A medida dos clientes
Dia a dia
O procurador-geral da República queria manter Mário Gomes Dias como seu vice, apesar de já ter ultrapassado o limite de idade.
O Governo disse que sim, e lá saiu um decreto-lei feito à medida. A Polícia Judiciária enviou para o Ministério Público o relatório sobre o Freeport no dia 21 de Junho. No dia 4 saiu um despacho de Mário Gomes Dias a estabelecer o dia 25 de Julho como data-limite para o Ministério Público concluir o processo.
Os dois procuradores encarregues da investigação lamentam não ter tido tempo para interrogar o então ministro do Ambiente, José Sócrates, e o seu secretário de Estado, Rui Gonçalves. Tinham 27 perguntas para o actual primeiro-ministro e dez para o segundo. Nada feito. Resta a acusação de extorsão a dois dos arguidos e uma participação por suspeitas de fraude fiscal para os restantes intervenientes do processo.
Sem haver, obviamente, qualquer político metido ao barulho. O primeiro-ministro fez uma comunicação ao País e os seus mais directos apoiantes vieram a público zurzir a Comunicação Social por ter andado a denegrir o nome de Sócrates nestes últimos seis anos. Não havia necessidade. Como agora se percebe ao ler o relatório final do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, a Justiça e as leis são feitas à medida dos clientes. E isto anda tudo ligado.
António Ribeiro Ferreira, Grande Repórter
Dia a dia
O procurador-geral da República queria manter Mário Gomes Dias como seu vice, apesar de já ter ultrapassado o limite de idade.
O Governo disse que sim, e lá saiu um decreto-lei feito à medida. A Polícia Judiciária enviou para o Ministério Público o relatório sobre o Freeport no dia 21 de Junho. No dia 4 saiu um despacho de Mário Gomes Dias a estabelecer o dia 25 de Julho como data-limite para o Ministério Público concluir o processo.
Os dois procuradores encarregues da investigação lamentam não ter tido tempo para interrogar o então ministro do Ambiente, José Sócrates, e o seu secretário de Estado, Rui Gonçalves. Tinham 27 perguntas para o actual primeiro-ministro e dez para o segundo. Nada feito. Resta a acusação de extorsão a dois dos arguidos e uma participação por suspeitas de fraude fiscal para os restantes intervenientes do processo.
Sem haver, obviamente, qualquer político metido ao barulho. O primeiro-ministro fez uma comunicação ao País e os seus mais directos apoiantes vieram a público zurzir a Comunicação Social por ter andado a denegrir o nome de Sócrates nestes últimos seis anos. Não havia necessidade. Como agora se percebe ao ler o relatório final do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, a Justiça e as leis são feitas à medida dos clientes. E isto anda tudo ligado.
António Ribeiro Ferreira, Grande Repórter
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