"Oeiras mais à frente"

Realizou-se na passada sexta feira a segunda assembleia do movimento "Oeiras mais à frente".
Por motivos de força maior não pude estar presente, mas foi-me relatado por várias pessoas a forma como decorreu "reunião".
A história recente está cheia de exemplos do fracasso dos "movimentos" cívicos em Portugal.
São muitos os factores que impedem o sucesso deste tipo de associações, relegando para os partidos políticos a exclusividade do debate e intervenção pública.
Na minha opinião o factor decisivo no sucesso ou insucesso dos movimentos ou associações, deve-se à sustentabilidade dos mesmos.
Quando se cria um movimento têm que existir obrigatoriamente uma razão, uma causa e um objectivo.
O problema começa depois, ou seja, a questão é saber se a razão que sustentou a sua criação se mantém.
Quando não se mantém, como é o caso, tem que existir um objectivo suficientemente forte que motive, dinamize, agregue e sustente o seu funcionamento e seja capaz de o manter com vitalidade.
Qual é o objectivo prático do movimento "Oeiras mais à frente"? Não sei.
A ideia inicial era contribuir para o debate em Oeiras e congregar todos os intervenientes que participaram nas listas do então movimento "Isaltino Oeiras mais à frente".
O objectivo político seria a recandidatura do actual presidente da Câmara, bem como da maioria dos elementos que integraram as listas autárquicas nas últimas eleições.
Com tudo o que se tem passado nos últimos tempos, é razoável pensar que o objectivo já não é o mesmo. As atitudes do Presidente da Câmara mostram claramente que não tenciona recandidatar-se, pelo menos nos "moldes" e com os mesmos apoios conseguidos nas últimas eleições.
Partindo do pressuposto que o objectivo é outro, torna-se urgente clarificar e definir o novo caminho traçado para o movimento, correndo o risco de se extinguir ou ficar reduzido a um grupo de "amigos", como ficou patente nesta ultima reunião de sexta-feira.
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