sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Forte-Farol do Bugio - I

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A pedido de várias famílias aqui ficam algumas, poucas, fotografias da visita guiada de 25 de Agosto de 2007:


LÁPIDE EPIGRAFADA NO ACESSO À BATERIA BAIXA


TALVEZ O ÚNICO SÍTIO 'LIMPO' PARA O MARINHEIRO COLOCAR O QUÉPI


PÚLPITO


ESPAÇO OCO ENTRE OS MUROS E AS PAREDES DE MADEIRA DA CAPELA


ESCADA PARA A TRIBUNA DO ALTAR VISTA ATRAVÉS DUM ROMBO NA PAREDE DA SACRISTIA


TANQUE DE AZEITE


imagens: © josé antónio / comunicação visual 2007 - CLIQUE PARA AMPLIAR
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quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Vivenda 14

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MEMÓRIAS DE ALGÉS DESTRUÍDAS

Em Algés têm estado a ser destruídas as vivendas e pequenos prédios que constituíam o seu núcleo antigo. Primeiro ficam abandonadas, janelas mal fechadas, bocados arrancados, sem que os seus proprietários sejam responsabilizados.. Ou então arrasam-nas e surge prédios destruindo as áreas de quintal, densificando a zona e aumentando os problemas de estacionamento e mobilidade.

Um caso paradigmático é na Rua Manuel Arriaga; a vivenda nº. 14 está há anos abandonada servindo apenas para a proliferação de gatos e maus cheiros. Fala-se que foi doada à Santa Casa e que um morador de Algés se terá candidatado para a sua recuperação. O certo é que ali está abandonada...

As memórias estão a ser destruídas e o centro desta terra será dentro em pouco tempo apenas betão e mais carros em cima dos passeios.

Maria Clotilde Moreira, 02 Abril 2007 Algés

(Texto recebido por e-mail com pedido de publicação)


Nota da nossa responsabilidade: Visitámos há dias a referida moradia e constatámos que se trata dum edifício térreo, provavelmente de finais do Séc. XIX ou princípio do XX, talvez um dos últimos vestígios duma época já desaparecida em que o litoral de Oeiras estava prenhe de pequenas e singelas vivendas, quiçá neste caso construída a mando de alguém ligado à faina do mar, pela profusão de representações da actividade marítima e piscatória. Constatámos ainda a presença no local de um andaime a ser erigido, ao que julgamos saber para reparação do telhado.

imagem: © josé antónio / comunicação visual - CLIQUE PARA AMPLIAR
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quarta-feira, 29 de agosto de 2007

VISITA GUIADA AO FORTE E FAROL DO BUGIO - II

À popa

No porto de recreio de Oeiras


Arrumada a um canto
(porta da sacristia da capela de São Lourenço)

Guarita, bateria alta


Paraíso de gaivotas

Salva-vidas

Embutidos de mármore do altar-mor seiscentista da Capela de São Lourenço

Estado actual do Púlpito


Vista parcial do tecto da capela

Vista parcial do tecto da capela

Grelha alusiva ao martírio de São Lourenço

(pormenor decorativo do altar-mor)

Fotos: Isabel Magalhães (reservados os direitos)

UM ASSISTENTE POR DEPUTADO

«O novo cargo, que poderá ser criado já a partir de meados de Setembro, não implica, como ficou consagrado na lei, um aumento da despesa global com a actividade parlamentar, mas, para ser implementado, exigirá a obtenção de poupanças financeiras noutras áreas de funcionamento da AR. O diploma com as alterações ao estatuto do deputado, que permite a criação do assistente individual, foi publicado em Diário da República na última sexta-feira e estabelece que os encargos com a aplicação desta medida sejam “satisfeitos pelo orçamento da AR, salvo determinação legal especial”. O presidente do Parlamento já disse que a contratação destes assistentes “não pode ser feita com recurso ao aumento do orçamento da AR”, até porque “o Orçamento da Assembleia não pode ter uma expansão superior à do Orçamento de Estado em termos de despesa pública e de despesas com pessoal”.» [Correio da Manhã]


SÓ UM assistente por deputado?! Então, e porque não, também, um 'valet de chambre'?

a Fundição de Oeiras

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A Fábrica de Metalurgia e Construção Metalomecânica de Oeiras, vulgarmente designada apenas por Fundição de Oeiras é um dos mais importantes, imponentes e interessantes vestígios históricos da indústria no Concelho de Oeiras. Nomeadamente e logo por ser um dos poucos sobreviventes das centenas de indústrias que existiram neste concelho e que tanto contribuíram para o seu desenvolvimento.

