvético é capaz de vender a mãe, o pai, a filha, a mulher, o filho e os amigos, para conseguir fazer a negociata e aumentar os saldos em Genéve. E quanto ao pessoal que faz os depósitos atenção que vão logo a seguir.

Isabel Magalhães disse...

No que quer que venha a surgir nas referidas instalações seria bom se pudesse existir um Museu com - pelo menos - parte do espólio da maquinaria.

Unknown disse...

Olá Isabel,

Tanto quanto sei essa já era (maquinaria)...
Não posso confirmar agora, mas creio que já foi tudo alienado.

Há contudo uma coisa de enorme valor, nomeadamente pela beleza, e que são os enormes painéis de azulejo figurados que estão colocados nas paredes, logo em frente, quando se passa o portão. Tanto quanto recordo existem 2 painéis.
Excluindo aquele com a designação da fábrica do lado da Estação e que acompanha harmoniosamente a curvatura do edifício.
Onde penso, aliás, que seria uma entrada de alguma importância, em virtude de ter um portão encimado por uma grande placa — bronze? — representando dois operários a verterem o metal fundido num molde. Símbolo gráfico da fábrica. É, pelo menos para mim, uma peça de rara beleza.

Como estes casos acima citados, encontramos espalhadas por toda a Fundição peças de variada tipologia que temo corram o risco de serem alienadas e desaparecerem para sempre, tragadas pela ganância de gente sem escrúpulos.

Já de imediato vou postar algumas fotos que mostram algumas das peças que referi.

bjs,

Isabel Magalhães disse...

Olá J.A. bom dia!

.......... por lapso não referi os paineis de azulejo e o logo da fábrica, e dos portões nem me lembrei - ando sempre a correr :) - mas claro que tb a eles me refiro.

haja vontade de preservar património, haja profissionalismo e patriotismo e se/quando as instalações forem 'alienadas' tudo isso for passado a papel -leia-se contracto, decreto, ou o que quer que seja que eu não sou jurista - transferir os paineis não é nada do outro mundo.

Há especialistas para esse tipo de trabalho. A História recente dos povos que se interessam pelo seu património está cheia desses exemplos. Basta querer.

Um []

FZ disse...

Já tinha ouvido falar nisto há alguns anos e (egoisticamente?) sempre desejei que não fosse verdade. Será desta? Continuo a desejar que "não".

Mas sempre concordo com quem aqui já referiu que há que reabilitar. Tal como está (a "Fundição") é que não é nada. E se o ECI for a 'única' solução...

Unknown disse...

Caro FZ,

Concordo quando diz que é preciso reabilitar aquele espaço. Claro que deixá-lo como está apenas vai contribuir para que se vá degradando e, eventualmente, acabe por 'vir abaixo' por si mesmo, por falta de manutenção e conservação.

Creio que já dei aqui sugestões possíveis de reabilitação. Espaços para exposições, salas para espectáculos (música, teatro, multimédia, espectáculos interactivos, p.ex.)
Conheço bem a Fundição por dentro e acredite que as secções são muito grandes, o que abre imensas possibilidades.
Porque não uma escola de música e, já agora, outra de artes? Tudo isto traria imensa gente ao Concelho e a Oeiras.

Também seria uma boa ideia a instalação de um museu. Que poderia ser de Arqueologia Industrial, mas não só.
As possibilidades são quase infinitas. Assim haja ideias e vontade, sobretudo vontade. Mas sabemos como infelizmente interesses mesquinhos de gente gananciosa tantas vezes se sobrepõem ao Património... que é de TODOS!!

Um dos problemas que se coloca ao historiador ou ao responsável por um qualquer edifício que é património, é sempre o da utilização a dar ao mesmo, após a utilização original ter perdido a razão de ser.
Acontece com muitos palácios, cuja função original era habitação humana, mas que ficaram 'vazios'. Em muitos têm sido constituídos museus de variado tipo.
Enquanto há ocupação humana para a função original, existe manutenção do espaço. Quando aquela deixa de existir, o espaço torna-se apenas um 'poço' de despesas.
Reabilitá-lo para novas funções contribui para a manutenção e conservação, desde que feito com a devida responsabilidade. Um exemplo negativo é a destruição causada no Palácio do Egipto, quer pela sua ocupação pela ADO, quer pela posterior ocupação por uma cervejaria/casa de fados, que deu a machadada final. Ainda hei-de vir aqui falar deste palácio. Estive lá há dias e é confrangedora a delapidação dos maravilhosos azulejos (creio que do séc. XVI/XVII) que estão na entrada. Outro aspecto disto, da reabilitação, é que permite rentabilizar o edifício, permitindo assim compensar os custos de conservação.

