Tags: água da torneira, água engarrafada, comissão do ambiente, recursos naturais
A maioria dos deputados da comissão parlamentar do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local recusou uma proposta para que, nas suas reuniões, seja servida água da torneira.
A proposta baseava-se no facto de, entre Janeiro e Novembro de 2010, se terem consumido 35 mil litros de água mineral no Parlamento. Nestes período, foram para o lixo 45 mil garrafas de 330 ml, 2.000 garrafas de litro e meio e 78 mil copos de plástico. Segundo o jornalista Ricardo Garcia, do Público, a comissão pediu “um estudo para atestar o benefício ambiental de substituir este festim polímero por jarros de água e copos de vidro”.
Ainda segundo o jornalista, a Assembleia da República terá gasto 8.000 euros com a água engarrafada, quando a da torneia custaria 56 euros.
“A EPAL cobra ao Estado 1,4 euros por cada mil litros de água. Por este preço, compram-se apenas seis garrafas de litro e meio no supermercado. É difícil vislumbrar que argumentos mais, além de ornamentos retóricos, se encontrarão para encher as páginas do tal estudo financeiro”, explicou ainda o jornalista do Público.
Finalmente, Ricardo Garcia escreve que “optar por água da torneira deveria ser um acto administrativo, de bom senso na gestão, sem necessidade de estudos, propostas e respectivas aprovações”. E revelou-se ainda surpreendido “que tudo se passe na comissão parlamentar do ambiente”.
Leia também esta notícia do Público.
5 comentários:
Considero inacreditável esta recusa que demonstra que mesmos os deputados ainda não perceberam a crise em que vivemos. Das duas uma: ou a água fornecida pela EPAL aos municípios não tem qualidade e sendo assim não se pode beber, pelo que a maioria da população da área metropolitana de Lisboa está a ser envenenada ou é sintoma de novo riquismo. Os deputados deviam ser os primeiros a dar o exemplo. Para mim a situação é tão simples quanto isto: a Presidente da AR proibe a compra de água engarrafada. Os deputados que não querem beber a água da torneira compra á sua custa as respectivas garrafas. Continuamos a ter uma classe que se julga priveligiada quando a grande maioria deles é desconhecida do grande público e essa mesma maioria ninguém ouve uma intervenção na AR. Um escandalo
A propósito desta notícia recordo que quando era director de departamento da CMO recebi, aliás como todos os directores, uma ordem de serviço da Presidente da Câmara, Dr.ª Teresa Zambujo em que proibia a aquisição de água engarrafada e a utilização daqueles garrafões de a´gua que se encontram nos corredores do edifício com o argumento que era necessário poupar e a água fornecida pelos SMAS tinha boa qualidade. Otros tempos em que o dinheiro custava a ganhar. Provavelmente os deputados em casa bebem água da torneira pois a outra custa-lhes dinheiro. Como dizia o meu Pai esta gente gosta é de comer à custa do orçamento do Estado
Eu bebo e dou às crianças água da torneira e mesmo em tempo de vacas mais gordas não comprava água engarrafada. Mas se os deputados da nação estão de posse de elementos que não aconselham o seu uso que os divulguem porque os cidadãos que lhes pagam o ordenado têm o direito de saber.
E a Presidente da Assembleia optou pela reforma, mas recebe mais de 2000 euros de despesas de representação pelo cargo que ocupa. É mesmo à portuga.
E o sócrates deixou-nos de calças na mão e foi para Paris estudar filosofia. As contas em off shores ninguém investiga, dizem que são 383 milhões não é?
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