quinta-feira, 13 de maio de 2010

Pião e Galo de Barcelos no MoMA de Nova Iorque

Sol

Arte

O Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA) passa a ter na sua loja produtos típicos lusos. «Destination Portugal» mostra mais de uma centena de produtos que se «encontram normalmente em Portugal»


O Museu de Arte Moderna de Nova Iorque é um dos mais famosos e importantes museus a nível mundial. E agora, na sua loja, possível encontrar produtos tradicionais que vão desde a louça Bordalo Pinheiro, passando por piões e pelo Galo de Barcelos, com a iniciativa MoMA Feature: Destination Portugal.

No entanto, os apreciadores de objectos contemporâneos não foram esquecidos e podem aliar à contemporaneidade um toque de tradição. A loja dispõe também de guarda-chuvas ou carteira feitas em cortiça, um material nacional apreciado no estrangeiro.

O museu, fundado em 1929, explica que a iniciativa nasce da cooperação com o Ministério da Cultura, Turismo de Portugal, Fundação de Serralves, entre outras entidades nacionais.

11 comentários:

Pedro Coimbra disse...

Olá Isabel,
Este post trouxe-me gratas recordações.
Dois amigos, mais velhos, criaram, há já alguns anos, "O Brinquedo do Pé Descalço".
São irmãos, os dois mais novos de sete, José e João Amado.
O José, que tem uma habilidade extraordinária para conceber e criar artesanato, fazia os brinquedos para eles e para os meninos que com eles brincavam, e recriou-os para este projecto.
O João, que tem uma inteligência fora do comum, escreveu o pequeno livro que nos guiava aos tempos da meninice de ambos, e que explicava o como e o porquê daquelas criações.
Se tiverem oportunidade de ver, não percam.
Vale a pena.
O pião, como é óbvio, era uma desses brinquedos.

Isabel Magalhães disse...

Bom dia, Pedro;

Obrigada. Irei procurar o que me sugere.
O artigo também me trouxe gratas recordações já que o artesanato é um assunto que me é muito querido 'por via do Turismo'. Deus sabe as vezes que me pediram para contar, e contei, a história do Galo de Barcelos a pessoas dos quatro cantos da Terra! ;)
O pião é algo que nunca 'dominei' mas lembro-me de ver a destreza com que os rapazes na rua o atiravam. :)
Do MOMA tenho saudades; foi lá que vi 'A Dança' de Matisse' na imponência dos cerca de 2,5m x 4m de tela a dominar uma sala.

Isabel Magalhães disse...

(cont.)
Bom... eu vi duas versões da mesma tela. Há uma de cerca de 6m (se não estou em erro) e agora, à distância, não sei qual delas vi em N.Y. Mas o que importa mesmo é o espírito de liberdade com que se vê ARTE em N.Y.

Anónimo disse...

No «Oeiras Local» diz a noticia: Pião e Galo de Barcelos no MoMA de Nova Iorque.

No concelho de Oeiras, dizemos aquilo que vimos e é assim: bagaço, batota e tabagismo (mais outras coisas ...) nos Fixes de Queluz de Baixo, é a cultura do Nosso Povo.

O Povo não dispõe de mais ..., foi misto que o IOMAF plantou durante estes últimos 25 anos (1/4 de século, é muito tempo a embrotecer a gentinha ...

Isabel Magalhães disse...

Caro 'anónimo';

