quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Misérias Domésticas, Antonio Barreto, Publico, 071223

Retrato da semana

Misérias Domésticas

A impunidade, a irresponsabilidade e o branqueamento parecem indispensáveis às obras e aos concursos públicos

Depois das glórias internacionais, chegou a vez das nacionais. Antes mesmo de acabar a presidência portuguesa, foram inauguradas as estações de metropolitano do Terreiro do Paço e de Santa Apolónia. Foi momento alto para a obra pública e para a vida do Governo. A luzidia comitiva fez o que tinha a fazer, accionou os sistemas, inaugurou e cumprimentou. Sócrates fez discurso. O melhoramento dos transportes que se anuncia é indiscutível. O conforto para os que fazem a trasfega todos os dias aumentou muito. Há décadas que estas obras deveriam estar feitas. A principal estação de caminho-de-ferro da capital não tinha metro, caso certamente único em metade do mundo, e a outra metade não tem metro! O mais importante ponto de passagem, durante décadas, entre as duas margens do Tejo não tinha ligação directa entre barcos, comboios, autocarros e metropolitano! Toda esta obra é discutível, pelo sítio, pela dimensão e pela solução adoptada. Com certeza. Mas os benefícios parecem, para já, inquestionáveis. Só que... A obra demorou dez anos a mais. E custou muitos milhões de euros a mais, pelo menos 140. A câmara e o Estado foram relapsos, as empresas construtoras não previram os graves acidentes ocorridos, nunca foram apuradas as responsabilidades pelos atrasos, pela imprevidência, pelos prejuízos e pelos custos exagerados. As inspecções não funcionaram, a fiscalização também não. Muito menos a justiça. A impunidade, a irresponsabilidade e o branqueamento parecem indispensáveis às obras e aos concursos públicos. Esta é apenas a última de uma longa e permanente série de obras públicas sem controlo nem planeamento. E, ao que parece, sem honestidade e rigor.

O julgamento da UGT e de mais de 30 dos seus dirigentes, entre os quais o antigo secretário- -geral Torres Couto, chegou ao fim. Com uma excepção (mas com crime prescrito), os arguidos foram todos absolvidos. Falta de provas. Acusações não fundamentadas. Ausência de documentação demonstrativa. Foram estas as conclusões do tribunal. Os factos alegados datam de 1990. O processo foi iniciado em 1995. Foram necessários 17 anos! Perderam-se vidas e carreiras. Não se fez justiça.

A ASAE decidiu responder aos seus críticos. Ou antes, o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor publicou um comunicado no qual investe contra os críticos da actuação daquela polícia da segurança alimentar. É, a todos os títulos, um comunicado notabilíssimo. Muito daquilo que a ASAE e o Governo são acusados é totalmente confirmado por este comunicado, que é uma verdadeira obra-prima! Num estilo de grande burocrata despótico e num exercício de puro cinismo técnico e jurídico, garante que nada é proibido, "desde que...". Bolas -de-berlim na praia, castanhas assadas, facas de cozinha, colheres de pau, açorda de pão velho e produtos artesanais, tudo é permitido, "desde que...". No "desde que..." está a chave. Os produtores têm de estar certificados, as facas descontaminadas, as colheres higienizadas, as gorduras medidas, os aromas calibrados, as licenças actualizadas, os géneros embalados, os procedimentos normalizados, as torneiras automatizadas, as mãos desinfectadas, as temperaturas aferidas, os queijos datados, o fiambre etiquetado, a ventilação assegurada, os transportes refrigerados, as licenças regulamentadas, as certificações validadas, as inscrições conferidas, os funcionários identificados, os géneros protegidos, os produtos separados e os operadores licenciados. Desde que tudo isto seja feito e esteja assegurado, há bola-de-berlim e croquete.