Foi indubitavelmente uma das maiores fábricas do concelho e aquela que empregou maior número de trabalhadores.
Tem uma longa história e constitui um relevante património concelhio.
Terá sido construída no Séc. XIX, na onda do movimento provocado pela Revolução Industrial.
Talvez tenha começado apenas por ser uma metalúrgica (fundição), tendo mais tarde expandido a sua área e enveredado pela metalomecânica, ampliando as suas instalações.

Foi o sustento de centenas — milhares? — de famílias oeirenses, que ali tinham maridos, mulheres e filhos empregados.
Atravessou a 'longa noite fascista' e sobre ela contam-se as mais incríveis e mirabolantes histórias. Algumas bem reveladoras da mentalidade fascista de uma certa época, como aquela - verídica? - em que os patrões, na ambição do esforço da guerra, fecharam os portões da fábrica, obrigando os operários a permanecer no interior e a laborar continuamente durante uma série de dias sem poderem sair para irem a casa comer ou dormir. Diz-se até que eram as mulheres que lhes levavam a comida em marmitas e que lhas passavam através das grades dos portões. Uma autêntica prisão.

Muitas são também as histórias de greves, tantas delas reprimidas à bastonada, lutas de quem apenas demandava a dignidade de ser operário e ver o seu esforço e sacrifício quotidiano recompensados.
São ainda incontáveis os mutilados. Uns sem braços outros sem mãos ou dedos, trucidados pelas traiçoeiras máquinas. Derrota da carne na luta inglória contra o ferro e o aço que trilham e trucidam os incautos.
É razoavelmente conhecido o papel da Fundição de Oeiras na guerra que opôs o Irão e o Iraque (1980-88), motivada pelo petróleo. A Fundição de Oeiras fabricou nessa altura granadas de morteiro que convenientemente Portugal vendia tanto ao Irão como ao Iraque! (dizem as más línguas...)
O que não se livra da fama, que as marca indelevelmente no panorama industrial, são as banheiras esmaltadas, os fogões e as máquinas de lavar roupa - de fama europeia -, todos considerados de excelente qualidade.

A Fundição de Oeiras guarda no seu interior, em especial no pátio de entrada e no edifício administrativo hoje ocupado por serviços da C.M.O., um valioso espólio de azulejaria, espalhado pelos muros, salas e corredores.
Merece também referência especial o enorme painel de azulejo figurado situado no edifício lateral à esquerda do grande pátio da entrada principal, de que deixo abaixo a imagem possível.

Este maravilhoso painel de azulejo está no pátio de entrada da fábrica
(esperemos que seja salvaguardado)

Como nota final, recordo que no próximo dia 15 de Setembro, às 9h30, irá ser efectuada uma Visita Guiada, com Julião Guimarães e Jorge Miranda como cicerones, integrada nos Caminhos da Memória, da responsabilidade da ESPAÇO e MEMÓRIA - Associação Cultural de Oeiras, para a qual convido todos os interessados. A entrada é livre - leia-se grátis - e o encontro, à hora referida, é na entrada principal da Fundição de Oeiras.
Como já aqui referi, talvez seja a última oportunidade que teremos de conhecer a Fundição de Oeiras como ela foi e é, a confirmarem-se os planos para a sua muito próxima demolição e urbanização da área.

