Electricidade. Consumidores perderam um aliado no governo
A crise trouxe consigo a diminuição dos consumos. Mas os preços aumentaram
O secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas diz
que nada vai mudar na política do governo com saída do secretário de
Estado da Energia, Henrique Gomes. E é aí que está o perigo, respondem
alguns analistas.
Actualmente, da factura paga pelo consumidor, mais de 43% são custos
com as empresas produtoras de electricidade. Para o ano, o consumidor
poderá ser ainda mais penalizado devido à seca que se faz sentir agora e
que recairá sobre a factura em 2013, acreditam os especialistas. A
falta de água não está a ajudar e o sistema de produção hídrica previsto
pelo governo não funciona. A produção de energia eólica também tem
estado condicionada pela falta de vento.
Henrique Gomes, até segunda-feira secretário de Estado da Energia,
estava empenhado em alterar a política energética seguida até aqui e um
dos seus grandes objectivos era acabar com o défice tarifário até 2020.
Queria impor medidas que estavam a ameaçar as contas das empresas de
electricidade.
(...)
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