Com este mês de Dezembro, iniciou-se mais uma campanha de promoção de Portugal no mundo. São dezenas de cartazes, de enormes dimensões, nas cidades portugueses e centenas de inserções em revistas e jornais do mundo inteiro. Portugal foi transformado na "West coast of Europe". As imagens reproduzem as caras dos portugueses de sucesso, Mourinho, Ronaldo, Mariza e outros. É a mais vistosa de todas as saloiices em que este Governo (e outros antes dele...) se empenhou. É um velho hábito dos países do Terceiro Mundo e de algumas ditaduras que consiste em comprar páginas de jornal e minutos de televisão para se promover. Escolhem-se umas personalidades com hipóteses de serem reconhecidas e tenta-se convencer os putativos clientes de que este país é todo assim, feito de belas paisagens e de pessoas excepcionais. O dinheiro que se gasta com isto é colossal, mas talvez nada de muito grave. Apesar de inútil. O que mais choca, além da capacidade de influência no Governo que as agências de publicidade assim exibem, é a atitude de quem encomenda estas campanhas. Quem assim procede está a dizer aos outros que o país, sem campanha, é desconhecido e ninguém dá conta dele. São justamente os países que têm pouco a oferecer, que nem pela sua mediocridade se distinguem, que não pesam nas balanças da fama e da reputação, que são destituídos de interesse especial e que se revelam razoavelmente simplórios e longínquos, que sentem a necessidade de se promover e de repetir a sua excelência, a paz, o sossego, a beleza e os tesouros escondidos. Quem assim age está plenamente convencido de que o seu país não vale grande coisa e de que tem de fazer estas campanhas. Os responsáveis julgam que tudo se compra com publicidade, mesmo ridícula. O resultado é o previsível. Quem vir os cartazes e seja capaz de reconhecer aquelas individualidades de excepção pensará imediatamente que o país não tem mais nada a oferecer e pretende, com as excepções, convencer os estrangeiros. Portugal não precisava desta campanha para nada. Para absolutamente nada! Talvez o Governo precise, mas o país não.

20 comentários:

Fernando Lopes disse...

Nem sempre concordo com António Barreto. Mas agora não podia estar mais de acordo.Um país afirma-se perante si próprio e naturalmente perante os outros.
Lembram-se daquele "slogan" do séc passado que promovia Portugal com "folklore" informando que visitar Portugal era "conhecer a Europa de há cem anos". Bom a verdade é que agora evoluímos, mas a pasmaceira é provavelmente a mesma.
Vimos há pouco, na abertura das fronteiras a Leste, o nosso 1.º elogiar a empresa portuguesa que aplicou o sistema de controlo europeu das fronteiras. A seu lado a Chanceler alemã sorria largamente e parecia comentar...
Enfim, o homem esforça-se...
Mas não pensemos que esta moda do "marketing" não está divulgada. É ver o que fazem as autarquias no esforço, muitas vezes, de auto-promoção mais do que informação

Ruvasa disse...

Viva, Isabel!

Quanto aos dois primeiros §§, tudo bem, é assim mesmo que somos. Nada a fazer, por enquanto. Tenho fé em que, com a melhoria do índice de escolaridade a nível nacional, as coisas melhorem um pouco, muito embora por vezes o curriculum tenha pouco que ver com a realidade. Mas, como disse, tenho fé em que as coisas melhorem. Só têm que melhorar, caramba!

Quanto ao último § aí já não estou completamente de acordo com António Barreto.

Concordo quando diz que o país não precisa "desta" publicidade tola de que fala ou, pior ainda, da cretinice "All-garve".

No entanto, publicidade inteligente como a que vemos por aí e de que dou alguns exemplos "fly emirates", "Malaysia, the heart of Asia", "O que é Nacional é bom!", "Vá p'ra fora, cá dentro!", "Think different", "Connecting People", é sempre bem-vinda.

Abraço

Ruben

Laetitia disse...

Eu quando era pequena tinha esperança nos senhores que governavam o país.
Mas agora já nem no Pai Natal acredito!