Quero ainda pedir aos leitores que possam ter elementos ou informações sobre a Fundição de Oeiras, sejam de que tipo for, que me possam ajudar a melhor compreender a vida daquela fábrica, o encarecido favor de mos enviarem para o meu email particular - zetolas@mac.com - o que agradeço antecipadamente. Tudo pode ser importante, cartões, documentos, desenhos, fotografias, informações dispersas do género "o meu padrinho fulano de tal trabalhou lá entre 1945 e 1953 nos fornos"... Não interessa. Toda a informação que eu conseguir recolher poderá contribuir para que um dia alguém, certamente muito mais credenciado que eu, faça a urgente história daquele fascinante eco do passado.


imagem: © josé antónio / comunicação visual - CLIQUE PARA AMPLIAR.
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segunda-feira, 27 de agosto de 2007

JAZZ em Setembro

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in Roteiro 30 Dias, n.º 125 - Agosto07
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Morrer na Estrada

Esta continua a ser realidade para alguns portugueses. Os acidentes rodoviários têm vindo a baixar progressivamente, mas continuamos a ser o país europeu com maior sinistralidade rodoviária.

Os seguintes gráficos atestam a gravidade da situação, disponíveis no último relatório da Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária.

O distrito de Lisboa, lidera o ranking.

Dados referentes "só" ao 1º semestre 2007

A divisão por tipo de utentes espelha bem a realidade. Porque não são só os condutores as vítimas na estrada.

Os peões também são vítimas.

Ultimamente, surgiu uma petição "online" que visa pressionar os vereadores recém-eleitos na CMLisboa a alterar os limites de velocidade em avenidas como a Estados-Unidos da América ou Infante D. Henrique, de 50 para 80 km/h. Os peticionários acham que 50 km/h é uma velocidade demasiado limitada e que indo mais depressa, se consegue diminuir os riscos de acidente ou entupir menos a cidade.

Esta é a argumentação mais estúpida que eu conheço. Estúpida, idiota e perigosa. Não vou ser "politicamente correcto" em relação a este assunto. Acho um perigo público quem pensa assim e deviam ser proibidos de conduzir ou então sujeitos a repetir o exame de código.

Isto porque as avenidas de Lisboa em questão têm em certos pontos intermédios, iniciais ou finais, passadeiras de peões onde já ocorreram atropelamentos mortais. Também têm sinalização luminosa com vista a limitar a velocidade média de entrada em outras estradas urbanas, onde o limite é 40 ou 50 km/h. Contudo, estes factos parecem ser desconhecidos ou pouco importantes para os peticionários, tirando um ou dois que chamam de anormais estes ditos cujos, e um outro que reclama velocidades de circulação abaixo dos 50 km/h e que chama de assassinos os lisboetas.

O facto de se reduzir a velocidade de 80 para 50 km/h leva a uma maior capacidade de tráfego que a via comporta no seu traçado num dado momento, aumentando, indirectamente, a fluidez e segurança rodoviária, já que o condutor circula a uma menor velocidade e têm mais tempo para reagir. Também o facto de haver pessoas que travam abruptamente em cima do radar é um comportamento perigoso, que não devia de acontecer já que estes estariam a circular a uma velocidade maior do que permitido e não pode servir de desculpa já que há painéis luminosos com avisos à entrada destas vias. E para mais, já foram bem informados :-)



À semelhança de Lisboa, que têm vindo a registar melhorias na segurança rodoviária, especialmente na 2º circular, proponho que se coloquem radares em Oeiras, na Marginal, na A5, na Estrada que liga Paço de Arcos ao Cacém, na CREL e em locais em Algés, Carnaxide, Linda-a-Velha, Dafundo, etc, onde têm havido atropelamentos de peões por excesso de velocidade dos condutores. A verdadeira razão de se colocarem radares é o de proteger aqueles que circulam na via pública, e não o de "sacar" dinheiro ao condutor, contribuinte mas infractor. Estes e os outros têm o direito de não morrer na estrada.

domingo, 26 de agosto de 2007

VISITA GUIADA AO FORTE E FAROL DO BUGIO.


