PARTE II - ESCÂNDALOS À ESQUERDA NA CÂMARA MUNICIPAL DE OEIRAS TÊM UM SÓ NOME: EMANUEL MARTINS. (VER A 1ª PARTE EM 23 DE NOVEMBRO)
Servir-se a si próprio em lugar de servir o Concelho de Oeiras e a causa pública é ofender a integridade moral do cidadão honesto e cumpridor que paga os seus impostos e sustenta a sua família. A espoliação do erário público parece não ter fim. Quem o faz tem sempre uma desculpa e uma frase chavão que engana o cidadão de pouca visão, mas a mim, António Manuel Bento, ninguém me finta numa explicação sinuosa sobre o destino do dinheiro dos meus impostos! Os meus olhos vêem, e vêem melhor ao perto! E é por isso vêem melhor o que se passa no meu Concelho, e o que vêem é Isaltino Morais a fazer o que faz, sem pudor e sem vergonha, mas também outros que o acompanham, pela “calada”, e que por isso são dignos dos mesmos epítetos. Esses sujeitos julgam poder sair imaculados dos crimes morais que cometem, julgam que o cidadão é distraído e não percebe o que se passa. Mas enganam-se, ou engana-se a mais inverosímil dessas figuras e que dá pelo nome de Emanuel Martins.
Emanuel é um acumular de pastas e de cargos voluptuosos que o sustentam a si e à sua pose sem decoro e desprovida de vergonha.
Afirmo isto após tomar conhecimento da maior vileza político/moral de que há memória para com os munícipes oeirenses e que decorre exactamente em plena Oeiras do sec. XXI: Emanuel, para além de vereador da habitação social, é também ele presidente do chamado “LEMO”, um laboratório que por ser público ou semipúblico dá lugar à atribuição de TACHOS em troca dos chamados equilíbrios/favores políticos. Emanuel, líder do principal partido da oposição na CMO e crítico acérrimo de Isaltino durante a última campanha eleitoral é agora o seu braço direito escondido. Em troca desta anuência recebe legalmente, e de acordo com a lei, salários e benesses. De acordo com a moral o que recebe é dinheiro desonesto, pior do que o ganho ao jogo ilegal que nesse, apesar de tudo, a sorte não se calcula, aqui está-se perante um calculismo sem escrúpulos e da maior baixeza.
Recebi esta informação com consternação ao ler na Rotas Magazine (outro escândalo de proporções dantescas e que sobre o qual me debruçarei na devida altura) uma entrevista ao dito senhor.
Incrédulo, estupefacto, dirigi-me ao edifício sede da CMO com o intuito de averiguar a veracidade da informação. Fui na companhia do meu cão, aproveitando uma aberta deste mau tempo, e oferecendo-lhe uma oportunidade de passeio por paragens mais distantes da nossa zona residencial.
Ao chegar à entrada da CMO, foi impossível ao meu olhar – e note-se que tenho dificuldades visuais - ignorar – e note-se ainda que olhei de través – as viaturas de alta gama, perfiladas lado a lado, numa ostensiva exibição de luxo que, bem sei se repete por esse pais fora, mas que não deixa por isso de ser insultuosa face às dificuldades que Portugal e os seus cidadãos atravessam! Por de trás de uma dessas viaturas um grupo de choferes divagava de forma animada nas habituais, calculo eu, conversas de comadres. Pergunto, com todo o respeito que os choferes me merecem, se as santidades da repugnante classe dirigente autárquica de Oeiras precisam que lhe guiem o popó? Justificam-se choferes ao serviço destes responsáveis, ou de outros, que não sejam as mais altas figuras do Estado Português? Porque é que em Oeiras não andam esses visionários do projecto de mobilidade no SATU por eles criado?
Ultrapassado este desabafo, partilhado com o estimado leitor, devo continuar centrado no assunto central desta crónica: Entrei pois na CMO e, lá dentro, foi com surpresa e confesso, algum agrado, que vi que o edifício estava bem conservado, um aprazível hall de entrada restaurado, a bem do património, é disso exemplo. Após esta mediana surpresa dirigi-me a uma funcionária que, no seu guiché, atendia cidadãos – a funcionária foi profissional e séria no atendimento. Questionei a senhora sobre o acumular de pastas de Emanuel. Perguntei-lhe se era verdade que Emanuel era também presidente do tal de “LEMO”. Foi com espanto, surpresa e um misto de indignação que ouvi a resposta afirmativa da senhora funcionária à inquirição que lhe tinha feito.
Como é possível! Onde pára o carácter? Ou será falta dele? Como é que um sujeito que aqui, neste espaço de Blog se indignava com Isaltino de Morais consegue ter a lata e o descaramento de aceitar tais cargos? Tais ordenados e mordomias? A dignidade e a verticalidade de carácter são atributos que não existem na pessoa desse senhor de nome Emanuel Martins.
Emanuel e o seu ex-partido esquerdista – agora de direita e que o cobre - são responsáveis pelo exercício do actual executivo. Não porque o povo o tenha exigido – e isso é o que certamente dirá Martins – mas sim porque este político recebeu lugares de destaque, carro de alta cilindrada, chofer e, quem sabe se um dia e, pelo andar da chamada “carruagem”, um jagunço, para fazer o trabalho mais difícil (ver dia 23 Novembro, mais em baixo neste blog). Acrescente-se os ordenados que recebe. Uma forma legal de receber um belo par de luvas.
Emanuel Martins é um homem que se deixou comprar. É uma figura que no lugar da moral tem um preço pelo qual entregou já a sua honra.
Homem que é Homem é homem de honra! Martins não se inclui nesta estripe!
António Manuel Bento em análise política.
(Texto recebido por e-mail, com pedido de publicação.)
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