Um problema mecânico ou falha humana por parte do motorista poderão estar na origem do acidente ocorrido ontem de manhã em Oeiras, onde um autocarro da Scotturb saiu da estrada, arrancou vários pilaretes que estavam cravados no solo e invadiu o passeio, onde seguia uma mulher de 50 anos e o filho, de dez anos. A mulher teve morte imediata e a criança sofreu ferimentos graves. A Scotturb recusa falar do caso e remete-se a um estranho silêncio.
O atropelamento ocorreu pelas 11.40, na Avenida da República, perto do Centro de Saúde de Oeiras, quando a viatura subia aquela artéria e se despistou. Uma testemunha contou que o autocarro vinha do "lado esquerdo da estrada" e saiu "da curva a uma velocidade descontrolada", varrendo o passeio onde seguiam as vítimas.
Quando os Bombeiros de Oeiras chegaram ao local do sinistro, a mulher "estava completamente debaixo da parte traseira do autocarro", afirmou ao DN o comandante da corporação.
Segundo fonte do INEM, o rapaz sofreu traumas na zona abdominal e nas pernas, tendo sido transportado para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
O motorista, que entrou em estado de choque e teve de receber apoio psicológico no centro de saúde, não sofreu ferimentos físicos. Há informação que seguiam no autocarro vários elementos de uma banda de música, mas não há notícia de mais vítimas.
Pouco depois comparecerem no local do acidente a filha da vítima mortal e outros familiares.
O DN contactou a Scotturb para saber o estado de saúde do motorista e se a viatura acidentada cumpria os requisitos de segurança, mas o responsável dos serviços de apoio ao cliente e sinistros limitou-se a dizer "com licença" e desligou bruscamente o telefone.
Vítor Pereira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações, revelou ao DN que "a empresa e a polícia averiguam a situação. Uma peritagem ao autocarro permitirá verificar se houve problema mecânico ou falha do motorista, que trabalha ali há pouco tempo". Denunciou haver "empresas que descuram a manutenção dos veículos e a formação dos motoristas".
1 comentário:
Li a notícia no jornal online e fiquei extremamente incomodada. Não conseguia deixar de pensar na criança; perder a mãe, assistir, ficar gravemente ferida...
Os peões já não têm por onde andar.
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