quinta-feira, 29 de junho de 2006

ECOPONTOS NAS PRAIAS, MEIO AMBIENTE E OEIRAS

Vivemos um período ambiguo no que toca à protecção do meio ambiente. Aparentemente preocupamo-nos cada vez mais com os problemas ambientais não deixando no entanto de aumentar os níveis de poluição de uma forma drástica.

Enfrentam-se as já mais que conhecidas consequências do nosso desrespeito pela natureza de uma forma superficial, negligente e que procura apenas aliviar consciências e fazer publicidade, mas que de pouco serve em termos práticos.

Hoje a moda tem tudo a ver com uma atitude positiva e defensora da natureza. São os produtos naturais e ecológicos, os corpos saudáveis (à custa dos esteróides, plásticas e batoques) as separações dos lixos e por ai fora.

Pessoalmente sinto-me indignado com as iniciativas que se tomam em prol do ambiente e que, por serem superficiais, escamoteiam a origem do problema que é tão só o querer mais e mais e mais e mais inutilidades supérfluas que já ninguém dispensa.

Uma das iniciativas em prol do meio ambiente ocorre em muitas praias na época balnear, trata-se dos pontos de reciclagem colocados em pleno areal que, a meu ver, não são mais do que um exemplo do que é o aliviar de consciências pelos maus tratos que se infligem à natureza.

Esses ecopontos merecem a minha atenção: Em primeiro lugar são feios. A sua dimensão é despropositada e a quantidade destes ecopontos é absurda, provocando uma poluição visual (quet ambém existe) de que ninguém fala. Os ecopontos de praia só lá estão para enganar o cidadão, para dizer que a autarquia, neste caso a de Oeiras, é a favor do meio ambiente. Gostava de saber quantas almas que depositam os lixos no ecoponto de praia não se vão de seguida aliviar ao mar, esse desgraçado que diariamente é presenteado com o fruto mais profundo das nossas entranhas.

Já agora, que tal se colocarem nas ruas ecopontos ao estilo dos de praia no lugar das papeleiras? As papeleiras deveriam estar colocadas nos areais das praias em lugar dos ecopontos, à saída da praia deveria estar o ecoponto. O cidadão responsável com toda a certeza que guardaria as suas embalagens vazias e o seu jornal já lido para, à saída da praia, colocar esses objecto no respectivo orifício do ecoponto.

Pessoalmente não frequento as praias do nosso concelho, isto porque gosto muito de praias com menos gente e com dunas, é por isso que observo o exemplo da Costa da Caparica onde lá estão à saída das praias o papelão, o vidrão ocontentor do lixo, das embalagens e o pilhómetro. No areal pequenos contentores - iguais aos que existem nos prédios - enterrados na areia por metade para se deitar o que não tem lugar nos ecopontos.

António Bento, um cidadão pelo meio ambiente.

recebido por e-mail com pedido de publicação.

terça-feira, 27 de junho de 2006

BLOGGER ITALIANO PUNIDO POR USO DE LINGUAGEM OBSCENA


Italian Blogger Unfairly Convicted of Defamation
Punished for bad language not false information



Reporters Without Borders condemned a 13,500-euro sentence against blogger Roberto Mancini in fines, damages and costs imposed by a court in Val d’Aosta, in northern Italy on 26 May 2006, after local journalists brought a defamation suit. (...)

http://europe.tiscali.co.uk/index.jsp?section=Current%20Affairs&level=preview&content=489634

segunda-feira, 26 de junho de 2006

da caixa de comentários

http://oeiraslocal.blogspot.com/2006/06/exposies.html


Caros Visitantes do Oeiras Local,

Finalmente após mais de 8h. amarrado ao computador, lá consegui arranjar um tempinho para aqui vir ler os 'posts' e os comentários, e rapidamente voltar ao trabalho, que não é o futebol que me dá de comer - com muita pena minha... :)

E deparo-me logo com uma catrefada de comentários, que começam com um que a única coisa que faz é pretender desestabilizar este blog, perturbar o 'trabalho' de quem nele labora e de quem o visita, e que nada diz de útil, interessante, estimulante ou pedagógico a respeito do post no qual se insere.

Não tenho o hábito de mandar calar alguém. Acredito que as pessoas têm bom senso e sabem respeitar os outros e reconhecer elas próprias os seus erros, quando os cometem, sem ser necessário mandá-las calar (tenho que falar com um psiquiatra para me libertar desta ingenuidade...)

Por isso também não tenho o hábito de apagar os comentários de ninguém. Os meus blogs pessoais estão cheios de comentários, alguns insultuosos, mas "pela boca morre o peixe"...

Os únicos que costumo apagar são os de spammers, a vender relógios, empréstimos, hipotecas, Prozac e quejandos, porque de facto não servem para nada. Os primeiros, pelo contrário, servem para ir mostrando aos visitantes o baixo nível de muitas pessoas.

Assim, com muita pena minha e 'a pedido de várias famílias', não me restou outra alternativa senão, pela PRIMEIRA vez, apagar um comentário, o referido.

Que isto sirva de exemplo a todos os que aqui vierem com outra intenção que não seja a simples visita e leitura, a contribuição para debates de ideias profícuos, o dar informações que possam ser relevantes, o contribuir para fazer deste blog (que não é MEU mas de quem o visita) um local realmente interessante e útil para todos os que se interessam por Oeiras.

Reitero que em casos similares NÃO hesitarei em tomar a mesma atitude.

Sinceros Cumprimentos e voltem sempre!

Façam deste o Vosso Oeiras Local.

p.s.: Peço desculpa pelo tamanho deste texto, mas o mesmo justificava-se dadas as circunstâncias. Em situações futuras, o 'comentário' será simplesmente apagado, sem justificação. Ela ficou dada aqui.

José António Lourenço Martins Baptista.


QUANDO COMPRAR UM OPEL VISTA A CAMISOLA DA SELECÇÃO!

Imagino que os senhores da General Motors quando equacionaram a possibilidade de fechar a fábrica na Azambuja equacionaram todas as hipóteses, incluindo a reacção do mercado português aos seus produtos (Vauxhall, Saab, Holden, Opel, Chevrolet, Buick, Pontiac, GMC, Saturn, Hummer e Cadillac). Mas pela forma indecente como avisaram os seu trabalhadores de que iam fechar a porta, não é difícil de perceber a conclusão a que chegaram.
Imagino os administradores a concluir que os portugueses são um povo que esgotam o seu nacionalismo na bola e na maternidade de Badajoz, incapazes de gostar e defender o seu país. Chegaram à conclusão que com os portugueses nem precisavam de ter cuidado com a linguagem, que podiam conduzir um processo como se estivessem a gozar com a economia e os decisores do país.
E têm toda a razão, mais logo vamos todos vestir a camisola do Figo ou do Deco, pintar as fronhas e gritar bem alto o nosso nacionalismo hipócrita, para depois continuarmos a comprar os carros da General Motors.
Começamos a parecer um povo que não merece ser a nação que é. Lembre-se disso quando comprar um carro da General Motors.


in http://jumento.blogdrive.com/
JUMENTO DO DIA

Olho não vê, eleitor não detesta

Sócrates deverá levar muito a sério as sondagens de opinião sobre a imagem dos governantes e terá percebido que quanto menos os governantes se deixem ver melhor é a sua imagem junto de uma opinião pública que não gosta de governantes. Talvez por isso a gestão da imagem do primeiro-ministro consiste em minimizar as suas aparições públicas, o mesmo sucedendo com todo o seu governo. Se não fosse a contestação às políticas na educação e o desaire do funcionário do BES no dossier Azambuja até poderíamos pensar que Portugal está em auto-gestão. Para Sócrates Olho não vê, eleitor não detesta. Todo o governo desparecido e responsável pelo desaparecimento do debate público é o Jumento do dia.

domingo, 25 de junho de 2006

Pergunta-nos um leitor onde pode encontrar, e sublinha, os alegados posts sobre pintura e as pinturas que enchem o Oeiras Local. Caro leitor, não pode. Não pode por um único motivo; o de que esses posts nunca foram publicados.

