19 de Março, 2012
por José António Saraiva
Quando José Sócrates ainda era primeiro-ministro escrevi um artigo dizendo que ele me fazia lembrar Vale e Azevedo.
Conheci ambos pessoalmente – e os dois revelavam a mesma megalomania, a mesma obstinação, a mesma falta de consciência dos seus defeitos, a mesma irresponsabilidade em relação aos seus erros, a mesma desfaçatez, a mesma ideia de que os fins justificam todos os meios.
A par disto revelavam, cumpre dizê-lo, perseverança, energia, capacidade de persuasão e, até, um certo poder de sedução – que explicam, aliás, a corte de admiradores e defensores que ainda hoje ambos têm.
No caso de Sócrates, a megalomania virá do pai.
Quem se lembraria de pôr a um filho o nome Sócrates?
E ele assumiu-o – e até recentemente lhe quis dar mais conteúdo, dizendo ir para Paris estudar Filosofia na Sorbonne.
(...)
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