sábado, 1 de maio de 2010

Uma Assembleia – outros aspectos

Ao fim destes anos já sabemos como funciona uma Assembleia. Muitas vezes os membros não podem estar presentes e quando é mesmo necessário fazem-se substituir de acordo com as normas em vigor.



Mas acontece que alguns chegam depois de ter começado, assinam a folha de presença, sentam-se e ali ficam até ao fim. Mas outros – que chegam atrasados – atarefados das múltiplas funções que acumulam, carregam papeis e portátil, aproveitam para ir pondo a escrita em dia. E depois, fecham o portátil e vão-se embora. Pelo meio, se ocorreram votações, lá se pronunciaram.



Embora as Ordens de Trabalho de cada reunião sejam extensas, muitas vezes não referem pontos específicos da sua área e, portanto, o seu voto será apenas reforçar a posição do seu Partido. E o principal está feito: já assinaram a folha de presença.



Outros membros estão sempre muito activos e têm intervenções frequentes e extensas sobre cada ponto em discussão. E se de outro partido interpretam o assunto divergente do que defenderam voltam à fala até já nada mais ser possível de exporem. É bom, pois assim - como dizem os Gatos Fedorentos – fica tudo bem esmiuçado. Mas no meio de tudo isto há “a defensa da honra”. É um expediente para se mostrar que se está ofendido e mais uma vez reafirmar o que já disse antes. É mostrando que se estudou o assunto que se vai criando experiência e espaço e o reconhecimento dos outros pares. É pena é haver tão poucos assistentes no público para apreciarem a actuação dos seus eleitos.



Nota: Este ano o arranjo floral que embelezou a tribuna da Assembleia Municipal nas comemorações do 25 de Abril, não teve nem um cravo.



Ao menos na Assembleia da minha Freguesia de Algés havia um arranjo com cravos e, apesar da contenção das despesas, tiveram a gentileza de reservar uns poucos para oferecerem às senhoras do público.




2 comentários:

Isabel Magalhães disse...

O que me ofereceram continua viçoso.

João Salgueiro disse...

A invocação do 25 de Abril pelos membros da Assembleia e público e a simpática ideia da distribuição dos cravos foram as únicas coisas positivas dignas de registo dessa Assembleia.