É como o julgamento da Casa Pia.

Já se está mesmo a ver o resultado...

Isabel Magalhães disse...

Viva, Ruben!

As campanhas inteligentes são sempre bem-vindas; o 'búsilis' aqui é uma campanha parola tão ou mais parola que a do 'ALL' garve - com odor a 'pinho'! :)))

Abraço

I.

Isabel Magalhães disse...

Amiga Estrelinha do Mar;

Como eu a entendo! Tive o mesmo sonho em Abril, depois em Novembro... mas agora, e em relação à Casa Pia, acho que ainda vão culpar o Pai Natal! 'Tadinho' do São Nicolau!

Votos de muito sucesso pessoal e profissional em 2008 e seguintes.

I.

Isabel Magalhães disse...

Caro Fernando Lopes;

" É ver o que fazem as autarquias no esforço, muitas vezes, de auto-promoção mais do que informação. "


BINGO! :)))))

[]

I.

o scriptum - já lhe tinha dado resposta mas o BLOGGER não colaborou... :)

Anónimo disse...

De facto considero este blog um local de Oeiras onde se respira cordialidade e seriedade, vão sendo poucos... Assim, desde já cumprimento os seus responsáveis.

Não concordo com muito dos comentários feitos acerca do texto de António Barreto, até porque ele contradiz-se, repare-se o tom de auto flagelação constante, ou seja ele repetidamente acusa-nos de ser simplórios e "pequenos", e afinal o seu comentário não é mais do que a banal e trivial argumentação de taberna, um lugar comum que infelizmente se vai imiscuindo na essência identitária da nossa cultura. De qualquer modo agora não tenho muito tempo para desenvolver o meu raciocínio.

Queria igualmente fazer um apelo. Tenho reparado que aqui e ali se dão alguns erros ortográficos (e não dactilográficos) que me parecem pouco pedagógicos e sobretudo transmitem uma estética dissonante com a saudável ética do blog (deverá a estética andar de mão dada com a ética??), assim apelava aos assíduos "postadores" e "comentadores" uma maior atenção ao português (embora depois do acordo ortográfico isto virará uma confusão).
Por outro lado, existem igualmente alguns erros semânticos e morfológicos, por exemplo, a expressão "búsilis" usada aqui num comentário, não existe em termos formais, ela é um neologismo criado pela linguagem corrente e escreve-se busílis. Significando o difícil, o ponto central da questão, o intraduzível, o incompreensível. O termo surgiu devido a uma hifenação da palavra "temporibus": “Origem de busílis – Busílis é o ponto principal da dificuldade em resolver uma questão; é o xis da questão. Segundo João Ribeiro, na sua preciosa obra Frases feitas, a palavra surgiu numa aula de latim. Certo aluno tentava traduzir uma frase de texto manuscrito. Numa das linhas embasbacou diante de uma linha em que estava escrito: "... in tempori..." e o começo da linha seguinte era "...bus illis". Assim, a expressão latina, de fácil tradução ("temporibus illis" = naqueles tempos), ficou enigmática. O que seria "busillis"? – perguntava perplexo o aluno. Fonte: http://hildebrando.com.br/info/106.htm” (fonte wikipedia)
Desde daí se usou a expressão “bus illis” como significando algo incompreensível, embora se reconheça que a linguagem comum tenha vindo a fazer evoluir o seu significado para “o difícil”.

Feliz ano novo
João Viegas

João Viegas

antonio manuel bento disse...

Cara Estrelinha,
Senhora de recato, oeirense certamente, uma cidadã honesta e que muito me agrada de ver aqui no blog de internet em referência. Dirijo-me pois à sua pessoa no sentido de me dar a conhecer e sempre em disponibilidade para esclarecimentos sobre Oeiras e suas gentes assim como em questões de cidadania.
Em atenção e apreço,
António Manuel, um cidadão honesto ao serviço da comunidade

Fernando Lopes disse...