Não duvido que existam esses locais mas as pessoas são livres de visitarem e frequentarem os lugares que entenderem.
Habito há 40 anos no concelho e não sou cliente dos lugares que menciona. A oferta cultural do concelho existe. Podia ser mais e melhor? Certamente que sim! Tudo pode ser diferente, como sabemos! Este país podia ser diferente se não nos tivesse caído em cima o cidadão Sócrates... e outros que tais!
Dê-se ao cuidado de agarrar nos '30 dias de Oeiras' e tem lá muito onde ir. Ontem mesmo festejou-se o aniversário da FMPombal e a sala estava cheia. Havia muita gente em pé. Eu fiquei em pé, cheguei tarde porque os meus netos - pouco mais que bebés - dormem a sesta e acabei por me sentar nos degraus da escadaria com as crianças.
O que lhe quero dizer é que a educação das crianças é dada em casa. Se os pais não os habituarem de pequeninos eles depois vão para as tais tascas...
Deixe lá o Isaltino em paz que na área da Cultura não tem por onde o atacar que o homem até foi pioneiro no que fez pelo concelho.
Quanto a N.Y. não acredita que todo o 'melting pot' que é aquela cidade vai ao MOMA, pois não? Ou ao Guggenheim, ou ao Metropolitan...! A percentagem dos que ficam pelos antros é - infelizmente - muito superior.

Continue connosco.

Anónimo disse...

Cara Isabel,

Estou de acordo consigo, mas medidas de protecção e desenvolvimento não fazem mal a nenhuma Nação organizada, culta e civilizada, existem prioridades na Vida e nas Sociedades. Ao futebol vai quem quer. Eu nunca fui.

Das várias deslocações que fiz aos EUA, passei quase todas as vezes pela cidade de New York, é na verdade a cidade dos museus, e de topo, tal como outras na Europa o também são, e nem sequer são as grandes metrópoles nem sequer as capitais nacionais.

Tive a ocasião de visitar o Metropolitan Museum, Natural History Museum, the Guggenheim Museum, Museum of Modern Art, e ainda o Van Courtland House Museum, não deixei de ver o Museum of Sex. Fora dos EUA visitei outros Museus que me deslumbraram, pelos seus conteúdos, e mais, pela capacidade que os seus povos nativos tiveram em promover valores e elevar desígnios para a humanidade e a moderna civilização.

Relativamente ao MoMA, pessoalmente, e isto são escolhas, eu prefiro o Deutsches Museum em Munique, já lá estive umas 18 vezes, e não o consegui ver todo. São mais de 25 km de ciência e conhecimento, de estudo e trabalho, para quem quiser saber e aprender a fazer.

Mas sabe, sou pouco dado a coisas de lazer e diversão, considero mais importantes outros factores de desenvolvimento das sociedades e das pessoas, mais susceptíveis de contribuir para o bem-estar social de todas as pessoas, todos os credos e raças, e não apenas os bafejados pela sorte e pela intelectualidades.

Para tanto, continua a preocupar-me imenso, mas muito mesmo, as politicas nacionais e municipais, que alimentam o populismo barato.
Um populismo em que apenas se ajuda a definhar, ainda mais, a enterrar diria, este povo pobre, pobre e endividada, sem melhores condições de vida, naquilo que são os modernos parâmetros de uma sociedade civilizada e capaz de produzir bem-estar, ao invés de só e apenas consumir, comprar, gastar e comer, aquilo que cada vez mais, outros povos sabem produzir, melhor e mais concorrencial, incluindo as culturas e as artes.
Para concluir, fico triste, constrangido, por ver crianças e jovens incautos, que não podem estar aferrolhados em casa (são gente em crescimento…), acidentalmente entrarem nesses pasquins de batota e bebedeira apoiados pela autarquia (que não fazem nem sabem fazer mais nada, há mais de 100 anos) e serem confrontados, com as outras realidades … de risco, que há décadas nos assolam neste Nosso concelho de Oeiras (é pelo menos o meu), um concelho longe de ser o pior de Portugal, vejamos bem, a desgraça em que está mergulhado o resto do país. Eu fui alvo dessas situações à 60 anos atrás, na minha juventude, só que, eu soube fazer as escolhas, fui educado para tanto, outros não souberam, outros jovens não sabem…

Alberto

Isabel Magalhães disse...