Ontem, sábado, dia 25 de Agosto do ano da graça de 2007, realizou-se a almejada visita guiada ao Forte de São Lourenço da Cabeça Seca, mais conhecido por Forte do Bugio, organizada pela Espaço e Memória - Associação Cultural de Oeiras, e excelentemente comentada pelos Drs. José Meco e Joaquim Boiça. A minha travessia - a primeira do dia - foi feita num 'semi-rigido' de 4,50m / 5,00m (?) * com lotação para 12 pessoas e a viagem organizada para 250 inscrições teve o custo de 12.50 euros por pessoa, (preço do transporte a cargo da nauticdiver). O dia amanheceu chuvoso e cinzento mas nem isso retirou brilho à visita da emblemática obra seiscentista cujo projecto inicial previa 2 anos para a execução que se prolongou por 67 anos.

Escrever sobre o monumento já o nosso amigo, colaborador e co-administrador José António Baptista o fez no seu artigo de Agosto de 2006
aqui pelo que se torna desnecessário. Para os leitores mais interessados em aprofundar conhecimentos sobre o assunto aconselha-se a leitura do livro " O Forte e Farol do Bugio " de Joaquim Manuel Ferreira Boiça e Maria de Fátima Rombouts de Barros, edição Fundação Marquês de Pombal.

Pela minha parte, e antes de deixar um registo fotográfico, quero felicitar os autores, realizadores e apoiantes da iniciativa e dizer da minha satisfação de ter participado.




Skipper Ricardo
" O HOMEM DO LEME"


Mar chão - 'mar de meninas' como dizia ontem alguém notoriamente ligado ao Mar.




No rumo certo


O " Onda Marine II " - Ericeira, de volta ao Porto de Recreio em demanda de mais passageiros



O 'FAROLEIRO'



As chaves do Forte



Portal de entrada do corpo central



Vista parcial da cisterna e do Farol

Toda a estrutura do Forte e do Farol está a cargo da Marinha Portuguesa que, em anos recentes, efectuou as necessárias obras de recuperação evitando, assim, que se perdesse um património único e de valor incalculável.



Passadiços de acesso à torre do farol e vista parcial dos pateos internos




Janela do piso inferior


Arcobotantes (vista parcial)


CASA DOS TANQUES

Eram necessários 12 litros diários de azeite para iluminar o Farol




Degradação do tecto da casa dos tanques.


As dependências interiores do Forte, capela, casa dos tanques, casas dos faroleiros e outras, estão sob a protecção do IPPAR


Fachada da Capela de São Lourenço



Escada de acesso ao altar-mor da Capela de São Lourenço




Pia da Água Benta

(parede de madeira totalmente degradada)


Altar Mor da Capela de São Lourenço




Vista parcial da degradação das madeiras do tecto da Capela



Cais de embarque do Forte de São Lourenço da Cabeça Seca




O embarque de regresso com a ajuda do 'Skipper' Ricardo


http://www.espacoememoria.org/

http://www.nauticdiver.pt/

Fotos: Isabel Magalhães (reservados os direitos)

Nota: A embarcação da foto, " ONDA MARINE II " - ERICEIRA, tem um comprimento de 6,5m e faz parte do grupo de cinco outras embarcações que efectuaram o transporte dos passageiros na visita ao Bugio.

(Informação adicional recebida da 'nauticdiver'.)

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Centro de Saúde de Algés

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O CENTRO DE SAÚDE DE ALGÉS


E pronto, vem em todos os jornais com fotos, frases de particular jactância

e declarações bombásticas: Algés vai ter… já está em marcha… o seu Centro de
Saúde. O clamor é tanto que até parece que já está pronto este melhoramento
tão falado em anos de eleições e depois sempre adiado.

Foi na reunião da C M O de 17 de Janeiro – acta 3 – pontos 25 e 26 –

propostas 43/07 e 44/07 da Ordem de Trabalhos, que se aprovou a realização
da transacção para que o barracão dos Bombeiros na Rua Manuel Arriaga fosse
comprada por cerca de 200 mil Euros. São 385 m2 numa zona com falta de
estacionamento entaladinha entre prédios de habitação.

