Os acontecimentos já têm uns dias e foram-me relatados por três ou quatro leitores assíduos do Oeiras Local. O Correio da Manhã de 2ª feira, dia 18, noticiou o acontecimento, tendo até publicado a foto de uma viatura capotada e outra mostrando uma casa com os vidros partidos.
Trata-se da Festa de Nossa Senhora da Paz, que se realizou no fim de semana de 16 e 17 do corrente, no Bairro dos Navegadores, e dos desacatos após a mesma que devem estar registados na PSP de Porto Salvo.
No dizer de um dos nossos leitores: «Para os moradores de Talaíde, do Leião, do Bairro da Auto Construção e do Casal da Choca, entre outros, foi uma noite para esquecer. No regresso da festa, e já totalmente ébrios, vários grupos de "cidadãos desordeiros", provocaram desacatos e estragos em toda essa zona. Carros virados ao contrário, vidros de habitações partidos à pedrada, paragens de autocarros vandalizadas, e dezenas de carros riscados com pregos, por pura malvadez.
No Leião, um morador ia para a pesca, às 7 da manhã. Estava na paragem do autocarro, e foi abordado por um grupo de mais de 10 energúmenos que o espancaram violentamente, sem mais nem menos.
Nessa madrugada, um carro, transportando "gente dessa laia", só parou dentro do lago que se encontra na rotunda à entrada do Bairro da Auto Construção, porque o seu condutor, no estado em que ia a conduzir, não conseguiu dominar a viatura.»
9 comentários:
Onde pára a Polícia? Não se trata dos tais filmes para rir, trata-se do policiamento do nosso Concelho de Oeiras?
De Tercena
A avaliar pela descrição são desacatos de significativo volume. Onde pára a polícia e a imprensa local? E as redes sociais? Ninguém soube de nada?
Isto é mesmo verdade? De certeza? E nenhum órgão de comunicação social reparou? Com duas TV no concelho? Não encontro a notícia no Correio da Manhã.
Não gosto de duvidar, mas parece-me muito estranho isto ter acontecido sem 'ninguém' dar por nada.
Nenhum dos leitores me enviou o recorte do jornal e na busca online nada encontrei.
Mas... com um telefonema para o Correio da Manhã (Tel. 21 330 77 00) consegui a informação que a notícia foi publicada na data referida - 18 Outº corrente - na página 12.
Para que conste.
Um blogue com informação variada e fiável.
Exmº Senhor Director do Jornal de Oeiras, Sr. Alexandre Gonçalves:
Habito no Leião há cerca de 20 anos, e pertenço ao grupo de pessoas que partilham a frase “Oeiras vale a pena”.
Mas nem sempre!
No passado fim de semana, como deve saber, teve lugar a Festa da Nossa Senhora da Paz, no Bairro dos Navegadores.
Paz, mas pouca…
Para os moradores de Talaíde, do Leião, do Bairro da Auto Construção e do Casal da Choca, entre outros, foi uma noite para esquecer.
Nessa noite e nessa madrugada, foi “o fim da picada”, como dizem os africanos.
No regresso da festa, e já totalmente ébrios, vários grupos de “cidadãos desordeiros” (para não ser mal educado), provocaram desacatos e estragos em toda essa zona.
Carros virados ao contrário, vidros de habitações partidos à pedrada, paragens de autocarros vandalizadas, e dezenas de carros riscados com pregos, por pura malvadez.
No Leião, um vizinho meu ia para a pesca, às 7 da manhã.
Estava na paragem do autocarro, e foi abordado por um grupo de mais de 10 energúmenos que o espancaram violentamente, sem mais nem menos.
Nessa madrugada, um carro, transportando “gente dessa laia”, só parou dentro do lago que se encontra na rotunda à entrada do Bairro da Auto Construção, porque o seu condutor, no estado em que ia a conduzir, não conseguiu dominar a viatura.