Caro 'anónimo' (que hoje escolheu ser 'Alberto'!);


Nada do que escreve contradiz o que eu escrevi. A oferta cultural no concelho de Oeiras é vasta e bem seleccionada e isso deve-se ao presidente da câmara e à sua equipa. E acrescento ainda: a oferta é muitas vezes mal aproveitada pelos munícipes que preferem ir - e levar as crianças - aos centros comerciais ou ficar no sofá a ver TV.
Eu sou frequentadora assídua das exposições, por vezes até recebo convite para as inaugurações, e sinto-me desolada pelos espaços terem pouca frequência. Não sei se a divulgação precisa de ser dinamizada, talvez seja isso! mas culpar o Dr Isaltino Morais porque há tascas, e cafés quase tascas, e outros locais pouco recomendáveis só me dá vontade de rir. Desculpe!

Anónimo disse...

Este Alberto conhece Oeiras? Vive cá? Há muita oferta cultural em Oeiras. Claro que não é só obra do sr. Isaltino. Este Concelho teve a sorte, e continua a ter, de ter gente que percebe disto e que tem conseguido ver aprovadas e executadas as suas propostas. Também hà tascas? Deve haver. Não consta que o seu número estrague o concelho. No entanto, proponho que o Sr Alberto faça um levantamento delas e faça propostas para as transformar em Centros Culturais.
De Tercena

Anónimo disse...

Caro «De Tercena»,

O Alberto que alude e que também respondeu à Sr.ª D. Isabel Magalhães, nasceu em 1932, justamente na freguesia onde o lugar de Tercena está territorialmente integrado. Acredite que esse Alberto é, um munícipe atento, muito bem conhecedor desse seu lugar e da sua freguesia, onde também reside desde então, possui experiência de vida e legado capaz, suficiente para avaliar aquilo que refere, embora esses factos não sejam entendidos por Vós, da mesma maneira e contexto, outras sensibilidades.

Não existe aqui nenhuma intenção, nem sequer a de branquear as opções e a gestão do senhor Isaltino Morais ao longo destes últimos 25 anos. Os factos estão à vista, basta saber interpretar, com verdade e honestidade. Não falamos de iniciativas populistas do regime vigente nem sequer da Cultura que se faz com verdade, competência e isenção, porque a há, mas não atinge toda a população do concelho, nem de longe. Não falamos da cultura comercial e de consumo. Não falamos das iniciativas culturais (e dos jornais locais) dos apoiantes e simpatizantes do regime, que Isaltino Morais apoia e sustenta há anos, como meios de propaganda.

Finalmente, não quer que lhe diga quais são as sociedades recreativas e de lazer de Tercena, Queluz de Baixo, Valejas, Barcarena ou Leceia que deveriam ser transformadas em espaços cívicos, de maior actualidade e serviço público, incluindo a cultura, das artes, da ciência e do conhecimento em geral, pluridisciplinar e multicultural.

Finalmente deixe-me contextualizar o termo Cultura (que para Nós oeirenses, de Tercena e outros lugares) significa: a aplicação funcional e cognitiva do espírito a determinado estudo ou trabalho intelectual, a instrução, o saber ou ainda o apuro, a perfeição e cuidado de saber exercer e preservar, será que falamos elevamos e as mesmas coisas. Talvez não?

Neto de Alberto

Isabel Magalhães disse...

Caro leitor [16 de maio de 2010 13:42];


Apenas umas palavrinhas porque a conversa vai longa e cada vez mais afastada do tema do post.

Quando escreve "embora esses factos não sejam entendidos por Vós, da mesma maneira e contexto, outras sensibilidades." é isso mesmo! a minha sensibilidade é NÃO fundamentalista; dou aos outros o direito de irem onde quiserem e só não lhes dou o direito de me obrigarem a ir onde não quero. Pelo cansaço também não vou lá!

Anónimo disse...

Esta é boa! Então o Isaltino é que tem culpa de haver tascas no concelho de Oeiras e adeptos de futebol? Há 100 anos? Valha-nos Deus! Estes comentadores e uns outros que chamam colonizadores aos que não nasceram em Oeiras(se calhar até são os mesmos)vieram para o concelho quando? na pré-história? e expulsaram quem? Ataquem o Dr Isaltino onde ele pode ser atacado porque até já saiu acusado do tribunal mas não façam figuras toscas porque o feudalismo já acabou.