Afinal havia crise
Sem Rodeios
Foi e é a propaganda a grande imagem deste governo. Eles nunca souberam governar.
0h30
Por: Luís Marques Mendes, Ex-líder do PSD
Durante meses, o discurso oficial era categórico: Portugal estava no bom caminho, as previsões orçamentais estavam certas, éramos os campeões do crescimento na Europa, um verdadeiro caso de sucesso. Quando muitos vaticinavam a necessidade de mudar de vida, logo o governo os apelidava de profetas da desgraça. Onde muitos viam o país a resvalar para o precipício, o primeiro-ministro só descortinava razões para optimismo.
Até que surgiu o duríssimo programa de austeridade da semana passada. Um programa que chocou o país e fez muito boa gente abrir a boca de espanto e revolta. Afinal era tudo propaganda e mentira. Afinal havia crise.
Num ápice, caiu a máscara e todos pedem explicações. Afinal o que falhou? À boa maneira dos políticos sem vergonha, o primeiro-ministro não explica. Em duas programadas entrevistas televisivas, o Hugo Chávez à portuguesa despreza tudo – a verdade, a explicação, a inteligência dos portugueses.
Em boa verdade, não há nada a explicar. Está tudo explicado há muito tempo, em três palavras: irresponsabilidade, incompetência e propaganda. Só não vê quem não quer ver.
Foi a irresponsabilidade que conduziu em 2009 às eleições mais caras de sempre. Para sacar votos, mesmo hipotecando o futuro, Sócrates fez de tudo: aumentou em grande os funcionários públicos, o abono de família e as reformas, baixou o preço dos medicamentos, meteu dinheiro a eito nas empresas do regime, até acorreu com milhões ao BPN, tentando salvar com a política aquilo que era e é um caso de polícia. Com a mesma irresponsabilidade chegámos ao desastre deste ano – mais impostos e mais despesa, menos economia e menos emprego.
Foi a incompetência que nos trouxe até aqui – cinco anos de governação que empobreceram o país, com o défice mais alto de sempre, o maior desemprego de sempre, os impostos mais altos de sempre, a maior dívida pública de sempre, as maiores desigualdades sociais de sempre, a maior desfaçatez de sempre.
Foi e é a propaganda a grande imagem de marca deste governo. Eles nunca souberam governar. Especializaram-se, sim, na propaganda. Na arte de manobrar, controlar, mentir e enganar.
Só que não é possível enganar toda a gente durante o tempo todo. Por isso, o primeiro-ministro assinou na semana passada a sua própria certidão de óbito político. É que ninguém aceitará ser enganado durante mais tempo.
Pena é que, por descobrir a verdade, todos tenham de pagar esta factura pesada. Provavelmente por muitos e bons anos.
Sem Rodeios
Foi e é a propaganda a grande imagem deste governo. Eles nunca souberam governar.
0h30
Por: Luís Marques Mendes, Ex-líder do PSD
Durante meses, o discurso oficial era categórico: Portugal estava no bom caminho, as previsões orçamentais estavam certas, éramos os campeões do crescimento na Europa, um verdadeiro caso de sucesso. Quando muitos vaticinavam a necessidade de mudar de vida, logo o governo os apelidava de profetas da desgraça. Onde muitos viam o país a resvalar para o precipício, o primeiro-ministro só descortinava razões para optimismo.
Até que surgiu o duríssimo programa de austeridade da semana passada. Um programa que chocou o país e fez muito boa gente abrir a boca de espanto e revolta. Afinal era tudo propaganda e mentira. Afinal havia crise.
Num ápice, caiu a máscara e todos pedem explicações. Afinal o que falhou? À boa maneira dos políticos sem vergonha, o primeiro-ministro não explica. Em duas programadas entrevistas televisivas, o Hugo Chávez à portuguesa despreza tudo – a verdade, a explicação, a inteligência dos portugueses.
Em boa verdade, não há nada a explicar. Está tudo explicado há muito tempo, em três palavras: irresponsabilidade, incompetência e propaganda. Só não vê quem não quer ver.
Foi a irresponsabilidade que conduziu em 2009 às eleições mais caras de sempre. Para sacar votos, mesmo hipotecando o futuro, Sócrates fez de tudo: aumentou em grande os funcionários públicos, o abono de família e as reformas, baixou o preço dos medicamentos, meteu dinheiro a eito nas empresas do regime, até acorreu com milhões ao BPN, tentando salvar com a política aquilo que era e é um caso de polícia. Com a mesma irresponsabilidade chegámos ao desastre deste ano – mais impostos e mais despesa, menos economia e menos emprego.
Foi a incompetência que nos trouxe até aqui – cinco anos de governação que empobreceram o país, com o défice mais alto de sempre, o maior desemprego de sempre, os impostos mais altos de sempre, a maior dívida pública de sempre, as maiores desigualdades sociais de sempre, a maior desfaçatez de sempre.
Foi e é a propaganda a grande imagem de marca deste governo. Eles nunca souberam governar. Especializaram-se, sim, na propaganda. Na arte de manobrar, controlar, mentir e enganar.
Só que não é possível enganar toda a gente durante o tempo todo. Por isso, o primeiro-ministro assinou na semana passada a sua própria certidão de óbito político. É que ninguém aceitará ser enganado durante mais tempo.
Pena é que, por descobrir a verdade, todos tenham de pagar esta factura pesada. Provavelmente por muitos e bons anos.
5 comentários:
Posso ser mauzinho?
Cá vai:
o homem à altura da cintura, o comentário à altura da situação.
"Prontos", já está.
Marques Mendes também contribuiu para a falência de Portugal: foi Secretário de Estado, foi Ministro. Sacudir a água do capote não lhe fica bem. Tem a sua quota-parte de culpa.
E este senhor não se lembra que também já comeu à mesa do Orçamento?
Será que já não se lembra quando ilegalmente acumulava os cargos de Presidente da Assembleia Municipal de Oeiras e de Presidente da Universidade Atlântica designado pelo seu amigo Isaltino?
AO anónimo das 13:10
Não sei se o que diz é verdade, mas qual é o problema de acumular os cargos de Presidente da Assembleia e da Universidade Atlãntica?
Há acumulações nos dias de hoje em Oeiras bem mais graves e nada acontece...
Ao anónimo das 11:14
Está a comparar a governação PSD com o desgoverno do «ingenhêro» dominical Sócrates de Sousa? De dedos afastadinhos das teclas teria feito melhor figura.
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