Mostrando-se preocupação sobre o problema da falta de estacionamento nesta

zona e de sentirmos que será um Centro de Saúde encravado, sossegaram-nos
porque este edifício terá duas subcaves para estacionamento. Sossegados? É
que a célebre Ribeira de Algés que está encanada debaixo dos prédios impares
da Av. dos Bombeiros Voluntários passa a menos de 50 metros. Lembremo-nos
dos problemas de entupimentos e cheias que umas chuvadas mais fortes têm
causado ano após ano naquela avenida.

Porque não se encarou a construção deste Centro de Saúde no terreno da Av.

dos Bombeiros a seguir ao Largo Com. Augusto Madureira que dizem já estar na
posse da autarquia e que tem mais largueza e é servido de transportes
públicos? Para que estará destinado?

Maria Clotilde Moreira
Algés, 20 Agosto 2007

(Texto recebido por e-mail com pedido de publicação)
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quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Eagles


Hotel Califórnia

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Oh mãe, quero fazer xixi...

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Em tempos de antanho — há quem os denomine 'da outra senhora' — todas as estações do caminho-de-ferro da CP tinham WCs públicos. Pelo menos, não recordo nenhuma que não estivesse equipada com esse indispensável espaço de alívio, consolo e 'convívio'.
A do Cais do Sodré, por exemplo, fica na história metropolitana como uma das que mais contribuiu para aliviar as tensões mais íntimas de muitos portugueses aflitos, que não é de hoje e sempre os houve.

Mas adiante.
As necessidades fisiológicas não escolhem hora nem lugar e podem assaltar o mais incauto de súbito, num repente que o deixa ante um problema de solução anunciada. um problema que apenas comporta uma solução, que interiorizámos desde pequerruchos, à força de muita cueca mijada e calção borrado.

A solução é apenas e só, adivinha-se, ir ao WC fazer o 'servicito', líquido, sólido ou combinado.
Era para esse efeito que existiam os já referidos WCs nas estações. Eram gratuitos. A porta estava aberta e qualquer um os podia utilizar.
De há uns tempos para cá, as casas de banho públicas das estações têm vindo a ser substituídas por outras de 'meter moeda'. Ou tipo-cabina ou integradas nos próprios edifícios.
Quanto a isto nada vejo de errado. Assumo que o dinheiro seja utilizado para as despesas de manutenção das ditas. E é verdade que são bem mais higiénicas.

Agora o que me parece errado, é que os WCs estejam fora de serviço tempos e tempos a fio, como acontece na Estação de Oeiras.
Claro que para os homens, se a necessidade for apenas um chichizinho, lá estão os WCs alternativos, como é o caso das traseiras dos quiosques à saída da estação (se for de noite, é claro; mas já os vi serem utilizados de dia). As árvores, os contentores de lixo, as moitas do jardim próximo, tudo serve de WC. O que não deixa de ser uma badalhoquice, porque fica o chão sujo, atrai moscas e cheira mal, mas quando a vontade aperta...
Para as mulheres é que as coisas são um pouco mais complicadas, como sabemos.

Não se argumente que há WCs nos cafés próximos. Há. Mas os estabelecimentos de restauração tem WCs para uso dos seus clientes e porque a isso são obrigados pela lei, e não têm a 'obrigação' de prestar esse serviço público. Além de nem sempre estarem abertos e/ou assim tão próximos e ser confrangedor ir a um café pedir 'por favor' para deixarem usar o WC (sei de casos de recusa, não em Oeiras).

Acontece que o WC da Estação de Oeiras está AVARIADO há muito tempo. Não posso precisar exactamente quanto mas, se não me falha a memória, dei por isso pela primeira vez pelo menos há um mês.



Durante quanto tempo mais a CP irá manter esta situação?

Não basta ter um WC e cobrar dinheiro pela sua utilização. É necessário e imperativo que ele funcione.

A esta situação acresce que na Estação do Cais do Sodré, onde existiiam duas cabinas WC, agora não existe nada. Quem necessitar de WC tem que se deslocar à Estação Fluvial e utilizar os que nesta existem. E esta situação verifica-se também há muito tempo. Anos, desde que a zona interior posterior à entrada principal da estação se encontra encerrada por motivo de obras (infinitas).