Também não se trata de "inépcia" sua - as aspas são minhas - porque não há, realmente, nenhum arquivo oculto.

Aproveito para lhe agradecer as considerações que tece e que me coíbo de transcrever - se as quisesse partihar com todos tê-las-ía deixado em comentário, não é? - e não posso deixar de lhe dar razão; blogues de política há muitos, politiqueiros ainda mais, além da subespécie de blogues 'cinq a sec'...

Embora a política esteja em todo o lado, este não é um blogue predominantemente político. Aqui fala-se de OEIRAS... 'tout court' ! Falar do Património Monumental e Artistico, da Gastronomia, do Turismo, do Ambiente, das Freguesias, suas carências e melhoramentos é - também - falar de Oeiras. E porque Oeiras não vive numa redoma, antes faz parte de um distrito dos vários distritos do país que é Portugal, também pode acontecer que os assuntos sejam mais abrangentes.

Gratos pela colaboração, esperamos poder continuar a tê-lo como leitor.

quinta-feira, 22 de junho de 2006

PSD/Lisboa: Teixeira da Cruz abandona vice-presidência

Paula Teixeira da Cruz anunciou hoje que irá abandonar o cargo de vice-presidente do PSD, na sequência da sua candidatura à presidência da distrital de Lisboa do partido.

«Não preciso de leis que me ditem comportamentos éticos. Não vou continuar vice-presidente do PSD quaisquer que sejam os resultados» nas eleições para a distrital de Lisboa, afirmou Paula Teixeira da Cruz, que pertencia à comissão política de Marques Mendes desde 2005.

Aos militantes que encheram a pequena sala da sede da distrital de Lisboa para assistir à apresentação da candidatura da antiga vereadora da Câmara de Lisboa, Paula Teixeira da Cruz prometeu «unir, fortalecer e fazer andar para a frente» uma distrital que tem «uma mística especial».

«É possível fazer mais e diferente», disse, garantindo que, à sua candidatura, «que é para todos», será «bem-vindo, quem vier por bem».
Como objectivos, Paula Teixeira da Cruz definiu o fortalecimento do peso da distrital, considerando que «sem vencer em Lisboa», o PSD nunca vencerá no país.

«Não aceito o divórcio entre os partidos políticos e os cidadãos», salientou, lembrando que 2009, ano em que se voltam a realizar eleições legislativas e autárquicas, «é já amanhã».

Outra das promessas deixadas por Paula Teixeira da Cruz foi uma maior «aposta na formação política e autárquica» e uma «participação activa na revisão do programa do partido».

Num curto discurso, Paula Teixeira da Cruz aproveitou para deixar algum as críticas ao Governo, nomeadamente à intenção de extinguir algumas freguesias da cidade de Lisboa, «onde o PSD ganhou legitimamente» e «onde faz todo o sentid o uma política de proximidade».

Paula Teixeira da Cruz, 46 anos, é licenciada em Direito e filiou-se no PSD em 1995, depois de o PSD ter perdido as eleições legislativas para o PS de António Guterres.

Para encabeçar a lista à Assembleia Distrital de Lisboa, Paula Teixeira da Cruz escolheu o antigo ministro das Obras Públicas Ferreira do Amaral.
A mandatária da candidatura é a ex-ministra das Finanças e antiga líder da distrital de Lisboa, Manuela Ferreira Leite.

Paula Teixeira da Cruz irá ter como adversário nas eleições marcadas para 13 de Julho o vereador da câmara de Cascais, Carlos Carreiras.

Diário Digital / Lusa
22-06-2006 19:15:00

quarta-feira, 21 de junho de 2006


O Titanic
São José Almeida

A ministra que tão enérgica se revela no ataque aos professores não tem uma palavra a dizer sobre o verdadeiro Titanic da educação em Portugal: o ministério que tutela.

O que faz correr a ministra da Educação? Há mais de um ano que anuncia e pratica medidas que, garante, são para melhorar o ensino. Mas o que resulta de mais de um ano de choque é o ataque à escola pública e a humilhação da dignidade profissional dos professores.

Certamente o ensino português tem problemas. E, se a democratização social plena do ensino, após o 25 de Abril, a sua assunção universal e gratuita, foi um sucesso, é uma realidade que a qualidade do ensino ministrado levanta dúvidas.

Só que a estratégia adoptada por Maria de Lurdes Rodrigues deixa muito a desejar quanto aos objectivos. É que, para além de avançar com a ideia catastrofista sobre o estado do ensino público, Maria de Lurdes Rodrigues não prova essa desgraça, não fundamenta as suas afirmações com a divulgação de estudos que demonstrem o que diz.

Apenas participa numa espécie de campanha de opinião na qual transparece uma imagem negra do ensino público. (Será que nas escolas privadas a qualidade do ensino é assim tão melhor mesmo?) Campanha que surge em simultâneo com a multiplicação de vozes a defender a liberalização do ensino. Quando já não é só Paulo Portas a defender propostas como o cheque-ensino (medida que o seu paladino, George W. Bush, já teve de abondonar nos EUA), quando o PSD aderiu à defesa do fim da universalidade do ensino público obrigatório e gratuito inscrita na Constituição, quando a partilha do espaço da escola pública com o privado é defendida por figuras tutelares no PS, no que toca ao sector da educação, como Marçal Grilo, a questão coloca-se: será que, com este cenário de fundo, o objectivo de Maria de Lurdes Rodrigues é mesmo a optimização da escola pública?

E, sendo esse o objectivo da ministra, será que a estratégia que adoptou cumpre essa finalidade ou antes ajuda, ainda que involuntariamente, a destruir perante a sociedade a imagem da escola, criando o clima que leva a população a considerar que, embora tenha que pagar, é preferível uma escola privada, em que não haja a turbulência que se gerou na escola pública?

Por outro lado, há toda uma lógica de acção que deixa muito a desejar, como, por exemplo, o facto de, na entrevista que deu ao PÚBLICO e à Renascença, ter apresentado a questão do insucesso escolar e os dados em relação ao investimento do Estado, às realizações e meios do Ministério da Educação e aos resultados do aproveitamento final, como quem fala dos resultados de uma empresa. Isto, quando já é entregue a parcerias com privados o ensino da Música, do Inglês, do Desporto e da Expressão Dramática, que passaram a matérias extracurriculares.

Para mais, quando o ensino movimenta quantias importantes, não se pode ignorar como a sua privatização é apetecível para os investidores privados. É básico que para a escola funcionar é preciso professores e é preciso professores que sejam, como sempre foram, uma imagem de autoridade para os alunos.

Além dos pais e muitas vezes sozinhos os professores garantem a formação cívica e social dos alunos, são a imagem da autoridade, a referência do que é o comportamento socialmente aceitável.

Ora, se a ministra leva mais de um ano apostada em destruir esta imagem, como poderá a escola funcionar? E a questão é que, mesmo que Maria de Lurdes Rodrigues ache que não é isto que está a fazer, o resultado prático na escola do que tem sido o bombardeamento à dignidade profissional dos professores é só um: a sua desmoralização.

E nem é preciso chegar a extremos, como a ideia absurda de pôr os pais a avaliar os alunos, que já causou, em algumas escolas, a situação de alunos ameaçarem professores de que os seus pais os vão chumbar.


Já agora, refira-se que a actuação das aristocracias sindicais nada ajuda a dignificar a classe dos professores. A solução não é dizer que está tudo bem. Não está. Muito há a melhorar. Mas não é intelectualmente honesto responsabilizar em primeiro lugar a classe docente pelos problemas do ensino.

As causas são múltiplas e de vária ordem. Desde a questão social à heterogeneidade na sala de aula, passando pelas diferenças de aprendizagem, de acordo com o género, assuntos que em Portugal continuam por estudar.

Também não há que negar que há maus professores, desleixados, que se estão nas tintas e que até ludibriam o Estado. Como em todas as profissões, há maus profissionais e até vigaristas. Mas assumir como adversário uma classe profissional, sem a qual não há escola, parece no mínimo absurdo.

