terça-feira, 1 de abril de 2008

MARCAS DO TEMPO - Crónica de Alexandre Gonçalves


Jornal de Oeiras, 1 de Abril / 2008

9 comentários:

Isabel Magalhães disse...

Nunca é demais lembrar:

"Não herdámos a Terra dos nossos pais. Pedimo-la emprestada aos nossos filhos.

Anónimo disse...

Isabel,

Justamente por esses motivos, é que o actual edil, procede da forma que se vê (faz 20 anos).

Não só não observa nem respeita, minimamente, o legado, e aqueles que aqui viviam antes da sua aparição (a dele claro). Nem sequer, ou menso ainda, toma medidas de preservação dessa imensa herança (nossa, não dele) que nos foi deixada e mantida durante milahres de anos,

Dá ideia que as políticas e desejos das gentes desses IOMAF, é para usar e gastar, nas próximas 24horas, tudo o que for possivel de vender e fazer ganhar dinheiro, é triste não acha ?

Carlos Maria

Isabel Magalhães disse...

Carlos Maria;

Não sei se se refere à frase que citei e que é um alerta para a preservação do Planeta não tendo, rigorosamente, nada a ver com legados/heranças...

Anónimo disse...

Isabel
Essa frase linda é do livro ... Por fim talvez sejamos irmãos! do Chefe Seattle, não é?

Um dia conto-lhe a história desse livro do Instituto Nacional do Ambiente.
Clotilde

Isabel Magalhães disse...

Clotilde;

Não sei se a frase é do livro que cita, eu decorei-a quando a li no "Independente" há umas décadas...

Aguardo então que me conte a história do livro mas aviso já que não me esqueço da promessa. :)

[]
I.


...POR FIM, TALVEZ SEJAMOS IRMÃOS
Autor: Instituto Nacional do Meio Ambiente-INAMB
Editora: Triunfadora
Local: Lisboa

Esta publicação portuguesa traz na íntegra a mensagem do Chefe Seattle - grupo indígena dos EUA - que, em 1854, escreveu ao presidente do país em resposta à oferta de compra de uma grande extensão de terra ocupada pelos indígenas. O texto foi divulgado pelas Nações Unidas em 1976, em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente e teve ampla repercussão no mundo todo. O Chefe Seattle fala da íntima ligação entre a terra, todos os seus elementos e os índios; da importância de seus ancestrais; das diferenças culturais entre o "Homem Branco" e o "Pele Vermelha"; e das consequências para a Terra do tipo de desenvolvimento levado a cabo pelo homem branco. "A terra não pertence ao homem; o homem pertence à terra (...) Tudo que acontece à terra acontecerá aos filhos da terra. O homem não teceu a rede da vida, ele é só um de seus fios".

Anónimo disse...

Isabel e Clotilde,

Toda a Humanidade tem por Legado/Herança a Natureza e o Planeta onde vivemos. Uma herança das civilizações humanas, que deverá ser preservada a todo o custo, é a ssim que eu vejo a Natureza, das coisas e da Vida.

Outros não a entendem, não a usufruem, não a sabem respeitar, logo, não a querem preservar, limitam-se a consumir (enquanto der).

Carlos Maria

Anónimo disse...

Carlos

Um legado, é tudo aquilo que uma geração transmite a outra.
Os oeirenses, não são broncos, foram educados a defender o seu Legado, seja cultural, paisagístico, natural, biológico, todo ele pleno da sua diversidade.

Existem outros legados e heranças, que se conservam em contas bancárias, na Suíça por exemplo. Mas são outras coisas.

Anónimo disse...

Isabel,

Por mail acabo de lhe enviar a história do tal livro que é esse a que alude.

Quanto vale a Terra, o Ar, a Água e o azul do Céu?

Clotilde

Anónimo disse...

(...) Um legado, é tudo aquilo que uma geração transmite a outra.(...)

E foi assim que durante séculos e séculos se conservava as terras do concelho de Oeiras, até que; vieram os consumidores, destruidores, ocupantes, muitos deles, incapazes de gerar riqueza, mas hávidos de a consumir, e hoje, é o que temos, mas eles, quando regressam lá à sua santa terrinha, dizem:

Oh aqui é que é bom, lá em Oeiras, está já tudo destruido (por eles claro).

Nós aqui (lá na terrinha) não temos rios poluídos (como o Jamor e a Laje), não temos engarrafamentos, andamos ainda a pé e temos a Natureza e a Vida Selvagem em equilíbrio.

Eu nem sindo que sou de lá (de Oeiras), tenho a minha alma é aqui (na santa terrinha).

Em conclusão:

Assim ficou Oeiras (e toda a região de Lisboa), destruida, em colapso, num caos. Ocupada e contaminada, insustentável e com excesso de população.

Agora eles, fogem todos para fora, para a santa terrinha deles, e os de Oeiras e da região de Lisboa, esses tem de ficar na pobreza, com tudo oaquilo que outrora lhes tinha sido legado (o Tejo, as praias, o Jamor, a Laje os campos, destruidos e ocupados, impossíveis de serem reabilitados.

Talvez um dia, quem sabe, umas estrumeiras, lixeiras vazias, e ele, a viver à grande na santa terrinha (que não está contaminada).

Os nossos descendentes irão perguntar um dia, daqui a muitos anos ou séculos:

Alguma coisa esteve mal aqui por Lisboa e por Oeiras, e em desiquilibrio, o que tera sido?