O Correio da Manhã de 2ª feira, dia 18, noticiou o acontecimento, tendo até apresentado a foto de uma viatura virada do avesso, e outra foto, mostrando uma casa com os vidros todos partidos.
E aqui chegamos ao ponto que me levou a vir junto do Sr. Director.
Sou assíduo leitor do Jornal de Oeiras.
Todas as 3ªas feiras o leio de ponta a ponta, com toda a atenção.
Mas ao ler o Jornal de hoje, 19 de Outubro, fiquei estupefacto, por verificar que no mesmo não constava qualquer linha que abordasse este assunto.
Como é que o Correio da Manhã teve conhecimento dos factos e procedeu à sua publicação, e o Jornal de Oeiras, estando tão perto, não fez qualquer comentário ou referência a esta preocupante situação.
Não compreendo, e gostaria de obter uma explicação por parte de V. Exª, qual a razão porque não noticiaram estes tristes acontecimentos.
Afinal o Jornal só serve para dar conhecimento aos leitores do que em Oeiras acontece de bom, e a parte negativa é ocultada ou esquecida?
Para quem lê o Jornal ficar com a ideia de que no Concelho de Oeiras é tudo um mar de rosas?
Não devem também trazer a lume os acontecimentos que, pela negativa, intimidam os que nele habitam, e denunciar situações que em nada o dignificam?
Em resumo, o que venho pedir a V. Exª é que, de futuro, dê instruções para que sejam publicados artigos que abordem tudo o que se passa no Concelho de Oeiras, tanto se trate de coisas boas (que são muitas, felizmente), mas também de coisas más.
Com os melhores cumprimentos
Carlos de Lima Luizi
Exmo. Sr.
A única coisa que me ocorre dizer é que tem tem razão nos seus reparos.
Todavia o Jornal não pode noticiar aquilo de que não tem conhecimento, se o Correio deu a notícia alguém os informou.
Nós infelizmente, somos apenas dois jornalistas a fazer o semanário, não podemos estar em todo o lado e muito menos se não nos chega qualquer informação.
Posso dizer que para além de não temos conhecimento dos distúrbios de que fala, nem sobre a realização da festa no Bairro dos Navegadores, nos chegou qualquer informação.
Agradeço a sua atenção e pela nossa parte pode contar o empenho em divulgar toda a informação a que temos acesso e de interesse público.
Alexandre Gonçalves
Jornal de Oeiras
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Exmos Senhores:
Fico grato pela atenção dada ao e-mail que ontem vos enviei, e à resposta que me foi dada ao assunto que nele coloquei.
Se de facto não tiveram conhecimento da realização da Festa do passado fim de semana, no Bairro dos Navegadores, ainda vão a tempo de recolher informações sobre o evento e sobre os desacatos registados após a mesma.
Acho que a missão de os repórteres de um Jornal não deverá ser “ficar à espera que lhes chegue a informação”, mas sim ir á procura dela, e desenvolvê-la.
Neste caso, sugiro que destaquem alguém para ir à PSP de Porto salvo, pois devem lá ter os registos do que se passou.
E ainda estão a tempo de informar os leitores do que por lá se passou, na próxima edição do Jornal, a sair no dia 26.
Continuo a pensar que um Jornal concelhio deve noticiar o que de bom e o que de mau ocorre no respectivo Concelho.
Só assim poderemos contar com isenção e transparência por parte de V. Exas.
Espero com esta troca de opiniões e com esta crítica (quanto a mim construtiva) ter contribuído para uma melhor informação, de futuro.
Com os melhores cumprimentos
Carlos de Lima Luizi
Não nos teste, Carlos, não nos teste ;)
Quanto ao sucedido, continuo a achar estranho que algo tão "em grande" a nível de violência urbana tenha passado despercebido e sido apenas destaque no CM em papel.
Mas se a Isabel teve o cuidado de confirmar - e não tinha de o fazer, claro, mas agradeço a informação - é porque de facto aconteceu. É um conselho de cada vez maior excelência.
Oops: concelho, concelho, concelho, concelho...
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