Saindo de Lisboa e voltando ao nosso Concelho de Oeiras verifiquei há poucos dias uma situação idêntica no WC da Estação de Paço de Arcos. Estava também 'avariado'. O que me salvou foi a casa de banho do café que existe no interior da estação.

imagens: © josé antónio / comunicação visual - CLIQUE PARA AMPLIAR.
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sábado, 18 de agosto de 2007

... não lembra ao Diabo...


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"Há coisas que não lembram ao Diabo",
diz o povo do profundo seio da sua insofismável e incomensurável sabedoria.

Pois... Há coisas. Que não lembram ao Diabo efectivamente, e é certo, porque o Mafarrico, o Cornudo, o Mefistofeles, o Belzebu, o patas de bode, o 'trombalazana boizanas' pode ser Diabo... mas não é estúpido nem ignorante! Se o fosse, já teria desaparecido há milénios, com tantos esconjuros e exorcismos que se fazem para o erradicar da face da madrecita Terra.
Mas ele é um espertalhaço e resiste. Escusam de lhe amarrar a perna, que ele simplesmente sorri e sempre arranja uma maneira de se libertar das grilhetas com que o tentam manietar.

As coisas até podem passar pela alembradura do sacaninha. Mas passam depressa, não se detêm nem se demoram. Ele sabe bem que será sempre indiciado como o suspeito 'número um' por essas ocorrências. Gato escaldado de água fria tem medo. E assim, nem se atreve... apenas pensa com os seus botões - o Diabo tem botões? - "Para que é que eu me vou estar a ralar e a arriscar o coiro, se vai de certeza haver um parvalhão dum humano que vai fazer exactamente este disparate que fugazmente me passou pela moleirinha?"

É, e o Diabo nada faz. Há sempre quem faça por ele:



A fotografia mostra um 'curioso' remendo - chamo-lhe 'curioso' porque nem sei como adjectivá-lo - no maravilhoso revestimento de azulejos do prédio onde as nossas doces memórias situam o desaparecido Café Central no Largo 5 de Outubro em Oeiras.
Para mais facilmente identificarem o prédio, aqui está ele:



Confesso que perante isto fico sem palavras.
Mais valia terem deixado o 'buraco' e não terem feito nada.

Digo eu, que gosto de dizer coisas...


imagens: © josé antónio / comunicação visual 2007 - CLIQUE PARA AMPLIAR
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sexta-feira, 17 de agosto de 2007

A IMPORTÂNCIA DO RE NO PATRIMÓNIO CONSTRUÍDO

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Em Portugal a construção civil tem vindo a invadir cidades e vilas, a maior parte das vezes de forma desordenada, estando mesmo a criar problemas graves de impermeabilização de solos, de falta de acessibilidades, de fornecimento de água, densificando áreas habitacionais tornando-as guetos, sem zonas de lazer, falta de espaços verdes e equipamentos sociais. O número de casas vazias é já considerável.

Por outro lado a população não tem perspectivas de aumentar pois não têm sido implementadas políticas no sentido de, a tempo e horas, os jovens poderem constituir família, nem tem sido assegurada estabilidade para que as famílias constituídas possam aumentar.

No meio de tudo isto os construtores e seus defensores clamam que é uma actividade que dá trabalho a muita gente! Para que esta afirmação confirmasse as boas intenções de assegurar trabalho e não especulação, talvez fosse mais inteligente e produtivo em sentido amplo, que a construção civil se virasse para o “RE”.

Refiro-me ao RE de REabilitação, de REconstrução, de REutilização, de REaproveitamento, de REmoçar, de REactivar, de REgeneração, de REordenar, de REamar… e, assim - num ciclo sempre constante – asseguravam a sua actividade e especialidade, e por outro todo o património existente estaria sempre actualizado e pronto a ser utilizado fosse habitação ou escritórios. E as nossas cidades e vilas teriam um aspecto muito mais agradável! Talvez isto não passe de uma grande utopia pois tardam os responsáveis que transformem os sonhos em realidade.


