domingo, 24 de outubro de 2010

Frutos secos e aperitivos

Saiu hoje no Público – Cartas à Directora



Estamos sobre as noticias da crise, do PEC, do Orçamento, do desemprego e ouvimos figuras importantes a falarem da necessidade de nos virarmos já para a produção nacional desde as pescas à agricultura e aproveitarmos tudo o que é nosso para que o défice das importações não nos afunde mais.

Pois é! Mas hoje o supermercado onde entrei tinha uma bela exposição de frutos secos e aperitivos em embalagens apelativas estrangeiras e do supermercado onde só uma amêndoa com casca era de origem portuguesa. Não vi todas as ofertas mas, banana às rodelas das Filipinas, avelã com casca da Geórgia, miolo de noz do Chile, amendoim torrado com casca dos Estados Unidos da América, amendoim salgado da China, milho frito de Espanha, favas fritas do Egipto, passa de uvas moscatel da Argentina.

Algumas embalagens, as do supermercado, tinham o código de barras 560 o que entenderemos que o produto tem origem fora e cá foi embalado, mas não haverá em Portugal nozes, avelãs, passa de uvas, amendoins, favas e milho que possam ser transformados em bons aperitivos? E se muitos de nós fizéssemos um grande esforço e só comprássemos os produtos mesmo, mesmo de origem do nosso País?


Maria Clotilde Moreira / Algés

3 comentários:

Isabel Magalhães disse...

Mesmo sem esforço é isso que sempre faço. E se repararem, e dou apenas um exemplo, as maçãs francesas - embora com melhor aspecto e maior calibragem mas não melhor SABOR - são mais caras que as nacionais.

Anónimo disse...

Este é um dos motivos do desequilíbrio da balança de pagamentos (importações versus exportações). Sempre que possível compro NACIONAL.

Clotilde Moreira disse...

Atenção também às castanhas que estão a vir de Espanha, são congeladas ou coisa parecida e segundo pessoas hoje no Pingo Doce não assam nem cozem. Mas são é grandes. AH! e as romãs? Vi hoje com outro nome.
Clotilde