O que me preocupa em relação ao ECI, é que suspeito que a ideia é a demolição total da fábrica e a construção de um completamente novo edifício. TUDO desaparecerá para sempre.
Eu nem sou contra o ECI. Muito me agradaria ter um razoavelmente perto de mim. Acho é que existem outros locais mais apropriados, sem que seja necessário destruir aquele edifício, tão importante na recente história de Oeiras. Porque é que não o fizeram, p.ex., onde existem agora as Varandas do Tejo, ao lado do Tribunal, e que têm poucos anos? Também é muito perto da Estação e até tem vista para o mar, o que é uma mais-valia. Claro que agora o espaço já está ocupado.
Um passeio de satélite pelo Google Earth mostra que ainda existem alguns terrenos contíguos à Fundição onde talvez fosse possível 'encaixar' um ECI. O estacionamento é que teria que ser subterrâneo, se fosse exequível. Tenho a certeza que uma boa equipa de arquitectos e engenheiros seria capaz de encontrar uma boa solução. Mas teriam que ser escolhidos pela sua competência e não por serem 'amiguinhos'...

A ver vamos!

Cumprimentos,

FZ disse...

Concordo, naturalmente. "Assino por baixo" tudo o que diz.

Abraço!

Anónimo disse...

Essa ideia da escola é excelente. Digo mais: um novo polo universitário seria ouro sobre azul para o nosso Concelho. Vejam os exemplos de Braga e Vila Real depois que as universidades ganharam importância naquelas terras.

A Fundição de Oeiras tem uma área tal que cabe lá tudo o que queiram fazer. Dá para fazer uma EXPO em miniatura, se quiserem.

Pessoalmente, penso que museus e casas de espectáculos não serão a melhor opção. Temos que convir que aqueles terrenos valem milhões e têm que ser rentabilizados pelo município.

Tem que ser feito algo que traga gente e sobretudo dinheiro para Oeiras. O Corte Inglés faz isto mas à conta de muito mais trânsito e impostos a pagar à CMO, sem grandes mais-valias a nível cultural ou social.

Também vos digo que os terrenos dão para fazer o El Corte Inglés mais tudo o resto que tem sido dito atrás. O meu avô paterno trabalhou 50 anos naquela fundição, conheço-a desde miúdo e ainda hoje que sou adulto aquilo me parece uma monstruosidade (em tamanho, claro).

Obviamente que qualquer solução tem que passar pela preservação dos azulejos e outros elementos históricos, nomeademente o edifício da antiga administração (logo a entrada, à esquerda). Desde que conservem aquele edifício para lembrar a Fundição, tudo o resto pode ir abaixo, meus amigos, porque trata-se apenas de antigos pavilhões industriais sem grande valor.

A preservação histórica não deve sobrepor-se ao desenvolvimento; há-que encontrar-se uma forma de fazer ambas as coisas e aproveitar aquele enorme potencial de terreno para engrandecer Oeiras.

Anónimo disse...

Pagava para ver o A. Bento entrar no Politicopata! Fónix!

Anónimo disse...

Pessoal, tenho estado aki a ler os vossos comentarios com muito interesse e vejo que foram colocados por pessoas com grande cultura e maior amor 'à causa'!
Se calhar vou cair um pouco no ridiculo, mas, porque não se juntam todos e vão directamente falar com o dono da fundição (seja ele quem for) e tentar partilhar os vossos pensamentos?

Unknown disse...

.

Caro Anonymous (18 Fevereiro, 2007 22:53)

Deixe-me começar por saudar a sua vinda e por lhe dizer que você deve ser uma pessoa de facto muito interessada no nosso blog, para vir ler posts tão antigos, que já só são acessíveis via arquivo.
Mas ainda bem que assim acontece. Isso dá-nos ânimo para continuar a trabalhar, com a certeza de que há leitores atentos e interessados e que vale a pena continuar.

Agora, a Fundição de Oeiras.
Tanto quanto sei o 'dono' é a CMO, sendo que uma parte está ocupada por oficinas da CP. Desconheço os termos do acordo, mas já me soou aos ouvidos que a mesma não quer sair de lá.

Quanto a 'fazer ouvir', acredite que já muita gente e de muito mais elevado gabarito cultural que nós, se manifestou junto da câmara, no sentido de expressar a preocupação geral dos munícipes pelos destinos daquele importante património industrial.

Até agora apenas se conhecem boatos. Temos que aguardar, para ver o desenrolar dos acontecimentos.

Cumprimentos

.