O caso dos gravadores - Opinião - Correio da Manhã
Dia a dia
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O deputado Ricardo Rodrigues é homem de muitos talentos aos quais deve, agora, ser acrescido o de transformar uma subtracção de gravadores a jornalistas num queixume sobre as malfeitorias destes ao Estado de Direito.
O Estado de Direito, aliás, na boca do deputado Rodrigues e de outros apaniguados, só funciona num único sentido: o que lhes interessa. Não é de hoje nem de ontem que o deputado Rodrigues usa e abusa do Estado de Direito para tentar criar um Estado de excepção para dirigentes políticos. Tentou, e nalguns casos conseguiu, durante toda a legislatura passada, moldar o Código Penal e de Processo Penal com artigos de protecção inter-pares em matéria de investigação criminal a políticos.
Este homem, que faz parte do Conselho Superior do Ministério Público e foi nomeado para consultor do primeiro-ministro em matéria de segurança interna, foi o verdadeiro centro de poder na área da justiça, num quadriénio que passará à história como o mais desastrado de sempre para o sector. Rebentou com um ministro da Justiça fraco e transferiu o poder para S. Bento, de onde foi conduzida uma sistemática tentativa de domesticação da investigação criminal. Este é o homem que manda calar Maria José Morgado quando esta colabora com uma comissão parlamentar. Este é um homem perigoso para o Estado de Direito.
O Estado de Direito, aliás, na boca do deputado Rodrigues e de outros apaniguados, só funciona num único sentido: o que lhes interessa. Não é de hoje nem de ontem que o deputado Rodrigues usa e abusa do Estado de Direito para tentar criar um Estado de excepção para dirigentes políticos. Tentou, e nalguns casos conseguiu, durante toda a legislatura passada, moldar o Código Penal e de Processo Penal com artigos de protecção inter-pares em matéria de investigação criminal a políticos.
Este homem, que faz parte do Conselho Superior do Ministério Público e foi nomeado para consultor do primeiro-ministro em matéria de segurança interna, foi o verdadeiro centro de poder na área da justiça, num quadriénio que passará à história como o mais desastrado de sempre para o sector. Rebentou com um ministro da Justiça fraco e transferiu o poder para S. Bento, de onde foi conduzida uma sistemática tentativa de domesticação da investigação criminal. Este é o homem que manda calar Maria José Morgado quando esta colabora com uma comissão parlamentar. Este é um homem perigoso para o Estado de Direito.
Eduardo Dâmaso, Director-Adjunto
3 comentários:
Este é um homem que o PM não demite. Para o PM PS que nos desgoverna é menos grave um deputado que rouba do que um ministro que mima gestos de tauromaquia no Parlamento. E não tenho nem deixo de ter qualquer simpatia pelo ministro demitido. Penso até que Portugal só sente a falta das várias e sucessivas gaffes...
Este deputado e o episódio que protagonizou agravado pela defesa que o inerranável Franciso Assis (não aprendeu nada com os sopapos em Felgueiras) e a pequena Maria de Belém lhe proporcionaram é a melhor imagem do estado deplorável a que este país chegou.
Estou a chegar a um ponto tão grande de enjôo que vou ali e já venho...
AMC
Estamos bem entregues... o homem é conselheiro de Segurança Interna! Que rico exemplo.
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