Com os devidos agradecimentos à sua Directora, Paula Gomes Magalhães, nossa amiga pessoal, que amavelmente nos deu a necessária autorização, reproduzimos na íntegra uma importante notícia para o nosso Concelho de Oeiras publicada na página 21 do n.º 236-Julho 2007 do jornal
Oeiras: Projecto urbanístico para
Alto da Boa Viagem
Alto da Boa Viagem
A zona do Alto da Boa Viagem, no concelho de Oeiras, junto ao Estádio Nacional, vai ver nascer um projecto urbanístico, cujos princípios assentam na qualidade arquitectónica, ambiental e paisagística. O Estudo Urbanístico para os cerca de 40 hectares da freguesia de Caxias, apresentado pela SCUVA - Sociedade de Construção e Urbanização Vicente Antunes, Lda., foi aprovado, por unanimidade, pelo executivo da Câmara Municipal de Oeiras, a 23 de Maio. O estudo tem como suporte o Programa Estratégico definido no PDM - Plano Director Municipal de Oeiras. Segundo a autarquia, “trata-se de um complexo multifuncional de luxo, que incluirá um hotel de cinco estrelas, um conjunto habitacional e uma área de serviços e comércio, entre outros”.A autarquia revela ainda que “a criação deste complexo multifuncional qualificado, de média/baixa densidade, sustentado por uma visão empreendedora ao nível da vivência e da dinâmica urbana, vai ter projecção quer no concelho quer no território limítrofe”. É também nesta área que vai ser construído o pavilhão Multiusos de Oeiras, da autoria do arquitecto Tomás Taveira. Segundo a Câmara de Oeiras, esta infraestrutura vai ser a segunda maior sala de espectáculos do país, vai ter capacidade para quatro mil pessoas em eventos desportivos e oito mil em eventos culturais. O pavilhão inclui ainda estacionamento, zona de restauração e um palco elevatório, a permanecer num piso inferior no caso de provas desportivas que impliquem a instalação de pistas de atletismo e campos para outras modalidades "indoor". “A criação do pavilhão multiusos terá um custo de cerca de 20 milhões de euros, a realizar no âmbito de um investimento de infra-estruturas para o concelho, da Câmara Municipal de Oeiras. O montante global deste investimento será na ordem dos 90 milhões de euros em parceria público-privada (PPP), incluindo também um Centro de Congressos, três escolas, duas Residências assistidas/lares, o Centro de formação profissional e apoio social da Outurela e o edifício multifuncional dos Paços do Concelho”, refere ainda a autarquia em comunicado.
Foto: © Câmara Municipal de Oeiras - CLIQUE PARA AMPLIAR
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14 comentários:
Já tardava!
Um local excelente há décadas ao abandono...
Fico à espera de saber o cuidado a ter com os acessos numa zona tão complicada em matéria de fluidez de trânsito.
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O Pavilhão Multiusos naquele local já tinha sido ventilado pelo blog Dafundo e Cruz Quebrada City - aqui: http://www.cruzquebradaedafundocity.blogspot.com/ - do Paulo Amaral.
Nesta notícia chamou-me a atenção sobretudo a ilustração que nos dá uma boa perspectiva do gigantismo das construções (de luxo) e das toneladas de betão que naquele local vão crescer.
Concordo contigo que aquele local está ao abandono e precisa de intervenção urgente.
Só duvido que construir urbanizações, hotéis e restaurantes de luxo sirva os interesses dos Munícipes do nosso Concelho, que assim vão perder mais uma zona litoral privilegiada que lhes pertence por direito próprio, para a fruição de uns quantos ricaços que provavelmente nem querem saber do nosso Concelho para nada...
Excluo desta minha tomada de posição a construção do Pavilhão Multiusos, que considero necessária e urgente.
Bjs
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Eu sou 'crente'; faço 'fé' no corpo da notícia...
« (...) um projecto urbanístico, cujos princípios assentam na qualidade arquitectónica, ambiental e paisagística. O Estudo Urbanístico para os cerca de 40 hectares da freguesia de Caxias,
(...) A autarquia revela ainda que “a criação deste complexo multifuncional qualificado, de média/baixa densidade, (...) »
Acho que já tenho dito que não sou contra o betão, desde que devidamente salvaguardados os adequados espaços verdes nas áreas envolventes.
O que sou - definitivamente - é contra as barracas, por tudo o que elas representam, quer do ponto de vista social quer do ponto de vista paisagístico.
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Tudo bem, Isabel.
Também não sou contra o betão ou o progresso, desde que se salvaguarde a qualidade de vida das populações locais.
O que sou contra, isto sim, é contra uma estratégia que me parece passar pela criação duma 'muralha', constituída por edifícios de ocupação de luxo, que isola as populações do SEU litoral.
A paisagem e o usufruto desta é de todos e não pode ser decidida em função da capacidade financeira de cada um.
A construção de certo tipo de edifícios cria uma barreira, até para aqueles que já têm casa com vista, que impede que se tire partido do litoral.
Um pouco o que aconteceu no Allgarb...
Um MURO...
Quem for rico, vai viver para cima do 'muro' e fica com pleno usufruto do litoral, quem for pobre, vive nos prédios atrás do 'muro' - com excelente vista para o próprio muro - e já goza... vai andar na Marginal para ver o mar...
Querem fazer do Concelho de Oeiras o QUÊ ?
Um concelho só para a classe alta ?
E os que já cá vivem há muitos anos ?
Criam 'portagens' e só entra no concelho, mesmo para passear, quem tiver um rendimento superior a x ?
Estas estratégias fascizóides preocupam-me.