É que, além de declarações gratuitas sobre os maus professores, Maria de Lurdes Rodrigues tem tido toda uma acção dirigida contra os professores, chegando ao ponto de o novo Estatuto da Carreira Docente propor que, em cada escola, apenas um terço do seu corpo docente possa atingir o topo, criando assim professores de primeira e professores de segunda, que não poderão progredir na carreira.

Estranhamente, Maria de Lurdes Rodrigues, que tão enérgica se revela no ataque aos professores, não tem uma palavra a dizer sobre o verdadeiro Titanic da educação em Portugal: o ministério que tutela. Isto porque, se as escolas são o desastre que diz no que se refere ao ensino que é ministrado, a responsabilidade não é só dos professores, nem principalmente destes.

Há dezenas de departamentos e chefes, que aprovam e dão orientações sem nexo sobre a gestão das escolas. Departamentos que, ano após ano, são os reais mandantes no ensino. Departamento que fazem e aprovam programa e guiões para a ocupação dos tempos livres, assim como regras de gestão, que os professores são obrigados, por ofício, a cumprir.

Mas, estranhamente, Maria de Lurdes Rodrigues nada diz sobre o verdadeiro polvo da educação, ou seja, o ministério onde altos funcionários, que ninguém elegeu, têm um poder imenso sobre a educação e as escolas, poder esse conseguido à sombra dos negócios de poder do bloco central de interesses e que lhes garante o direito a pôr e dispor do ensino, quer no governo esteja o PS ou o PSD.

Sobre isto Maria de Lurdes Rodrigues nada diz. Quando é lapidar para qualquer um que as escolas não vivem em autogestão. Recebem orientações. E, se o resultado é mau, talvez a responsabilidade principal não seja de quem cumpre orientações, mas de quem as dá. Em vez de centrar o seu discurso e acção na estratégia fácil, mas perigosa para o futuro, de descredibilização dos professores perante a sociedade, talvez fosse bom a ministra olhar para dentro de casa, para os que se passa na 5 de Outubro e na 24 de Julho. Afrontar quem de facto manda e é responsável pelo mau ensino.

E, já agora, era seu dever também ajudar a reforçar a autoridades dos professores, porque os professores é que são a referência e sem referência não há escola, pública ou privada.


in O Público edição de 17 de Junho de 2006

Exposições

Hoje trago aqui duas sugestões de exposições, em exibição no nosso Concelho, e que ainda podem ser visitadas:



Exposição "Elisiário Carvalho"

Patente até 2 de Julho, todos os dias, das 16 às 18:30, no Salão de Exposições da Paço de Artes - Associação dos Artistas Plásticos de Paço de Arcos, na Rua José Pedro Silva, 14 A, Paço de Arcos.



XX Salão Nacional Humor de Imprensa

Patente até 23 de Julho, Terça a Domingo, das 10h. às 13h. e das 14h. às 18h., no Palácio Ribamar, Alameda Hermano Patrone, Algés.


Não as comento pois ainda não tive oportunidade de as visitar. Não deixarei de o fazer, a seu tempo, se os deuses estiverem comigo.

imagens: extraídas dos convites.


José António

FREGUESIA DE CARNAXIDE

Novo horário da recolha do lixo no Bairro Alto dos Barronhos.

Com pedido de publicação recebemos cópia do e-mail enviado à CMO:

Exmos Sras e Srs.;

Manifesto o meu desagrado quanto à alteração do horário de recolha de resíduos domésticos proposta pela Divisão de Serviços Urbanos, no Bairro Alto dos Barronhos - Carnaxide.

De salientar que os estabelecimentos comerciais na referida zona, não cumprem a separação do lixo, entupindo os caixotes existentes para deposição do lixo doméstico, tornando assim o número de caixotes do lixo na referida zona manifestamente insuficiente.

Os caixotes precisam de manutenção, a qual não se verifica. As tampas estão partidas e o cheiro é horrível.

A solução apresentada pela Divisão de Serviços Urbanos, não é a melhor alternativa. O lixo acumula-se durante todo o dia e noite.

Que tal pensar-se nas denominadas "ilhas domésticas/ecológicas", iguais às existentes em algumas freguesias do Concelho?

Atentamente
(leitora identificada)

O qual mereceu dos respectivos serviços a seguinte resposta:

Exma. Senhora

Serve o presente para acusar o e-mail remetido por V. Exa. o qual mereceu a nossa melhor atenção.

Relativamente à questão da alteração do horário de recolha de resíduos no Bairro Alto dos Barronhos, em Carnaxide, cumpre-nos informar que a alteração efectuada teve como principal motivo a dificuldade de recolha nocturna sentida diariamente. O estacionamento indevido e abusivo impedia que a recolha de lixo fossem efectuada com devida eficiência e eficácia. Diariamente ficavam contentores por recolher, dando origem a problemas graves relacionados com questões de saúde pública.

Face a esta situação, e numa tentativa de minimizar o problema foram efectuadas algumas alterações nos períodos de recolha de algumas zonas, consideradas pela Câmara como zonas criticas.

Em simultâneo com esta alteração foi efectuada uma acção de sensibilização ambiental junto da população residente e comerciantes, no sentido de estes cumprirem as regras de deposição estabelecidas.

Mais se informa V. Exa. que, hoje está a ser novamente efectuada uma acção de sensibilização no Bairro Alto dos Barronhos.

Quanto à questão da manutenção dos contentores, logo que possível será efectuada uma reparação e lavagem global do equipamento existente.

Relativamente à proposta apresentada V. Exa. para substituição dos contentores por equipamento de deposição enterrado denominado por Ilhas Ecológicas, a Câmara encontra-se presentemente a desenvolver um estudo nesse sentido.

Encontramo-nos ao dispor para qualquer esclarecimento adicional, apresento os meus melhores cumprimentos,

Directora do DAE

E perguntamos nós:
Se a mudança de horário da recolha do lixo se deveu ao estacionamento caótico que impedia a circulação do camião do lixo, porque não accionar os meios legais para punir os infractores?
O concelho dispõe de Polícia Municipal, e reboques... e ao fim de umas quantas sessões de multas o acesso estaria novamente livre.
Para quê, então, todo um processo conduncente a um novo horário de recolha que manifestamente não serve os interesses da população que aposta em habitar um bairro com condições de higiene urbana?

O DIREITO À INDIGNAÇÃO


Posted by Arrebenta @ 06/20/2006 11:28 PM PDT

Da Miopia, do Direito à Indignação e de uns Óculos de Valgínia Lolofrígida A frase é do segundo Soares, se bem que ainda durante o arrastar do primeiro Cavaquismo: restava, ao cidadão, "o direito à indignação".

Objectivamente, desde então, tudo piorou.

Ouvi, por alto, acontecer qualquer coisa como uma recondução, hoje, do Lambedor de Solas como Governador do Banco de Portugal, e de uma previsão de redução de 70 e tal por cento das pensões, daqui a uns quantos, poucos, anos.

Obviamente, isto é uma questão menor, perante os espasmos do Deco, as cuspidelas para a relva do Cristiano Ronaldo, o vómito do Hermann-S.I.C., ou as contorsões matinais de Cláudio Ramos, um dos mais célebres "heterossexuais-passivos" da nossa cena.

Obviamente, dói-me mais que me desliguem uma tirada da Lili Caneças, ou uma das célebres "putativas boutades" de Asco Falido Poluente.

Obviamente, como grande parte dos Portugueses de bom senso, começo a estar francamente nauseado, com este diário atropelar de direitos e desrespeito pela mais elementar cidadania.

