Opinião
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PSD, BE e PCP apresentaram na AR projectos de lei para revogar os diplomas que impõem a instalação de "chips" nos automóveis a partir de Janeiro de 2010.
A justificação dos "chips" seria permitir às concessionárias de "scuts" como a A28, a A29 ou a A42 cobrarem portagens sem terem despesas com a construção de praças e a contratação de pessoal. A ideia é, pois, boa, porque o que é bom para aumentar os lucros das grandes empresas é, como diz o pitoresco sr. Van Zeller, bom para o país. No caso com uma vantagem: assim o Governo e mais quem tiver acesso aos dados poderão saber a todo o momento por onde andam os cidadãos, a acrescentar ao que já sabem deles e da sua vida privada através de toda a parafernália electrónica por aí instalada e a instalar. Tenho uma vida previsível e q.b. desinteressante e marimbo-me que o Governo saiba por onde ando e o que faço. Mas estou como o almirante Pinheiro de Azevedo em 1975: "Não gosto de ser sequestrado. É uma coisa que me chateia, pá." Eu - e julgo que seja o caso da generalidade dos cidadãos - não gosto de sentir-me vigiado. É uma coisa que me chateia, pá.
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PSD, BE e PCP apresentaram na AR projectos de lei para revogar os diplomas que impõem a instalação de "chips" nos automóveis a partir de Janeiro de 2010.
A justificação dos "chips" seria permitir às concessionárias de "scuts" como a A28, a A29 ou a A42 cobrarem portagens sem terem despesas com a construção de praças e a contratação de pessoal. A ideia é, pois, boa, porque o que é bom para aumentar os lucros das grandes empresas é, como diz o pitoresco sr. Van Zeller, bom para o país. No caso com uma vantagem: assim o Governo e mais quem tiver acesso aos dados poderão saber a todo o momento por onde andam os cidadãos, a acrescentar ao que já sabem deles e da sua vida privada através de toda a parafernália electrónica por aí instalada e a instalar. Tenho uma vida previsível e q.b. desinteressante e marimbo-me que o Governo saiba por onde ando e o que faço. Mas estou como o almirante Pinheiro de Azevedo em 1975: "Não gosto de ser sequestrado. É uma coisa que me chateia, pá." Eu - e julgo que seja o caso da generalidade dos cidadãos - não gosto de sentir-me vigiado. É uma coisa que me chateia, pá.
2 comentários:
E, 'juntando o útil ao agradável', o governo irá favorecer mais uma empresa amiga atribuindo-lhe, - por ajuste ou 'concurso público' - o direito de venda do chip aos indígenas.
Quem me acode ou melhor quem nos acode. A maneira deste governo nos governar está a tornar-se doentia. E como diz o articulista: " É uma coisa que me chateia, pá."
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