sexta-feira, 24 de junho de 2011

Obviamente demita-se

Lisboa

31º

O Quarto Poder

Obviamente demita-se

Um procurador-geral da República deve ser uma espécie de super-herói da luta contra o crime. Mas, o que temos, é uma auto-proclamada rainha de Inglaterra que aspira ao absolutismo, numa corte com "favoritos". E para os proteger, esconde, desmente, baralha, faz tábua rasa e batota de princípios básicos. Foi assim com o Freeport, que deu por findo da forma mais vergonhosa. Foi assim no Face Oculta.

  • 0h30

Por: Manuela Moura Guedes, Jornalista

Arquivou, desvalorizou, escondeu. Não é de estranhar que tenha achado normal o diploma de Sócrates e mantido o vice PGR ilegalmente. Pinto Monteiro não tem a isenção e a credibilidade essenciais a um PGR. Perdeu no conselho superior do MP os cinco processos disciplinares que pôs contra procuradores do Freeport e dos Submarinos. É criticado pelos sindicatos dos juízes e do próprio MP, com quem não fala. Não tem o apoio da oposição. Tanto Passos Coelho como Paula Teixeira da Cruz declararam falta de confiança nele e a necessidade de o demitir. Mas o PGR não se demite. Um mistério! Por falta de outro emprego não é. O que o força então, a manter-se? Que terá de salvaguardar Pinto Monteiro na PGR para esquecer a dignidade e a necessária confiança política do actual primeiro-ministro? Nada que pareça claro! A bem da justiça e do País, demita-se!

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