De facto, começa a ser tempo de alguma coisa acontecer: se essa coisa, chamada Segurança Social, cujo sentido profundo, de facto, desconheço, não está a cumprir os seus objectivos, se o chamado "Governo de Portugal" se esticou, ao ponto de perder o respeito por si mesmo, e de ousar violar tudo e mais a própria Constituição, e se toda a gente acha bem, e até põe a bandeirinha à janela, eu deixaria aqui uma sugestão: ninguém, no seu perfeito juízo -- a não ser que seja masoquista, ou Português --, continua a investir num processo fracassado, pelo que, doravante, deve, aquele que contribui para o sistema falido, ser livre de guardar o dinheiro dos seus descontos, para o depositar, ou investir, onde melhor entender, menos nessa coisa chamada... "Segurança (sic.) Social".

Em Itália, por altura idêntica, puseram uma carga de plástico por debaixo do carro onde ia entrar o equivalente àquele ministro do olho descaído, velho amigo do Sócrates, Ferro e Pedroso.

A nós, que somos obviamente de costumes mais brandamente disfarçados, resta o Direito à Indignação, que, do meu limitadíssimo ponto de vista não se deveria, mesmo, deixar ficar por um pequeno enxerto de porrada.

segunda-feira, 19 de junho de 2006

Propaganda !

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Manuel Pinho, ministro da Economia, bem como quase a totalidade do Governo PS, andam há meses a anunciar medidas e grandes projectos para o país sempre com muita “pompa e circunstancia”.
É a maquina da propaganda a funcionar.
Gostava de ver o ministro da Economia organizar mais um grande evento, com fogo de artificio e tudo, agora para anunciar que afinal a fabrica do IKEA já não vem para Portugal, a refinaria de Sines já era, e até a General Motors da Azambuja ameaça ir-se embora.
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Nuno Mendes

PARA GRANDES MALES...

FECHE-SE O GOVERNO

PARA ACABAR COM A CRISE


(cartaz exibido por uma utente perante novos encerramentos de centros do S.N.S.)

quarta-feira, 14 de junho de 2006

F.A.Q.

Quais os pelouros a distribuir pelas várias oposições?

terça-feira, 13 de junho de 2006

"DISTRIBUIR RESPONSABILIDADES"

Isaltino Morais desafia vereadores da oposição

Oito meses depois das eleições de Outubro, a sessão solene do feriado municipal do 7 de Junho foi o palco escolhido por Isaltino Morais para o primeiro recado político aos vereadores das diferentes oposições que não aceitaram pelouros no executivo camarário.
Reafirmou disponibilidade para "distribuir responsabilidades efectivas a todos", lembrou Zeca Afonso e deixou o desafio - "Venham todos se vierem por bem. Estão convidados a entrar no ritmo".

do artigo de CARLOS A. SARAIVA / Jornal de Oeiras 13062006

NOVAS SALAS DE ESTUDO



Os jovens do concelho de Oeiras têm à sua disposição, desde finais do passado mês de Abril, dois novos locais onde poderão estudar, fazer trabalhos de grupo ou navegar na Internet, gratuitamente. As salas de estudo em funcionamento em Espaços Jovens de Algés e de Linda-a-Velha disponibilizam, no total, 70 postos de estudo.

A criação destes espaços permitirá colmatar necessidades decorrentes da grande afluência de estudantes às salas anteriormente existentes, proporcionando mais oferta e melhores condições aos utilizadores.

Moradas:
Espaço Jovem de Algés, Rua de Olivença, 11 - Algés.
Espaço Jovem de Linda-a-Velha, Rua de Angola, 2B - Linda-a-Velha.

Horário: de terça a sexta-feira, das 10h00 às 21h00; segunda-feira e sábado, das 14h00 às 20h00.

Boletim Municipal OEIRAS ACTUAL
MAIO 06

PINTAR A COR

Proporcionar às crianças a criação de bases sólidas de conhecimento no que diz respeito aos diversos domínios da Arte é o principal objectivo do workshop "Pintar a Cor", uma iniciativa do Espaço Magenta que decorre até 25 de Junho, no Lugar Comum - Centro de Experimentação Artística Fábrica da Pólvora de Barcarena).

Pensado exclusivamente para crianças, dos 5 aos 12 anos, este projecto envolve actividades que vão do trabalho intelectual ao trabalho manual e visam desenvolver nos alunos atitudes de crítica e intervenção nos aspectos visuais e nos aspectos técnicos.

Às crianças é dada a oportunidade de explorar os sentidos no campo das artes plásticas, absorvendo novos conhecimentos sobre o que é o desenho, a pintura ou a escultura.

O curso fará uma primeira aproximação ao desenho, desenvolvendo técnicas básicas, passando para a noção de cor, elaboração de uma composição e finalmente a utilização dos materiais de pintura como o acrílico ou as colagens.

Deste modo pretende-se desenvolver o gosto pela Arte, as capacidades de percepção, sensibilidade estética, criatividade, capacidade de comunicação, aptidões técnicas e manuais, capacidade de intervenção e de resolução de problemas, dotando os alunos de conhecimentos específicos, devidamente adaptados à faixa etária.


Boletim Municipal OEIRAS ACTUAL
MAIO 06
santo antónio de lisboa

o santo do menino



a todos os antónios... no dia do santo que foi homem.

Foto: IM

Explicação brilhante


«A sociedade já marginalizou tanto aquela família, e a família já marginalizou tanto aquela criança, que a criança agride a professora» foi a explicação que ouvi do líder da FENPROF para a presumível agressão de um aluno a uma professora. Depois de ouvir esta obra-prima do pensamento elíptico chego à conclusão que o único mal do ensino é o ministério da Educação e o capitalismo.


segunda-feira, 12 de junho de 2006

Martinho

Gosto de ouvir o Martinho da Vila.
Gosto daquele balanço da música dele. Apesar de me estar vedada a dança, por razões que não vêm ao caso.
Aquele ritmo entranha-se facilmente no nosso sistema nervoso, ataca as sinapses, salta para os músculos, que num frenesi resolvem expandir a alegria da vida.
É irresistível.

Por isso, lá combinei com a minha esposa, que também gosta de ouvir o Martinho, e um casal amigo, que gentilmente nos proporcionou não só a boleia automóvel, como a companhia auditiva e um posterior e delicioso Pita Shoarma para acabar bem a noite e encher o estômago do qual o jantar se ausentara. Coisas de quem trabalha até tarde.

Combinámos o encontro para as 21:45 na Escola Secundária Sebastião e Silva, tendo em conta o programado começo às 22:00.
Assim foi, assim partimos para o Parque dos Poetas, calculando que o encontraríamos repleto de gente.
De facto, quando lá chegámos pelas 22:15, deparámos com o recinto completamente à cunha.
A única alternativa que tivemos foi ficar no topo da escadaria que sobe até ao jogo de água próximo à estátua de Teixeira de Pascoaes (desculpem alguma imprecisão topológica, mas foi a primeira vez que lá fui e era de noite.)
Foi assim de muito longe que 'assisti' ao concerto.

A primeira coisa negativa que notei foi o excesso de gente para a dimensão do espaço (que não conheço bem, repito). Pareceu-me que um concerto desta natureza, a adivinhar forte adesão do público, melhor ficaria num espaço mais amplo, como a praia de Sto. Amaro, p.ex. É pena que não tenha sido considerado que o Martinho, apesar de não ser santo, chama muito povo...

A segunda constatação que fiz, infelizmente também negativa, foi o 'som'. Pareceu-me de péssima qualidade, o que é estranho com um artista profissional.
Admito que pelo facto de eu estar longe e ter feito algum vento na zona, o meu juízo possa estar a pecar por exagero. Mas algumas pessoas, que estavam próximo do palco, queixaram-se-me do mesmo.

Devo ainda referir, e isto é talvez o mais grave, pelo desprezo pelo público e população de Oeiras, demonstrado pelo(s) responsável(eis), que o concerto começou com cerca de 40 minutos de atraso. Ou então alguém acha que pelo facto de as coisas serem 'à borlix', que não é necessário profissionalismo.

Ouvi também testemunhos de pessoas que chegaram cedo e por isso conseguiram ficar perto do palco, que a 'bagunça' lá era enorme e um caos terrível. Talvez isso seja a justificação para que eu tenha visto imensa gente a 'levantar ferro' muito antes de terminar o concerto.

