O texto abaixo foi hoje publicado no Jornal Público na "Tribuna do cidadão". Entretanto, tarda uma verdadeira política de obrigação de todos os proprietários – directamente ou com a ajuda de programas ou parcerias - manterem o património imobiliário devidamente recuperado incluindo mesmo as entidades oficiais.
HÁ FALTA DE CASAS EM OEIRAS
Quem dá uma pequena volta por este Concelho fica com a impressão que há falta de casas face à azáfama de construção que fervilha por todo o lado. E, então, se está a pensar em vir para o Concelho modelo fica descansado com a perspectiva de que, muito em breve, vai ter por onde escolher. Realmente os empreendimentos e os condomínios em execução, mais as múltiplas notícias sobre muitas outras construções em projecto com datas de arranque já aprazadas e muito divulgadas, dão ao cidadão desinformado a panorâmica de que esta autarquia está preocupada em dispor de casas para todos.
Porém o problema deste Concelho é a construção em massa e já se começa a sentir o excesso de casas disponíveis. Não há rua nenhuma que não tenha um ou mais andares para vender ou alugar ou casa vazias que mesmo com hipotéticos donos não têm gentes para as utilizar e que se vão degradando por falta de uso.
E isto está a acontecer tanto nas encostas instáveis como as da Cruz-Quebrada ou nos baixios arenosos do Dafundo ou Algés, como no leito de ribeira em Paço de Arcos, em Tercena ou Queluz de Baixo, Barcarena… Nas dez freguesias deste Concelho a construção satura todos os recantos, mas continuam abandonadas e a cair aos bocados muitas das antigas vivendas e pequenos prédios porque esperam que algum despacho distraído os converta num conjunto alto, com vistas deslumbrantes nem que seja para os telhados do vizinho. Entretanto é muito débil a política activa de conservação do património existente.
Neste Concelho de Oeiras não há faltas de casas. Há falta, sim, de programas de gestão correcta, calma e humanizada do que existe e que assegurem a segurança e o bem estar dos seus habitantes, encontrando-se as soluções para os problemas da mobilidade, da marginalidade, da saúde e de todas aquelas pequenas coisas que trazem esperança de dias mais felizes.
Clotilde Moreira / Algés
4 comentários:
Na Cruz-Quebrada e Dafundo dizem os responsaveis que não à espaço para a construção de recursos para a população (escola, biblioteca, auditório, um espaço para a Assembleia de Freguesia.....) mas depois o que se verifica é que se constroi e muito naquela freguesia... e em locais no minimo duvidosos, no que concerne à perigosidade... No alto da cruz quebrada e dafundo, multiplicam-se os condominios fechados, inacessiveis à população... mas que tão a trazer consequencias bem visiveis à mesma, seja como as várias inundações no dafundo por as condutas não aguentarem as descargas vindas lá do alto, seja com o muro a ameaçar ceder, seja com a perda de qualidade de vida, com o aumento do transito, etc...
Fazem-se as casas, criam-se os lugares, mas não se aposta na vida social das pessoas, da vida em comunidade... é o concelho modelo que temos...
Alguém tem notícias do Paulo Amaral do blog 'Cruz Quebrada e Dafundo City'?
O link recebe a seguinte informação:
"O blogue foi removido
Lamentamos, mas o blogue cruzquebradaedafundocity.blogspot.com foi removido. Este endereço não é válido para blogues novos."
O Isaltino e os apoiantes dele, querem é graveto, estão-se nas tintas para o lado social e humano das pessoas e sociedades.
O Isaltino nunca teve comunidade, tem é contas na suiça e bélgica
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