quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Iniciativa Lisboa+Viva

Após pedido de esclarecimentos à CML, a resposta obtida foi a seguinte:

Exmo. Senhor.:


Agradecemos o envio do seu e-mail que mereceu a nossa melhor atenção.

Relativamente ao assunto exposto cumpre informar que o Município de Lisboa não pode alterar os limites de velocidade estabelecidos pelo Código da Estrada, 50 Km/h dentro das localidades.


A alteração dos limites de velocidade, depende da prévia autorização da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, que emite parecer caso a caso.


A Direcção Municipal de Protecção Civil, Segurança e Tráfego apresentou alguns casos em que o limite de velocidade pudesse ser alterado de 50Km/h para 80Km/h. Actualmente, o Município obteve autorização de alteração desses limites em algumas artérias da cidade nomeadamente, 2ªCircular, Radial de Benfica e Av. Marechal António Spínola.


Com os melhores cumprimentos,

O Director Municipal

Arqt. Fernando Pedro Moutinho


Na extensão da Av. Estados Unidos da América (Av. Marechal Spínola), na 2º Circular e na Radial de Benfica, os limites estão actualmente nos 80 km/h. Em todas as outras vias, o limite é de 50 km/h. Posso dizer que esta é uma posição consensual, que mantém, como acho que deve ser, o limite de 50 para as vias com semáforos, passagens de peões, pontos com elevada sinistralidade e saída de túneis.

Fica aqui uma palavra de apreço pelo profissionalismo e dedicação dos funcionários técnicos da CMLisboa. Ao contrário do que têm sido divulgado, pelo presidente do ACP e por outras personalidades contestatórias dos radares e dos limites praticados, a CMLisboa realizou os necessários estudos para a localização dos radares, sempre limitada pelas entidades reguladoras do sector.

Quanto às palavras do presidente actual do ACP, que refuta a utilização dos radares em Lisboa, só posso mostrar o meu desprezo por alguém que assume uma posição corporativista, ignorante e demagógica.

4 comentários:

Isabel Magalhães disse...

Direct Current;

Eu sou a favor dos radares, nas velocidades aprovadas, mas de uma forma talvez ainda mais radical. Defendo eu que as vias em que os mesmos estão activos deveriam estar abrangidas na sua totalidade, entrada e saída, para evitar que uns quantos/muitos, e a exemplo do que acontece na marginal Lisboa/Cascais, travem à vista do dito e depois continuem alegremente, em velocidade desenfreada, até ao próximo ponto de controlo.

Tenho carta desde Dezembro de 1970, conduzo diariamente, e as raras multas que sofri foram todas de estacionamento, contingência de mãe de família a trabalhar na baixa pombalina, sem poder prescindir do carro necessário para a entrega/recolha das crianças por vários colégios.

Também sou sócia do ACP e embora sem saber a que declarações te referes, digo que li o artigo bem fundamentado da revista nº 678, Setembro 2007, e há um ponto que gostaria de citar aqui:

" A Av de Ceuta foi sempre um eixo com graves problemas e onde o controlo da velocidade por bandas sonoras desde sempre foi aplicado. A sua colocação obriga por si só a reduzir a velocidade, afigurando-se, por isso, redundante colocar o sistema de radares praticamente em cima das mesmas. Outra localização mais diferenciada poderia ser mais eficaz."

Esta é uma via muito perigosa para os peões, divide um bairro social a meio, há crianças que atravessam constantemente porque têm família de ambos os lados. Lembro-me do caso, recente, de uma infeliz criança da primária, (sei que já não se chama assim) que foi colhida por um taxi e morreu, e defendo que nesta via o radar deveria estar activo em todo o trajecto. (Espero que esteja!)

Outros pontos haverá mas o tempo é curto e o texto vai longo.

Também espero não ter interpretado mal o que li. :)

Abraço.

Unknown disse...

.

Ouvi há poucos dias uma entrevista com o president do ACP numa rádio, creio que a TSF, e fiquei verdadeiramente mal impressionado com o sujeito.
Não recordo exactamente o que ele disse, mas recordo que pensei por diversas vezes "mas que grandessíssima besta !"...

Bom post.
Abraço,

.

Isabel Magalhães disse...

Não ouvi essa entrevista.

O artigo que refiro acima é assinado com as iniciais 'CM'.

Por último, acho pertinente que se discuta o assunto e, se a forma de reduzir a velocidade/sinistralidade é o radar e a 'soit disant' caça à multa, então que assim seja.

E disse...

Considero as afirmações da "besta" que é o presidente do ACP, indignas de quem exerce um cargo público, onde a prevenção rodoviária e a diminuição da sinistralidade (que envolve peões) devia ter primazia à defesa de "coitados" automobilistas multados por excesso de velocidade por terem sido apanhados. Mas no caso dele, não.

Sinto-me bem com a caça à multa. Acho óptimo que os condutores continuem a sentir "medo" e que se sintam "perseguidos" quando conduzem, levando-os a reduzir a velocidade. Prefiro isso a cenários de autêntico faroeste nas estradas portuguesas, onde os peões são atropelados diariamente, regras de civismo não existem, e o que importa para o condutor é o tempo que leva a fazer determinado percurso e não a segurança.

A Av. Ceuta têm as lombas periodicamente retiradas por habitantes dos Bairros Sociais que não as querem lá porque "fazem barulho". E continua a ser palco de "aceleras" que põem em risco a vida dos peões. É uma artéria muito frequentada à noite, e há acidentes por excesso de velocidade de quem têm álcool a mais no sangue. Pôr radares, tornando-o um ponto vigiado continuamente, diminuiu os acidentes rodoviários.

Cheguei à conclusão que com boas maneiras não vamos lá. Não vamos lá! Só com regras, controlo em tempo real, radares, multas elevadas, inibição de conduzir, veículo bloqueado, etc.

As afirmações da "besta" a respeito do trabalho da CML foi que eles, a Câmara, colocaram os radares de uma forma aleatória, sem estudos próprios. Estas afirmações alimentaram a polémica e puseram em causa o bom-nome da ex-vereadora Marina Ferreira.

Se a "besta" se acha no direito de dizer "parvoíces" e criticar à lá regardére, eu também acho-me no direito de o mandar dar uma grande volta. Acho que a "besta" anda a fazer-se a um cargo de visibilidade política. E anda a fazer por isso. Por mim, ia demitido.