Em resumo, o que podia ter sido um excelente momento cultural em Oeiras, de levar até à população um momento de música e de prazer gratuito, em especial para os que não têm possibilidades de pagar os preços que hoje se praticam em concertos ao vivo, transformou-se assim numa 'miséria franciscana'.

Salvou-se disto o clássico "Mulheres", que como de costume, não desiludiu e pôs algumas pessoas a soltar a voz e a dar ao pé.

De quem foi a ir-responsabilidade? Do artista, dos técnicos, da organização, da Câmara? Do povo de Oeiras não foi certamente. E não me venham falar de euros... O concerto dos D'zert na praia de Sto. Amaro não deve ter custado muito mais (O.K., a TVI, que o transmitiu em directo, deve ter pago o 'grosso'.)

Enfim, desiludiu-me. Gostei muito mais do Rui Veloso e dos Adiafa, no ano passado.

Volta Teresa, que está 'aperdoada' :)

Deixo aqui duas fotografias do pouco que consegui 'ver'. Uma do recinto, com zoom, que o palco, oculto pela cúpula translúcida, estava muito longe, e outra com um exemplo de boa educação...




fotos: © josé antónio 2006

José António

Algo não vai bem...

Ontem fui ver Martinho da Vila ao Parque dos Poetas com os meus Pais, aproveitando para estar com a família.
Quando entrei no recinto, já bastante atrasado, ouvi uma enorme assobiadela que me intrigou.
O artista ainda não estava no palco.
Cheguei junto dos meus pais e amigos, e senti uma estranha "atmosfera" misturada com o calor insuportável que se fazia sentir. Perguntei ao meu Pai o que tinha acontecido.
A resposta caiu-me como uma "bomba".
Com um ar um pouco "assustado", o meu Pai disse que aquele coro de assobio se devia ao facto de o Presidente da Câmara ter chegado perto do palco e de ter sido visto.

Fiquei para as primeiras duas músicas e a seguir fui apanhar ar para uma esplanada, é que estava mesmo muito calor...

Nuno Mendes in Cais da Linha

domingo, 11 de junho de 2006

VIOLÊNCIA? NÃO! É SÓ OUTRO CASO ISOLADO!

Decisão tomada por docentes da Escola Básica do 1º ciclo de São Gonçalo

Escola do Lumiar encerrada após agressão de professora
11.06.2006 - 18h39 Lusa

A Escola Básica do 1º ciclo de São Gonçalo, no Lumiar, vai estar encerrada amanhã, por decisão dos professores, depois de uma docente ter sido agredida anteontem por familiares de um aluno do estabelecimento.

De acordo com a presidente do Sindicato Democrático dos Professores da Grande Lisboa (SDPGL), Maria Conceição Pinto, o estabelecimento vai manter-se fechado "enquanto não se resolver o problema de segurança".

A informação sobre o fecho do estabelecimento está afixada num cartaz colocado à porta da escola desde o dia da agressão, que foi, segundo a sindicalista, reportada de imediato pelo órgão executivo do Agrupamento de Escolas Pintor Almada Negreiros, a que pertence a S. Gonçalo, à Direcção Regional de Educação de Lisboa (DREL). Da DREL a escola recebeu indicações para que "ninguém fale com a comunicação social e que a escola não feche".

O incidente ocorreu pela hora de almoço, quando a professora em causa, que é coordenadora da escola e membro do conselho do SDPGL, se encontrava dentro do estabelecimento de ensino. A docente, que está na escola há quase duas décadas, terá chamado a atenção a um aluno, com cerca de 13 anos, que estava a atirar cascas para o chão. Este terá ignorado o aviso da professora, que fez menção de lhe segurar a mão para que o jovem apanhasse as cascas, mas este recusou-se a fazê-lo.

Segundo o relato da dirigente sindical, "pouco tempo depois" terá entrado na sala onde estava a docente um casal, aparentemente familiar do aluno, que a insultou, tentou arremessar-lhe à cabeça um balde de lixo de alumínio e lhe bateu na cara e na cabeça repetidas vezes até que os restantes professores e auxiliares conseguiram por cobro ao ataque.

A professora, de 50 anos, foi assistida pelo Instituto Nacional de Emergência Médica na escola e vai ficar de baixa, adiantou Maria Conceição Pinto.

A sindicalista acrescentou não ter conhecimento de outras agressões a docentes neste estabelecimento, mas acentuou que a escola tem vários problemas de segurança, que haviam levado já a professora atacada a solicitar a presença da polícia no recreio durante os intervalos.

Maria Conceição Pinto acrescentou que o SDPGL, que integra a Federação Nacional dos Sindicatos de Educação, vai entrar em contacto com a DREL amanhã "para saber que tipo de intervenção se vai fazer numa escola destas, onde os professores não se sentem seguros".


recebido por e-mail.

A VOZ DO PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA DE LINDA-A-VELHA


JUNTA DE FREGUESIA DE LINDA-A-VELHA

A VOZ DO PRESIDENTE

Apesar de algumas indignações

JOSÉ BARROCO: “O futuro promete em Linda-a-Velha”

O presidente da Junta de Linda-a-Velha não quer ser a freguesia parente pobre do concelho. Enuncia indignações pela suspensão do transporte gratuito municipal “MoveOeiras”, pela degradação da escola EB 1 nº 2, pelo trânsito caótico e o ainda mais caótico estacionamento. José Barroco também não tem dúvidas que hoje se deveria estar a pensar no que será Linda-a-Velha daqui a 30 ou 40 anos. Ainda assim, sobra-lhe optimismo e garante que “o futuro promete em Linda-aVelha”.

Carlos A. Saraiva

Jornal de Oeiras – A comemorar 13 anos de Freguesia, este executivo vai em sete meses de exercício. Como tem sido a relação da autarquia com os cidadãos e o trabalho desenvolvido?

José Barroco
– É uma relação de respeito profundo pela população. Temos tido a preocupação de um maior relacionamento com a população. Nesse sentido, várias pessoas já me têm dito que em sete meses de mandato, recebi mais gente que os anteriores receberam em 8 anos. Não estou, obviamente, a menosprezar ninguém, é uma constatação dos factos. Quanto ao trabalho desenvolvido, achamos que Linda-a-Velha tem sido talvez um parente pobre do concelho de Oeiras, sistematicamente preterida em muitos elementos importantes para a vida das pessoas e o objectivo é inverter esse sentido.

JO - Isso é uma crítica ao poder central municipal?
JB
– Sim. Ao poder central municipal e ao poder central propriamente dito. Porque aquilo que há 30/40 anos era o exemplo de uma localidade que não era propriamente um bairro dormitório, transformou-se numa zona descaracterizada que sofre sistematicamente de dois flagelos - o trânsito caótico e o ainda mais caótico estacionamento.

JO – Estes serão dois problemas de fundo de Linda-a-Velha cujo estudo está contemplado no programa eleitoral da actual Câmara...
JB
– Estarão em estudo mas não podemos deixar de pôr o dedo na ferida e pensar em termos muito concretos. Hoje devíamos estar a pensar como será Linda-a-Velha daqui a 30 ou 40 anos e o que se está a fazer não é de perto nem de longe acautelar os princípios básicos do que será a vivência dos nossos filhos e nossos netos. Porque não se planeou a longo prazo, fazer nomeadamente um nó rodoviário decente na baixa de Miraflores, cruzando a A5 com a CRIL, num nó em trevo, para o que hoje já não há espaço, que permitisse que aqueles dois grandes eixos viários se pudessem cruzar, enviando trânsito em todos os sentidos.

JO - Porque é que hoje já não há espaço?
JB
- A permissão de loteamentos e licenciamentos de prédios naquela zona inviabilizou a construção do nó. Agora estão lá prédios e existem direitos adquiridos por parte dos loteadores. Igualmente, quando hoje se diz que o viaduto que está a ser construído, Portela-Miraflores, vai resolver o trânsito da entrada em Linda-a-Velha na Rotunda das Sereias, é a pura das mentiras. O que existe neste momento é um embargo de obra na ligação desse viaduto a Carnaxide, penso que relacionado com a zona de cheias da ribeira de Algés, que foi levantado pelo Ministério do Ambiente e que o actual presidente da Câmara, quando ministro da tutela, não conseguiu resolver e que, é pouco provável que o consiga resolver hoje.

