Já é tempo de sair desta superficialidade, de perceber que os Gregos têm culpas no cartório, que não foram sérios e que não o estão a ser.
Os Gregos levaram a lógica dos "direitos adquiridos" até à demência, até à falta de vergonha.
Contam-se factos inauditos.
Os exemplos desta falta de seriedade são imensos, a saber:
1 - Em 1930, um lago na Grécia secou, mas o Estado Social grego mantem o Instituto para a Protecção do Lago Kopais, que, embora tenha secado em 1930, ainda tem, em 2011, dezenas de funcionários dedicados à sua conservação.
2 - Na Grécia, as filhas solteiras dos funcionários públicos têm direito a uma pensão vitalícia, após a morte do mãe/pai-funcionário público.
Recebem 1000 euros mensais - para toda a vida - só pelo facto de serem filhas de funcionários públicos falecidos.
Há 40 mil mulheres neste registo que custam ao erário publico 550 milhoes de euros por ano.
Depois de um ano de caos, o governo grego ainda não acabou com isto completamente.
O que pretende é dar este subsidio só até fazerem 18 anos
3 - Num hospital público, existe um jardim com quatro (4) arbustos.
Ora, para cuidar desses arbustos o hospital contratou quarenta e cinco (45) jardineiros.
4 - Num acto de gestão muito social (para com o fornecedor), os hospitais gregos compram pace-makers quatrocentas vezes (400) mais caros do que aqueles que são adquiridos no SNS britânico.
5 - Existem seiscentas (600) profissões que podem pedir a reforma aos 50 anos (mulheres) e aos 55 (homens).
Porquê ?
Porque adquiriram estatuto de profissões de alto desgaste.
Dentro deste rol, temos cabeleireiras, apresentadores de TV, músicos de instrumentos de sopro
6 - Pagava-se 15º mês a toda a classe trabalhadora.
7 - As Pensões de Reforma de 4.500 funcionários, no montante de 16 milhões euros por ano, continuavam a ser depositadas, mesmo depois dos idosos falecerem, porque os familiares não davam baixa e não devia haver meios de se averiguar a inexactidão dessa atribuição.
8 - Chegava-se ao ponto de só se pagarem os prémios de alguns seguros quando fosse preciso usufruir deles !
9 - A Grécia é o País da União Europeia que mais gasta, em termos militares, em relação ao PIB (dados de 2009).
O triplo de Portugal !
10 - Há viaturas oficiais da administração do Estado que têm 50 condutores.
Cada novo nomeado para um cargo nomeia três ou quatro condutores da sua confiança, mas como não são permitidos despedimentos na função pública os anteriores vão mantendo o salário.
Anteontem, 27/06, o Prof.Marcelo, acrescentou mais uma à lista.
Afirmou ele: Na Grécia, cerca de 90% da terra não tem cadastro.
Agora digo eu: sabem o que significa isso ?
Significa que os proprietários não pagam impostos.
Eu já tinha ouvido dizer que os gregos não pagavam impostos.
Ora, a grande receita do Estado provém dos impostos.
Isto quer dizer que o erário publico do Estado grego esta vazio, totalmente vazio.
Quer dizer, os milhões da UE é que serviram, durante todos estes anos, para manter o nível de vida atingido dos gregos.
Não admira que já tenham estoirado 115 mil milhões e agora precisem de mais 108 mil milhões.
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5 comentários:
Por uns pagam os outros.
Pedro Correia
Boa boa!
fora os gregos!
A seguir vamos ver o que os Espanhóis escrevem sobre as disfunções de Portugal!
acrescento:
- em 1999, havia um caminho de ferro assinalado como novo num mapa desse ano. Na realidade, o traçado estava lá, bem visível. Os carris é que não estavam. A UE tinha atribuído um subsídio para mudança de bitola, os carris antigos foram levantados mas, entretanto, o dinheiro para os novos carris foi distribuído de outra forma...
- também nos idos anos 90, parece que algumas auto-estradas eram apenas umas estradas com grandes bermas pois, parte dos fundos que seriam para a 2ª faixa de rodagem, foram também distribuídos de outra forma. No entanto, não deixavam de ter o aspecto de verdadeiras auto-estradas... na zona das portagens.
Democracy vs Mythology: The Battle in Syntagma Square
in sturdyblog
é sempre bom ler alguma coisa que não diga sempre o mesmo, para clarificar as ideias e, na medida do possível formarmos uma opinião pela nossa pp cabeça.
É pena estar em inglês. Vai aparecer na nossa língua.
Infelizmente esta tese de que a periferia é preguiçosa, não são só os gregos, esquece o passado (a memória é curta)e cumpre uma agenda destinada a convencer os incautos. Como se fossem novidades o mau funcionamento da justiça ou os "jobs for the boys" - lá como cá.
FL
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