domingo, 16 de julho de 2006

[...Exprobrare...]


{... lançar em rosto possíveis censuras é um acto consciente de acusação. Há quem acuse o próximo por mero defeito. O importante é acusar sem observar! Acusar por isto ou por aquilo uma determinada pessoa, como que se fosse esse o verdadeiro caminho da sua própria libertação acusatória. Um rosto não é um rosto, se os músculos que o suportam ficarem totalmente inertes perante um possível exprobrador. Há também diversos tipos de exprobradores. Os que exprobram e os que são exprobrados!... Mas, por mais que se procure pôr um rosto a descoberto, é preciso não esquecer que há em todos esses músculos uma provável aparência dum sentimento oposto ao reverso.
Há sentimentos que se esbatem na fisionomia de todos os rostos. Há ainda, a impossibilidade de se desvendar o que habita na alma de cada um deles - os quais-, por mais que sejam sujeitos à exprobração alheia... ficam indiferentes ao outro lado da medalha. Será que é possível descrever quantos semblantes existirão num só rosto? Por mais que se observe quais os sentimentos que cada um sabe exprimir... jamais devemos esquecer que nunca sabemos ao certo, qual a sua sinceridade por unidade de superfície!...}

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