Existe um outro projecto e honra seja feita à Liga dos Amigos de Linda-a-Velha, que tem lançados vários reptos nesta matéria, nomeadamente a de ser ponderada a hipótese de uma via poente, uma ligação de toda a zona da Av. D. Pedro V e Alto de Santa Catarina, passando pela zona do Estádio Nacional até frente ao cemitério de Carnaxide.

JO - É isso que faz de Linda-aVelha o tal parente pobre?
JB-
Veja que se priveligiam determinadas zonas do concelho, nomeadamente com a principal receita que é o IMI. Em boa verdade, quem nos últimos quinze anos mais contribuiu per capita tem sido Linda-a-Velha e não retira qualquer lucro disso. Quando uma Câmara Municipal diz que temos obras estruturantes como o Passeio Marítimo e o Parque dos Poetas, repare que Linda-a-Velha não tem sequer um pavilhão desportivo. Igualmente não posso deixar de manifestar indignação com o problema da escola EB1 nº 2, designadamente os pavilhões, provisória há mais de vinte anos, com um relatório catastrófico onde aparece escrito que há ratos no recreio. Não podemos olhar para isto e aceitar que a Câmara delibera meio milhão de euros de estátuas para o Parque dos Poetas e esta escola não pode ser encerrada e criada uma nova. Diria que, propaganda política à parte, dediquem-se menos às estátuas e tratem mais das pessoas. Cabe também referir que Linda-a-Velha, apesar de ter um 1/3 da população com mais de 60 anos e ¼ dela já ultrapassado os 70, não dispõe de nenhum equipamento ou zona de lazer para idosos.

Não posso deixar também de falar na questão do MoveOeiras, que servia a população mais idosa e a estudantil. A esse propósito, basta olhar para a última Assembleia Municipal, onde a unica questão a que o presidente da Câmara se furtou a responder foi justamente o MoveOeiras. E, quando ele diz que respeita os abaixo-assinados, é bom que se lembre que o maior deles foi feito na Freguesia de Linda-a-Velha e a propósito do MoveOeiras.

JO – E sobre a comemoração do 13ºaniversário da Freguesia?
JB
– A festa vai ser constituída por quatro eventos, todos no dia 11. Vamos ter uma Missa de sufrágio por António Cruz, o nosso primeiro presidente de Junta, figura que não tive oportunidade de conhecer e a quem, até hoje ninguém se lhe referiu sem manifestar um grande carinho e referir a sua sensibilidade. Da parte da tarde, no Palácio dos Aciprestes, a partir das 16 horas, teremos uma série de actividades, que passam pela apresentação pública do site da Junta, uma cerimónia para entrega dos prémios de mérito desportivo e, às cinco da tarde, terá lugar a exibição do Coral de Linda-a-Velha, que completa este ano 27 anos e que pela primeira vez vai fazer a sua apresentação no Palácio dos Aciprestes.

JO – Qual é a mensagem do presidente da Junta para os cidadãos de Linda-a-Velha?
JB
– Que o futuro promete em Linda-a-Velha e acho que é aí que cabem elementos importantes do que lançámos e fazem parte do nosso projecto eleitoral. O primeiro é o Banco do Voluntariado. O segundo tem a ver com três elementos de festivais que vão começar em 2007 – o Festival de Arte Urbana, o Festival de Música Infantil, em parceria com a Fundação Marquês de Pombal e, muito principalmente, com a Escola de Música Nossa Senhora do Cabo, e o Festival de Músicas do Mundo, um festival étnico, também em parceria com aquelas duas instituições. Para além disso, igualmente preponderante no nosso trabalho, é o projecto das energias renováveis, que lançamos envolvendo a maioria dos condomínios de Linda-a-Velha e de que estamos agora na fase de contacto directo, no sentido do projecto de energias fotovoltaicas, havendo neste momento 84 condomínios aderentes.

Jornal de Oeiras – 06062006
c-saraiva@hotmail.com

sexta-feira, 9 de junho de 2006

EDUCAÇÃO


Educação: insistir num modelo sem futuro?
Maria José Nogueira PintoJurista




Em Espanha, a propósito da alteração da Lei da Educação, os professores denunciaram os quatro mitos que consideram responsáveis pelo fracasso do sistema: - O mito de aprender fazendo; o mito da igualdade; o mito do professor amigo; o mito da educação sem memória.

Declararam-se também, maioritariamente, simplesmente fartos:-

Da falta de esforço; da falta de autoridade na aula; do excesso de especialização; da integração sem meios; da deterioração do ensino público.

Interrogo-me se, em Portugal, os professores (não só os "pedagogos", não os teóricos, não os sindicatos) não dariam do sistema português, dos seus mitos e ameaças, uma imagem aproximada.

Fiz toda a minha aprendizagem em escolas públicas. Descontando o muito que aprendi em minha casa, é-me hoje possível confirmar sem sombra de dúvida, o quê e o quanto me foi ensinado nessas salas de aula.

A escola do Estado Novo veio a ser acusada de mil e um defeitos, descrita como soturna e repressiva. Porém a minha geração, oriunda das mais diversas classes sócio-económicas, aprendeu. E guarda desse tempo uma memória mais banhada em ternura e nostalgia que marcada pela frustração ou revolta.

É certo que eram ainda muitos os que não chegavam lá. E se "chegarem todos lá" se tornou justamente um objectivo, a questão que se coloca é a factura a pagar por uma massificação sem qualidade e com os fracos resultados que conhecemos.

Os meus filhos passaram todos pelo ensino público que continuei a mitificar como uma experiência indispensável num processo escolar. Deram-se bem.

A última vez que fui a uma reunião de pais, o progenitor da pior aluna explicou-me que o facto de a minha filha ter boas notas se devia a nós termos uma biblioteca em casa e ele não. Pareceu-me uma justificação simplista mas elucidativa de um estado de espírito autojustificativo que marca, em grande parte, o conformismo dos pais em relação aos seus filhos estudantes.

Nos últimos 30 anos, a educação tem sido campo de experiências sucessivas, com leis e meias reformas, tornando cada geração uma grande cobaia, na qual se testam teorias e teimosias. Simultaneamente caíram intramuros escolares novos e agudos problemas sociais que deviam ter resposta a montante e a jusante, mas não têm.

A escola transformou-se num espaço multifunções, exigindo-se que faça tudo menos ensinar: intervenção social, psicologia, tratamento da pré-deliquência, substituição da rede familiar, prevenção da violência doméstica, remédio para o abandono, a subnutrição, a doença e ainda o esforço diário de contrariar uma cultura de irresponsabilidade e laxismo.

A classe dos professores é tida como uma das mais relevantes socialmente e, paradoxalmente, é uma das mais desrespeitadas. Para o que se lhes pede, são escassos os instrumentos de que dispõem para, com autoridade e eficácia, responder aos problemas daquele quotidiano.

Para quem, como eu, trabalha com os sistemas sociais no combate à reprodução geracional da pobreza e da exclusão, o qual só é possível num quadro de equidade no acesso a competências que permitam uma progressiva e efectiva autonomização pessoal, para que o filho de um pobre não seja fatalmente pobre, o filho de um imigrante cresça integrado, um filho da droga não se drogue, a filha de uma mãe adolescente não tenha um filho aos 14 anos, etc., etc., sabe bem que o sistema de educação é determinante.

Mas o sistema de educação é determinante para educar, para dar competências, preparando para a vida e para a autonomia, no saber pensar e no saber fazer, as novas gerações. Não é determinante para substituir a família, o atendimento social, o centro de saúde, a ocupação dos tempos livres ou as comissões de protecção de menores.

Tem sido assim. Os nossos indicadores são péssimos. Os resultados estão à vista, com bolsas de pobreza mais persistentes e um país no geral mal preparado para competir.