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Tenham dó e usem o vosso bom senso. Então acham que construir 3 torres de 19 andares mais um hotel com 430 quartos mais um centro comercial e mais 300 apartamentos/moradias naquela zona ainda verde (mesmo que abandonada) será uma coisa de louvar? Uma ilha de betão entre duas machas verdes unicas no concelho (o Estadio Nacional e a Quinta Real de Caxias e envolvente)? Já viram a desproporção e a agressão visual das torres que vão ser um dos cartões de visita do concelho?
Por favor, não vão atrás de balelas de governantes corruptos.
A empresa que quer construir (Vicente Antunes) foi responsável pela coisa linda que é a organização urbanistica de Queijas e tem negócios com o Isaltino há muito tempo... por alguma razão, antes de se anunciar este mega-projecto, o Sr Isaltino tem andado em campanha vendendo a ilusão dum novo pavilhão multiusos... Façam mas é escolas!! Sabem que em Caxias, no próximo ano lectivo, todas as crianças do 4º ano vão ser deslocadas para a EB São Bruno porque não têm espaço para elas nas Escolas primárias? E porque não investem em escolas e educação de LUXO para as nossas crianças em vez de Pavilhões mutiusos bimbos?
Manuel, Manuel...
Sem comentários apropriados ao seu comentário, deixo-lhe apenas a ideia do progresso...
Silvério.
Caro José António,
Talvez levado pelo "nosso" Zeca Afonso, vejo-o apregoar ideias de outros tempos... o saudosismo, quando coerente, é bem vindo, mas deixe-me discordar da sua ideia do Rico/Pobre... está provada que não funciona!!!
Cumprimentos,
Silvério
Ontem vi pela primeira vez a notícia em causa, a qual me deixou bastante apreensivo.
Penso que é inegável a necessidade de requalificação do espaço em causa, dado ser de tão nobre localização.
Porem o projecto tem que ser amplamente discutido existe por parte dos municípios a responsabilidade de permitir a intervenção da população que vai conviver com o que for construído, partilhando com os técnicos o desenvolvimento do que será a obra.
A imposição de elementos no território não pode ser um acto surdo e mudo, que grita as simulações através de imagens brilhantes do que nunca será realmente assim.
Criei o seguinte blog para fomentar a discussão:
http://altodaboaviagem.blogspot.com/
Irei fazer todos os possíveis para que se discuta no âmbito de diversas disciplinas (Arquitectura, Direito, Engenharia, Ambiente etc...)
Para que não seja um acto consumado.
Silvério Anónimo disse...
Sem comentários apropriados ao seu comentário, deixo-lhe apenas a ideia do progresso...
Fiquei na mesma. Quereria o Anonimo dizer que o projecto do Alto da Boa Viagem é um progresso para o concelho? Acha mesmo?
Recebi o seguinte email da JF Caxias, após perguntas sobre o projecto em causa:
Em resposta ao e-mail de V. Exa. de 7 do corrente, informamos que foi publicado em 13 de Junho p.p. pelo Departamento e Planeamento de Gestão Urbanística da Câmara Municipal de Oeiras, o Edital n.º 294 / 2007, que faz público estar a decorrer desde 25 de Junho, pelo prazo de 30 dias, a discussão pública referente à divulgação do Estudo Urbanístico para o Alto da Boa Viagem … (o prazo terminou no dia 3 de Agosto).
…” A consulta do estudo, para efeitos de eventuais observações ou sugestões por parte do público em geral, poderá naquele prazo ser efectivada, todos os dias, de segunda a sexta feira, no período compreendido entre as 8h30 e as 17h30, na Divisão de Licenciamento e Apoio Administrativo da Câmara Municipal de Oeiras (Edifício sede no Largo Marquês de Pombal – Oeiras).
Entretanto, o prazo acima referido, tendo em conta a época estival que se atravessa, foi dilatado por mais 30 dias.
Nestes termos, V. Exa. poderá dirigir-se ao referido serviço da CMO no sentido de obter as informações de carácter específico.
Pelo momento não está prevista nenhuma discussão de intervenção pública, nesta fase do processo.
Cumprimenta e agradece a atenção de V. Exa..
O Presidente da Junta de Freguesia
Luís Filipe Vieira Viana
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Caro Pedro Neves,
Grato pela visita e pela informação disponibilizada.
Não sendo já possível, muito provavelmente, travar este processo ou levar à sua alteração para moldes mais equilibrados com a zona de implantação e a envolvente, sempre se pode 'fazer barulho' e demonstrar o descontentamento da população em relação a esta megalomania que não tem em consideração as necessidades mais prementes dos residentes da zona (p.ex. escolas).
Cumprimentos,
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Peço desculpa pela pergunta parva mas a Casa de Chá da Quinta da Boa Viagem não está assombrada? Questiono-me sobre isto porque já se ouviu imensas histórias sobre a dita casa, pessoas que já lá moraram e mudaram-se devido a acontecimentos estranhos etc...
Caro anónimo das 14:12;
Gostei do 'humor'. :))))
Aproveitando o mote vou considerar arranjar um novo colaborador especialista na área do 'oculto'.
Agora - e ainda mais a sério - lembro-me de ouvir (desde sempre) falar na tal assombração do dito espaço mas nunca me apresentaram factos concretos, foi sempre na base do 'diz que disse' e nestas coisas, como em muitas outras, é 'ver para crer, como São Tomé'. :)
Obrigada pela visita. Volte mais vezes.
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Caro anónimo (27 Agosto, 2007 14:12),
ÚÚÚÚÚÚÚHHH.....
O que não falta no Concelho de Oeiras são 'assombrações'.
Há uma alma penada que nos assombra há mais de 20 anos...
"Pergunta parva?"...
Aqui no Oeiras Local nenhuma pergunta - ou resposta - o é.
Volte sempre.
Cumps,
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