Sou daqueles que não se orgulham dos erros de concordância, de semântica e até ortográficos. Contudo, como o J. Viegas refere, por vezes as palavras transmutam-se por via da linguagem corrente ou da corruptela popular. Entendo que num Blog devemos manter algum informalismo nos comentários.Não obtante, aprecio as incursões etimológicas, semânticas, explicativas e até correctivas.
Bem haja

oeiras local disse...

O «honesto cidadão» esqueceu-se novamente dos comprimidos; única explicação para o facto de continuar a fazer de anfitreão em casa alheia.

Por último mas não menos importante, porque é que a leitora em apreço para ser «Senhora de recato e um cidadã honesta» tem que ser «oeirense certamente»?

Anónimo disse...

Apenas para dizer que subscrevo o comentário (28 Dezembro, 2007 14:23).
Sem dúvida que um blog é um local informal apesar do tal cuidado a ter com a Língua Portuguesa. Pretender o contrário é uma atitude pomposa e desadequada.

Unknown disse...

.

Caro oeirense,

Claro que aqui ninguém se orgulha dos erros que comete. Aqui e em muitos lugares. Muitos têm sido os posts e comentários feitos desde o nascimento deste blog em prol da defesa da Língua Portuguesa e da preocupação com o bem falar e o bem escrever.

Contudo, é preciso que se percebam algumas coisas.
Aspectos que algumas pessoas não compreendem pelas mais diversas razões.

O primeiro é que existem muitos géneros de blogs, dos quais existem, é certo, alguns de cariz literário que, por razões óbvias, têm um rigor linguístico de primeira água.

O segundo é que em muitos blogs os colaboradores não são especialistas da Língua, e por isso fazem o melhor possível. Não se pode esperar que escrevam como doutores em Línguas e Literaturas Modernas.

O terceiro é que muitos colaboradores têm actividade profissional intensa e frequentemente os textos são escritos em alturas em que o cansaço já impera o que se reflecte no défice de atenção. É ver as horas dos posts e dos comentários.

O quarto é que a maioria das pessoas que escrevem em blogs não têm na escrita a principal actividade da sua vida, muito menos profissional. Não são escritores, jornalistas, professores, etc. São pessoas vulgares que fazem o melhor que podem e sabem, com grande entusiasmo e empenho, sem ganharem nada em troca. Ninguém aqui é pago para escrever...

O quinto é que este blog não tem nenhum revisor - copy desk, como hoje pomposamente se diz - para rever os textos antes da publicação.

Os colaboradores usam o que sabem, como sabem e de quando em vez os erros e as gralhas acontecem.
Posso-lhe dizer que no meu caso pessoal, só a título de exemplo, não escrevo directamente na caixa de post. Faço-o num programa de texto que inclui um dicionário de Português, bera por sinal, e que em caso de dúvida, frequente, recorro ao 'Priberam online', que também não é de grande confiança, e ainda à 'Wikipédia' e ao 'Wikcionário', também duvidosos nalguns aspectos, e ainda aos muitos dicionários, enciclopédias e prontuários em livro que tenho em casa. Em suma, esforço-me o mais possível para garantir que os meus textos não têm 'gralhas' antes de os publicar. Mas é claro que "no melhor pano cai a nódoa" e de vez em quando...


Há que ter bom senso e ser racional e inteligente.
Pretender que um blog tenha uma escrita de excelência é uma atitude de falta de discernimento que só pode partir de alguém muitíssimo ignorante acerca da realidade da blogosfera. Do que é, de quem nela participa e em que condições o faz.

Dar 'lições' de pseudo-erudição, quiçá através da cópia e/ou citação de textos e frases sacados num qualquer livro, é, como se costuma dizer, "armar ao pingarelho"... mas enfim, há gente que necessita de se exibir. Não têm onde cair mortos. :)

Tenho para mim que a maior qualidade do homem verdadeiramente sábio é a humildade.