Estão à vista na nossa economia e nas nossas finanças públicas, nas nossas estatísticas e na nossa falta de norte e de inovação. Porquê, então, insistir neste modelo sem futuro que compromete todos os dias o mesmíssimo futuro português?

D.N. 02062006

recebido por e-mail

terça-feira, 6 de junho de 2006

MEXA-SE NA MARGINAL

Mexa-se na marginal, mexam-se alguns cidadãos de Oeiras e que se desenrasquem os outros Oeirenses, Lisbonenses, Cascalenses e outros portugueses.
Sou contribuinte, pago os meus impostos e por isso tenho o direito de utilizar aquela estrada nacional sempre que dela precisar, com o meu automóvel, obviamente!
Todos os anos a história se repete e todos os anos a mesma armadilha: Tempos esquecidos perdido no trânsito infernal resultante desta gozação que é feita aos cidadãos cumpridores.
Mais uma vez fui um dos infelizes que foi apanhado na armadilha de uma marginal violentada ao destino para que foi criada. Um percurso para um almoço familiar, que deveria demorar cerca de trinta minutos, acabou por durar uma hora e meia...
Tudo porque uma estrada nacional, que liga três dos mais densamente povoados concelhos do país, Lisboa Cascais e Oeiras, fechou no troço que compreende o concelho de Oeiras para que alguns oeirenses tivessem oportunidade de praticar desporto numa estrada nacional.
Deve ter sido o máximo!
Porquê fechar aquela via quando foram gastos milhões de euros dos contribuintes para se construir exactamente no lado oposto da marginal, junto ao rio, um passeio marítimo que vai desde Algés até à Praia da Torre? Como é possível que para usufruto de alguns, que têm alternativa para fazer o seu desporto mais perto do rio, a maioria seja prejudicada? Ainda por cima quando essa maioria não tem alternativa, salvo se pagar? (Para além dos impostos ainda a portagem)
A resposta é simples: Publicidade e da enganosa. Há um dia do ano em que se chama a atenção para o meio ambiente, onde certas e determinadas pessoas tiram pesos das consciências, se fala do tema às criancinhas, aparece o evento nas revistinhas e depois em Oeiras alternativas ao carro não existem.
Quais os contributos práticos deste dia? Nenhuns.
A vida existe e decorre para além dos delírios e fundamentalismos relacionados com o meio ambiente.
No Concelho de Oeiras existem outras pessoas, pessoas que não querem fazer desporto numa estrada nacional, mas que preferem ir à praia num dia de Sol e de calor, que preferem ir passear para outras paragens, ou almoçar com as suas famílias e que para isso precisam do seu automóvel e da via NACIONAL para, sem constrangimentos terem um dia de fim de semana tranquilo.
Gostava que no futuro esta brincadeira não se repetisse e que as autoridades competentes tivessem mais sentido de responsabilidade e respeito pelas pessoas.

António Bento

recebido por e-mail

domingo, 4 de junho de 2006

Onan


Meus caros visitantes, este nosso/vosso Oeiras Local é um espaço livre e democrático para, sobretudo, falar de Oeiras.
Na verdade tanto há a dizer sobre esta maravilhosa terra, que há 36 anos me acolheu no seu seio como filho adoptivo, após uma longa jornada por montes e vales, campos e praias de Portugal, que por vezes a dúvida está na escolha.
Esta é para mim e sempre uma tarefa que considero primeira, isto é, colocada no topo da pirâmide de prioridades. Seja para enaltecer as boas obras, seja para criticar as menos boas, seja mesmo para, na minha ignorância, fazer sugestões para melhorar a qualidade de vida dos Munícipes (os técnicos, na sua imensa sapiência, que depois digam da viabilidade prática), ou apenas para falar da história de Oeiras, das minhas vivências e experiências, na esperança de que aproveitem a alguém para algo de positivo.
Oeiras está aqui e sempre estará em primeiro lugar. Para falar de outros assuntos existem 'milhentos' espaços na Internet, hoje fácil e felizmente tão acessíveis.

Contudo aqueles que me conhecem sabem que sou um espírito arrevesado. Sabem que sou um homem de apetites, que só faz aquilo que quer à revelia de qualquer comando ou instrução, tenha ela a origem que tiver. Talvez por isso sou partidariamente 'desalinhado' e não advogo ideologia nenhuma, excepto a minha própria, fruto das minhas reflexões.
Podem-me dizer que aqui é de tomates que falamos, mas se eu desejar falar de alfaces, pois é de alfaces que falo, torçam as pessoas o nariz como torcerem. Compete-me a mim a decisão sobre o que considero ser importante e pedagógico dizer, esteja ou não de 'acordo' com o que os outros entendem que é o âmbito deste ou daquele espaço. E é sobre aquilo que entendo desejável que discorro. Quem gosta, gosta. Quem não gosta, passa à frente que a estrada é longa. Se não me quiserem, basta indicarem-me a porta...
Esta introdução serve apenas para alertar que nesta prosa não vou falar de Oeiras. Pelo menos, directamente.

Hoje apetece-me discorrer sobre outra coisa. A saber, o ONANISMO.
Biblicamente, sintetizado de modo muito breve, Onan era o segundo filho de Judah. Por morte de seu irmão Er, de acordo com a lei, teve que casar com a cunhada/viúva Tamir. É, eram estranhos tempos aqueles. Mas ainda há poucas décadas, não sei se ainda é assim, na Turquia um homem tinha por obrigação tomar conta da família, mulher e filhos, de um seu irmão que falecesse.
Seja como for, a lei obrigava a que Onan não só casasse mas penetrasse a cunhada e a engravidasse, para que houvesse descendência (p.f. deixem-se de piadas ordinárias.)
Onan cumpriu a lei até onde lhe foi possível, mas no último instante cometeu o terrível e sofrido pecado de 'tirar fora' e ejacular fora do corpo da cunhada, por achar que a criança que concebesse seria considerada filha do seu falecido irmão e não sua.
Ora Deus não gostou do feito e como paga simplesmente matou Onan.
Pobre do Onan, que assim se tornou sinónimo de 'coitus interruptus'.
A questão ficaria por aqui se interpretações erróneas deste episódio bíblico não lhe tivessem também atribuído o significado de 'contracepção', sob qualquer forma, e mesmo de 'masturbação'. Entenda-se aqui 'masturbação' não só no sentido sexual mas em todos os significados que o conceito pode ter, como na expressão "masturbação intelectual", p.ex.

E é isto que, após este périplo pelo Génesis, cap. 38, nos traz de volta ao Oeiras Local.
Perguntarão muitos: mas o que é que isto tem a ver com o blog?
Apetecia-me responder: Leiam os posts e os comentários, ajuizem e consultem as enciclopédias. Mas não vos vou dar essa trabalheira. Poupo-vos o trabalho e dou eu mesmo a resposta.
Apesar de a generalidade de prosas submetidas neste blog, quer de redactores da equipa, quer as que chegam por mail, quer de comentadores, serem normalmente pautadas pelo bom senso e espírito de correcção, não insultuosas nem ofensivas, independentemente da concordância ou discordância de cada um, ou das preferências político-partidárias, como aliás se pretende que este blog seja, ideia que me parece partilhada pelos próprios visitantes, pelo menos a julgar por muitos comentários, não sendo eu psicólogo ou psiquiatra, nestes últimos tempos alguns comentários anónimos têm surgido que, pelo tom agressivo, pela provocação desinteligente, fundamentalista e de laivos hipócritas, me levam a pensar terem sido escritos por alguém frustrado e ONANISTA (sem ofensa). Onanista no sentido psicológico, de alguém que se masturba (goza) por via da agressão verbal/oral/textual, e que, obviamente, se oculta no anonimato, o que é uma característica desta tipologia onanística.
Se estou errado, alguém que mo demonstre, como e porquê. Humildemente saberei aceitar e certamente aprenderei a melhor avaliar carácteres por via da escrita.