Maria Clotilde Moreira
Algés


(Texto recebido por e-mail com pedido de publicação)

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

O "Chávismo" de Luís Cirilo

A personalidade de "Hugo Chávez" cola-se à pele de Luís Cirilo, apoiante de Menezes, que acha que num partido aqueles que não conseguem reunir as condições necessárias à candidatura nas directas do PSD, devem estar caladinhos e pedir desculpa por existirem no partido. O discurso de "falta de democracia interna" e "direito à livre expressão" caiu e agora já estamos na fase do "vale-tudo". Esqueçam as quotas e as moradas dos militantes, agora é a doer.

O post recente de Luís Cirilo - próximo de Luís Filipe Menezes e previsivelmente vice-presidente do PSD, proto-candidato a deputado do PSD se Menezes ganhar as directas - insulta e manda-abaixo as candidaturas dos militantes desconhecidos e que não têm o luxo de ter o apoio das grandes distritais.

Nesta altura quem expressar o seu apoio pelo líder que ganhar, fica com um lugar garantido como deputado pelo PSD nas próximas eleições, é assim que funcionam as coisas em todos os partidos. O futuro político destes dirigentes partidários está em jogo e as coisas vão aquecer q.b. .

Repulsa-me a maneira de ser desta personagem, onde a sua maneira de estar é indigna para quem milita num partido social-democrata. De quem se queixa de perseguições internas, ter esta personagem como representante do povo português na Assembleia da República seria a maior palhaçada. Vejam lá o que ele escreveu aqui e transcrito abaixo com os meus comentários a bold. Uma vergonha. Lamentavelmente, é isto que podemos esperar de um candidato opositor à direcção do Partido Social Democrata:

O nosso (o teu é diferente do meu) sistema politico/mediático (partidário, não confundas política com partido) tem algumas originalidades difíceis de contrariar (chama-se a isso democracia). Uma delas é permitir que qualquer tolinho se anuncie candidato a presidente da república , presidente de câmara, de junta de freguesia ou até de um partido politico (lá se foi o respeito pelos adversários) sendo de imediato aceite nessa qualidade (gostei de ouvir a opinião do presidente da junta, do advogado, e também de outros militantes do PSD, é uma maneira de estar na vida, de puro companheirismo). Claro que depois, quando é preciso apresentar as assinaturas que validem a candidatura, percebe-se que o tolinho não é candidato a nada porque não existe o número mínimo de cidadãos (militantes, porque ser cidadão é uma coisa bem diferente) que acreditem na patetice (parece-me que um de nós é um grande pateta, e acreditem que não sou eu) . Mas, entretanto, já o tolinho teve os seus minutos de glória mediática (deu a sua opinião, afirmou um caminho alternativo, pôs os militantes a pensarem, um verdadeiro trabalho de militantes que se preocupam pelo rumo dado ao partido) , já deu entrevistas (o quê? ninguém te entrevista, Cirilo? que pena) , já asneou a seu bel prazer, enfim, já deu curso à sua vaidadezinha pessoal (aqui dizes que é por vaidade) . Pelo caminho, em formas mais sofisticadas de estratégia, já cumpriu o seu papel de tentar desgastar A ao serviço de B (então afinal eles fazem aquilo a soldo de alguém? que post mais inconsistente) . Como vulgar mercenário pago à tarefa! Infelizmente para ele, tolinho, com a credibilidade atribuível a quem vende como suas, opiniões de terceiros (isso foi o Menezes que disse que era sua a ideia da proposta das Directas, mas quem a propôs foi o Santanista Rui Gomes da Silva há que tempos, toda a gente com mais de 10 anos de militância sabe isso) . Resta-nos o consolo de nos irem divertindo. Mais ou menos como os palhaços no circo. Com uma diferença: Ser palhaço é uma profissão digna, respeitável e séria ( é óbvio que não vais ao circo há algum tempo, aquilo é de partir o coco a rir, tudo menos sério) . Depois Falamos