Jogadores devem pagar IRSFiscalistas desaprovam isenção de impostos para a selecção
Fiscalistas são contra a isenção de impostos para os jogadores da selecção
O fiscalista Medina Carreira afirma que "poupar trocos a quem ganha milhões" é "ridículo", recusando entrar num debate "idiota" sobre a isenção de IRS do prémio ganho pelos jogadores da Selecção no Mundial 2006. Saldanha Sanches diz tratar-se de um “insulto” para a restante população que paga impostos.
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O Jornal de Negócios afirma hoje que a Federação Portuguesa de Futebol vai pedir ao governo que isente de IRS o prémio de 50.000 euros ganho por cada jogador da Selecção nacional, por terem chegado às meias finais do campeonato do mundo de futebol, que terminou domingo na Alemanha.
Medina Carreira disse à agência Lusa recusar opinar sobre "coisas parvas", considerando "ridícula" a discussão à volta de um pedido de isenção para uma quantia que é "irrisória" para os bolsos dos futebolistas que jogam na Selecção.
"Essa é uma discussão sem alcance", afirma, declarando a sua posição de princípio contrária a qualquer tipo de isenção fiscal, a não ser em casos "muito, muito excepcionais". Neste caso, "seria sempre contra", afirma.
"Poupar 5.000 euros ao Cristiano Ronaldo é ridículo quando ele ganha milhões", conclui.
Seria "insulto", segundo Saldanha Sanches
O fiscalista Saldanha Sanches considera um "insulto" para quem paga impostos e ganha baixos salários uma eventual isenção de IRS para os prémios ganhos pelos jogadores da selecção nacional que participaram no Mundial da Alemanha.
Saldanha Sanches disse que a norma do Código do IRS que isenta do imposto os prémios atribuídos aos praticantes de alta competição por classificações relevantes é "escandalosa" e até "inconstitucional".
No seu entender, não tem cabimento discriminar a actuação dos desportistas, quando os profissionais de outras profissões relevantes para a sociedade e para o país pagam normalmente os impostos devidos pelos valores que auferem.
Com Lusa
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