Enfim, aqui fica a minha opinião sobre um certo tipo de comentários (anónimos.)
E como estes são livres, aproveitem para dizerem de Vossa justiça. Concordem, discordem, mas tenham opinião. Sobretudo participem. A Vossa participação é fundamental para dar a este blog o sentido que todos, maioritariamente, lhe querem dar, contra a voz do "Velho do Restelo".

P.S.: Já passei pela feira no Jardim, mas ainda não provei as ditas farturas. Terei que lá voltar, o que não vai ser nenhum sacrifício :)

José António.

O MONSTRO


Vasco Pulido Valente sem papas na língua, a propósito da situação do ensino:

«Voltou a discussão sobre a violência na escola. É assunto tão velho que já tresanda. Mas neste país, que não aprende, e nunca aprendeu, é sempre preciso repetir o óbvio. Vêm as desculpas do costume (o "meio social", a "família" e por aí fora). E os remédios do costume (a autoridade dos professores, a participação dos pais, como se eles se ralassem, ou do mirífico dinheiro da "iniciativa privada"). Infelizmente, nada disso leva a parte alguma. Os "reformadores" têm de meter na cabeça uma verdade básica: na prática, o sistema de ensino não permite expulsar, repito, expulsar ninguém e assim, como se depreenderá, qualquer aluno tem a impunidade garantida. Do ministro ao último professor, toda a gente acredita que expulsar um aluno equivale a uma espécie de condenação à morte. Marçal Grilo, uma das pessoas mais deletérias que passaram pelo Governo, reservou para si a autoridade de aplicar essa pena capital e, segundo nos disse depois, ficou muito emocionado e tremente, quando em três casos durante quatro anos não a pôde evitar. Isto quase que significa uma licença para matar, coisa que as criancinhas percebem muito bem.

Quem não vive na lua está farto de saber o que a escola precisa e não precisa. Não precisa de psicólogos, nem de psiquiatras: precisa de um código disciplinar e de uma guarda que o execute. Não precisa de conselhos directivos, nem de lamechice pedagógica, precisa de um director (como defende o PSD), que ponha expeditivamente na rua quem perturbar a vida normal da escola, quer se trate de alunos, quer se trate de professores. Não precisa da ajuda, nem da "avaliação" dos pais; precisa que os pais paguem pelo menos parte da educação dos filhos (mesmo que em muitos casos esse pagamento seja um gesto simbólico).

A escola que por aí existe, como a democracia a fez, não passa de uma garagem gratuita onde os pais por comodidade e tradição metem as crianças. Não serve as crianças, que não a respeitam e, em grande percentagem, voluntariamente a deixam. Não serve os professores, que não ensinam e sofrem, ainda por cima, um vexame diário. Não serve a economia, a cultura ou o simples civismo dos portugueses. É inútil, quando não é nociva. Chegará, ou não chegará, o dia em que um governo se resolva a olhar para a realidade. Até lá não vale a pena gemer por causa de um monstro que Portugal inteiro viu crescer com equanimidade e deleite.» [Público assinantes Link]

sábado, 3 de junho de 2006

cesta secção

DIA NACIONAL DO CÃO

Um projecto de resolução apresentado pelo PSD na Assembleia da República pretende instituir o dia 6 de Junho como o "Dia Nacional do Cão", um animal que, diz o partido, vive junto do Homem desde a pré-história.

No projecto, a que a agência Lusa teve acesso, os deputados do PSD consideram importante instituir no calendário oficial um dia"dedicado à sensibilização de todos para o importante papel que a relação com os cães" tem na vida do Homem, dia "que pode ser particularmente interessante para uma importante pedagogia de valores de cidadania a incutir nas crianças e nos jovens".

Por esse motivo, sugerem os social-democratas, o "Dia Nacional do Cão" deveria ser o mais próximo possível do "Dia da Criança", que se comemora a 1 de Junho.

A proposta do PSD surge na sequência da apresentação no Parlamento, no passado dia 2, de uma petição, subscrita por 7.162 pessoas, pedindo a criação do "Dia Nacional do Cão".

A petição, dinamizada por criadores e "amigos" do "melhor amigo" do Homem, foi na altura entregue ao presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, tendo os responsáveis frisado que se tratava de uma iniciativa supra-partidária, não escondendo o desejo de que a questão fosse discutida ainda na presente sessão legislativa.

A ideia de criar um dia dedicado ao cão antes do início das férias tem como objectivo sensibilizar as pessoas para a necessidade de não abandonarem os cães no Verão, prática que acontece com alguma frequência, disseram na altura. A proposta do PSD está aberta ao apoio de outros partidos, disse uma fonte ligada ao projecto, frisando que não há qualquer interesse partidário na iniciativa e que a ideia mereceu no início do mês o agrado de Jaime Gama.

(recebido por e-mail)

sexta-feira, 2 de junho de 2006

BANCO DE VOLUNTARIADO



O Banco do Voluntariado, tornou-se num projecto de grande adesão da população de Linda-a-Velha.

Com o apoio de numeroso voluntários, tem sido possível assistir, dar apoio e desenvolver projectos, que sem essa preciosa ajuda não seriam realizados.

No futuro próximo, dois grandes projectos vão tomar forma, donde é necessário o apoio da população: a Quinta Pedagógica e as Festas em Honra de Nª. Sra. do Cabo.

Nesta conformidade, rogo a todos os que tenham disponibilidade, de algumas horas diárias, semanais ou mensais, que contactem a sede do Banco de Voluntariado, no Largo do Mercado, junto à Junta de Freguesia.

Especificamente são necessários, - não descurando todos os interessados - voluntários para:
  1. Dinamização da Galeria de Arte - assegurar o horário de funcionamento entre as 15.00 e as 18.00 horas.
  2. Apoio à Quinta Pedagógica - especial apetência pela jardinagem, por forma a realizar o projecto "Uma Árvore, Um Amigo".
  3. Festas de Linda-a-Velha - apoio às acções de rua a realizar entre o período de 09 a 17 de Setembro, inclusivé.
  4. Apoio às escolas - apoiar os agentes da PSP, na acção junto às escolas públicas da freguesia, nomeadamente quanto a assegurar o atravessar das ruas por parte das crianças, mediante formação da própria P.S.P.
  5. Condutores para viatura de 9 lugares, direccionados para o passeio de idosos.

Todas as actividades desenvolvidas pelo Banco do Voluntariado estão cobertas por um seguro que cobre os voluntários.

Ficamos a aguardar a sua inscrição, na sede do Banco do Voluntariado ou na Junta de Freguesia.

Mais informações em banco@voluntariado-lav.org

Lisboa 25 de Maio de 2006

(recebido por correio)


FÁBRICA DA PÓLVORA

  • Espectáculos de Verão

às 22 horas

30 Junho - Tanger Café Orquestra - Marrocos

7 Julho - Akim el Sikameya - Argélia

14 Julho - Mariana Ramos - Cabo Verde

21 Julho - Erasmo, Mimmo & Txalaparta - Mediterrâneo

28 Julho - Acquaragia Drom - Música Cigana Itália

5 Agosto - Dazkarieh - Portugal

12 Agosto - Artango - Argentina

18 Agosto - Beltane - Portugal

19 Agosto - Cristina Branco - Portugal

25 Agosto - Guitarras Mestizas - Espanha

26 Agosto - Waldemar Bastos - Angola

Nota: a programação para Agosto ainda está sujeita a confirmação



Gabinete da Fábrica da Pólvora

21 439 11 28/30

www.fabricadapolvora.com

(recebido por e-mail)

Festas de Oeiras

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Começam amanhã, dia 3 de Junho as festas de Oeiras.
Este ano o grupo de pessoas que acompanha a "comitiva presidencial" será substancialmente mais reduzido, em comparação com o ano anterior em altura de eleições.
Muitas caras não serão vistas ao seu lado, sendo substituídas por outras que curiosamente "não puderam" marcar presença no ano anterior. (pois não se sabia ainda o resultado e não queriam ser expulsos do partido)
Vá-se lá saber porquê, e até onde irá a festa.
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Nuno Mendes