O resto é "cuspir contra o vento."

FELIZ 2008 !!

.

Unknown disse...

.

Caro oeiras local,

Todo o mundo sabe - já foi dito na CNN e na NBC - que só em Oeiras existem Senhoras verdadeiramente dignas desse nome.

As que não são de Oeiras são 'vadias certamente' e vice-versa... e foram as parideiras de certos visitantes que por aqui passam...

FELIZ 2008 !!

.

Isabel Magalhães disse...

Parece que houve alguém que deixou a 'cordialidade' à porta...

'Gastar' 30 linhas de texto, e nem sei quantos caracteres, para me apontar o erro 'grave' de ter colocado um acento agudo numa sílaba não acentuada é de uma 'pompa' que passa pela falta de senso e sensibilidade.

'Tropeço' a cada instante em milhentas situações de erros semânticos e morfológicos, e outras já assinaladas na caixa de comentários, e, longe de mim ter a falta de delicadeza de uma chamada de atenção no blog. Um e-mail ao autor a mencionar o lapso é uma forma discreta de o fazer e já o tenho feito...

Latim não faz o meu 'género', - bastou-me o das Missas da infância quando me obrigavam a ir à Catequese - mas, contudo, neologismo, sei o que é, dai ter grafado 'busilis' entre aspas.

Pensando melhor, estou 'cheia de sorte' de não me terem 'ensinado' que o que uso como aspas não passa, afinal, do apóstrofo. A título de confidência evita-me usar o 'caps lock'.

Por último, um agradecimento ao AMIGO J. Baptista por ter ido direitinho ao cerne da questão no comentário/resposta ao leitor 'oeirense'.

Continuação de Boas Festas.


post scriptum: Dizer do artigo do António Barreto «o seu comentário não é mais do que a banal e trivial argumentação de taberna,» parece-me uma mera crítica destrutiva, 'quid sapit' com base nalgum diferendo pessoal ou até de origem político/partidária.

Rui Freitas disse...

GRANDE Zé... tocaste no âmago da questão (disse bem?): Humildade!
Ó Amigo João Viegas, "vocelência" não percebe que os erros "hortográficos" e as "gralhas", são fruto da ânsia de dizer muito em poucas palavras?
Ó Amigo João, agora "vocelência" é crítico literário?
Defensor deste (des)governo, já eu sabia, só fez por esquecer que António Barreto é um seu camarada da velha guarda... não da Covilhã!
Eh! Eh! Eh!

Rui Freitas disse...

Amiga Isabel,
Perdoe-me a franqueza, mas não percebeu o porquê do elogio do "sr-dr-eco-cidadão" à "Estrellinha"?
'Tá-se mesmo a ver... o homem olhou para a foto da "senhora de recato, oeirense, certamente"... e pirou!
Bom, por esta vez e por "esta" razão, está perdoado!

Isabel Magalhães disse...

Ó Amigo Rui;

O "sr-dr-eco-cidadão" pode elogiar quem quiser e lhe apetecer, (cuidado que o dito insinua amiúde que tenho ciumes dele e ainda fica convencido disso, coitado! eheheheh) estou é um bocado, - bocado é favor - 'cansada' da atitude 'blog climber' que vem assumindo em casa alheia como outros já lhe fizeram notar.

Pergunta-me o Rui se vamos 'aguentar isto em 2008'? Ai garanto-lhe que não! :)))

Isabel Maria dixit!

Isabel Magalhães disse...

Errata

No meu comentário [29 Dezembro, 2007 21:53] deve ler-se;

'mas, contudo, neologismo sei o que é, (...)'.

Unknown disse...

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Enfim, como dizia um amigo meu:

"A andar não se vê, a correr não se nota nada..." :)))

FELIZ 2008 !!

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Anónimo disse...

Amigo Freitas;

Deve ser «duro» para alguns ver que há «camaradas da velha guarda» que não perderam a clarividência.