Não só para os sociais-democratas. Sou socialista e admiro muito o Dr. Sá Carneiro. Embora não concorde com as suas últimas declarações (penso que acabou por ser bom o Gen. Eanes ser Presidente da República), não deixou de ser um grande estadista e era certamente uma pessoa íntegra, daquela fibra moral que infelizmente hoje em dia falta aos políticos quase todos.
Fosse hoje vivo e já teria decerto sido Presidente, após ser Primeiro-Ministro várias vezes.
Importa esclarecer as circunstâncias da sua morte (acredito na tese do atentado), embora saiba que os interesses por detrás desse epísódio ainda se encontram instalados e os responsáveis ainda deverão estar vivos, pelo que só daqui a bastantes anos se vai conhecer a verdade toda.
Caro AMB, mas alguém ainda fica indignado com as suas "opiniões"? Já agora (para que não impute a referência ao "grande estadista" que foi Francisco Sá Carneiro) apenas ao PSD, aos seus líderes e militantes, dê-se ao trabalho de ler o comentário anterior ao seu... E mais não digo!
Não sou social-democrata nem tenho uma memória positiva a respeito de Sá Carneiro como Primeiro Ministro. Politicamente estou bastante longe dele. Em rigor não tenho boa memória de nenhum Primeiro Ministro... e a coisa tende a agravar-se... ;)
Considero abjecta a forma como morreu (acredito na tese do atentado, até prova em contrário). Goste-se, não se goste dele (eu não gostava), era o Primeiro Ministro e um Chefe de Estado e como tal o assassinato assume contornos que envergonham a minha memória de português. Não gosto de ter que dizer a ninguém que na minha pátria se matam governantes... E não só. Não esqueçamos todos os que foram assassinados, quer à esquerda quer ao centro, quer à direita, na irracionalidade e demência dos que perderam as estribeiras no Verão Quente.
Mas acredito que Sá Carneiro era um verdadeiro e convicto social-democrata e que a acção dele na Assembleia Nacional (69-73) em muito contribuiu para a democracia portuguesa. Reconheço-lhe este valor.
Acho é que existe muita gente que se diz social-democrata e 'sá-carneirista' e que não faz a mais pequena ideia do que foi o pensamento de Sá Carneiro para Portugal.
Considero, por isso, este um post perfeitamente justificado, mas sobretudo dirigido a alguns que apregoam a social-democracia e que não fariam mal em ir LER o que ele escreveu.
Mal de nós, o que se tem infelizmente verificado em praticamente todos os partidos, se não tivermos a capacidade de reformular as ideologias em consonância com as novas realidades que advêm das mudanças nas sociedades.
A maior parte das ideologias nasceram no séc. XIX e na primeira metade do XX, e muitas delas mantêm-se iguais a si próprias, pouco ou nada tendo mudado, não tendo considerado as 'revoluções' que se deram nos últimos 50 anos (económicas, políticas, sociais, culturais, científicas, etc.)
O mundo não pára e o pensamento também não deve parar.
Tenhamos a coragem e ousadia de sermos os 'ideólogos' (aspas...) do presente a preparar o futuro, mesmo que erremos e alguém depois nos emende. Esse terá a vida facilitada porque encontrará muito trabalho feito..
Vale mais termos ideias erradas que não termos nenhumas.
7 comentários:
NUNCA esquecido!
Não só para os sociais-democratas. Sou socialista e admiro muito o Dr. Sá Carneiro. Embora não concorde com as suas últimas declarações (penso que acabou por ser bom o Gen. Eanes ser Presidente da República), não deixou de ser um grande estadista e era certamente uma pessoa íntegra, daquela fibra moral que infelizmente hoje em dia falta aos políticos quase todos.
Fosse hoje vivo e já teria decerto sido Presidente, após ser Primeiro-Ministro várias vezes.
Importa esclarecer as circunstâncias da sua morte (acredito na tese do atentado), embora saiba que os interesses por detrás desse epísódio ainda se encontram instalados e os responsáveis ainda deverão estar vivos, pelo que só daqui a bastantes anos se vai conhecer a verdade toda.
Concordo com o anónimo socialista: "... um grande estadista ...".
Caro AMB, mas alguém ainda fica indignado com as suas "opiniões"?
Já agora (para que não impute a referência ao "grande estadista" que foi Francisco Sá Carneiro) apenas ao PSD, aos seus líderes e militantes, dê-se ao trabalho de ler o comentário anterior ao seu...
E mais não digo!
Não sou social-democrata nem tenho uma memória positiva a respeito de Sá Carneiro como Primeiro Ministro. Politicamente estou bastante longe dele.
Em rigor não tenho boa memória de nenhum Primeiro Ministro... e a coisa tende a agravar-se... ;)
Considero abjecta a forma como morreu (acredito na tese do atentado, até prova em contrário). Goste-se, não se goste dele (eu não gostava), era o Primeiro Ministro e um Chefe de Estado e como tal o assassinato assume contornos que envergonham a minha memória de português. Não gosto de ter que dizer a ninguém que na minha pátria se matam governantes... E não só. Não esqueçamos todos os que foram assassinados, quer à esquerda quer ao centro, quer à direita, na irracionalidade e demência dos que perderam as estribeiras no Verão Quente.
Mas acredito que Sá Carneiro era um verdadeiro e convicto social-democrata e que a acção dele na Assembleia Nacional (69-73) em muito contribuiu para a democracia portuguesa. Reconheço-lhe este valor.
Acho é que existe muita gente que se diz social-democrata e 'sá-carneirista' e que não faz a mais pequena ideia do que foi o pensamento de Sá Carneiro para Portugal.
Considero, por isso, este um post perfeitamente justificado, mas sobretudo dirigido a alguns que apregoam a social-democracia e que não fariam mal em ir LER o que ele escreveu.
Cumprimentos
Podem começar por aqui:
- Por uma Social-Democracia
- Poder Civil, Autoridade Democrática e Social-Democracia
Devo também referir que a Social Democracia não se esgota no pensamento de Sá Carneiro.
Caro Direct Current,
Perfeitamente de acordo.
Mal de nós, o que se tem infelizmente verificado em praticamente todos os partidos, se não tivermos a capacidade de reformular as ideologias em consonância com as novas realidades que advêm das mudanças nas sociedades.
A maior parte das ideologias nasceram no séc. XIX e na primeira metade do XX, e muitas delas mantêm-se iguais a si próprias, pouco ou nada tendo mudado, não tendo considerado as 'revoluções' que se deram nos últimos 50 anos (económicas, políticas, sociais, culturais, científicas, etc.)
O mundo não pára e o pensamento também não deve parar.
Tenhamos a coragem e ousadia de sermos os 'ideólogos' (aspas...) do presente a preparar o futuro, mesmo que erremos e alguém depois nos emende. Esse terá a vida facilitada porque encontrará muito trabalho feito..
Vale mais termos ideias erradas que não termos nenhumas.
Cumprimentos
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