Uma fotografia ou a imagem de um país
25 Março 2012 | 23:30
Camilo Lourenço - camilolourenco@gmail.com
Qual a imagem-chave da greve geral de 5ª feira? A agressão, desproporcionada, a jornalistas. É justo? Não.
Qual a imagem-chave da greve geral de 5ª
feira? A agressão, desproporcionada, a jornalistas. É justo? Não. A
intervenção policial era necessária para evitar que um bando de
energúmenos transformasse uma manifestação numa batalha campal. Mas a
agressão aos jornalistas não o era.
De quem é a responsabilidade? Não sei. Mas esperemos que a culpa não morra solteira: quem agrediu daquela forma merece ser sancionado; quem, no comando daquelas forças, não soube prever o que se ia passar merece pelo menos uma admoestação. Porque estava na cara que alguém ia fazer alguma coisa (à falta de melhores argumentos) para a jornada de luta terminar mal. Até havia antecedentes: os tumultos de 2011 às portas do Parlamento. Que, curiosamente, estiveram para se repetir...
Não sei se o ministro Miguel Macedo esteve à altura dos acontecimentos, antecipando, com a direcção da Polícia, o que se poderia passar. Mas a Polícia não esteve. E conseguiu que Portugal passasse para o exterior a imagem de uma… mini-Grécia: até parte da Imprensa portuguesa, num manifesto exagero (um eufemismo!), alinhou nessa comparação.
Certo, certo é que uma única fotografia, que correu mundo, deitou fora uma excelente oportunidade para passar para o exterior o que era mais importante: o espectacular fracasso da greve geral. Que confirma que Portugal é um país de paz social. Exactamente o oposto da Grécia. Razão pela qual quem nos empresta dinheiro tem razões para se sentir tranquilo. E isso era um trunfo importante para juntar à gestão macroeconómica que começa a dar os primeiros frutos, bem expressos na baixa dos “juros” da nossa dívida pública. Uma pena.
camilolourenco@gmail.com
De quem é a responsabilidade? Não sei. Mas esperemos que a culpa não morra solteira: quem agrediu daquela forma merece ser sancionado; quem, no comando daquelas forças, não soube prever o que se ia passar merece pelo menos uma admoestação. Porque estava na cara que alguém ia fazer alguma coisa (à falta de melhores argumentos) para a jornada de luta terminar mal. Até havia antecedentes: os tumultos de 2011 às portas do Parlamento. Que, curiosamente, estiveram para se repetir...
Não sei se o ministro Miguel Macedo esteve à altura dos acontecimentos, antecipando, com a direcção da Polícia, o que se poderia passar. Mas a Polícia não esteve. E conseguiu que Portugal passasse para o exterior a imagem de uma… mini-Grécia: até parte da Imprensa portuguesa, num manifesto exagero (um eufemismo!), alinhou nessa comparação.
Certo, certo é que uma única fotografia, que correu mundo, deitou fora uma excelente oportunidade para passar para o exterior o que era mais importante: o espectacular fracasso da greve geral. Que confirma que Portugal é um país de paz social. Exactamente o oposto da Grécia. Razão pela qual quem nos empresta dinheiro tem razões para se sentir tranquilo. E isso era um trunfo importante para juntar à gestão macroeconómica que começa a dar os primeiros frutos, bem expressos na baixa dos “juros” da nossa dívida pública. Uma pena.
camilolourenco@gmail.com
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