sábado, 10 de maio de 2008

Linda-a- Velha: Carreira de Tiro vs Zona Habitacional

Bom dia;
Venho desta forma "relatar" o que acontece diariamente (de 2ª feira a domingo) no horário das 8h00 ás 20h00 e, aparentemente, com prolongamento até às 22h00.
A situação ocorre na Mata do Estádio Nacional, em Linda-a-Velha, a 89 metros, (mapa Google Earth) da zona residencial dos moínhos.
O vídeo que anexo é uma pequena amostra do barulho proveniente desta instalação "desportiva" e ilustra as rajadas (não sei de que arma, nem sei se é permitida) com que os habitantes tem que conviver diariamente incluindo fins-de-semana.
Atentamente
Pedro M.

Post scriptum: Vídeo feito na janela do meu apartamento.











[Recebido por e-mail]

Sobre este assunto da poluição sonora e da poluição ambiental (chumbo) causados pela Carreira de Tiro do Jamor, (Linda-a-Velha) também escrevemos aqui.


37 comentários:

Ruvasa disse...

Viva, Isabel!

Na verdade, "isto" é insuportável e só num país em que as pessoas não se respeitam pode acontecer.

Para apreciação da "patifaria" e determinação dos "patifes" falta um elemento essencial.

Na corrida para o posicionamento nesta "pole position", quem chegou primeiro: a carreira de tiro ou a zona habitacional.

Digo isto, porque, noutro plano, temos visto, pelo país fora, inúmeros casos de fábricas de pirotecnia, há muitos anos existentes, à volta das quais se vão construindo casas ou mesmo inteiros blocos habitacionais. Um dia qualquer rebenta e bomba ai Jesus!

Ora, nestes casos, quem deve ser chamado à pedra é quem constrói - e quem permite que se construa - onde é sabido que não se deve fazê-lo.

Abraço

Ruben

Isabel Magalhães disse...

Bom dia, Ruben;

Muito bem observado.

Nos finais do ano de 1969, quando vim habitar em Linda-a-Velha, a Carreira de Tiro já estava no mesmo local. Penso até, pelo que observo, que foi sendo alargada e, pelo barulho que também ouço cada vez mais, - embora habite a uns 300 metros - os utentes têm aumentado exponencialmente.

O Bairro dos Moínhos, Rua Bernardo Santareno e envolventes foi construído na década de 90 do século passado. Linda-a-Velha é uma das dez freguesias do concelho de Oeiras. A Mata do Jamor, na sua envolvente florestal e desportiva é da total responsabilidade do Instituto do Desporto.

Sem questionar o último parágrafo do seu comentário, a carreira de tiro de Monsanto fechou ou vai fechar devido aos elevados índices de poluição sonora e ambiental. Também já lá estava antes de a cidade de Lisboa ir crescendo à volta mas nada que se pareça com apenas uma distância de 89 metros às habitações como na vila de Linda-a-Velha.

Abraço

I.

Anónimo disse...

Amigos,

Os tiros da carreira de Linda-a-Velha são 1 (um) dos múltiplos (centenas) dos indicadores da incapacidade estrutural e do caos em que o concelho de Oeiras e este país estão mergulhados (enterrados) faz mais de 50 anos.

A tendência é para piorar, tudo.
As questões ambientais, hoje tão actuais e legítimas, como a saúde, a habitação, o trabalho etc. estão no centro de muitas dessas questões estruturais (ruído, ambiente, Natureza, ecossistemas, aquíferos etc.).

São inúmeros os problemas, este é ruidoso, mas nem sequer é o mais grave, é, compreende-se, aquele que vos afecta, mais e muito directamente. Lamento.

Mas reparem, neste concelho de Oeiras, ainda há casas, igrejas e património que são (diariamente) arrasadas por camiões, autocarros, que cruzam ruas e travessas (ao ritmo de 50 viaturas por minuto) onde antes passavam pessoas e carroças, apenas.

Estes são uns, entre uma molhada de outros problemas similares, agressores de quem vive fora dos prédios e dos melhores espaços urbanos do concelho de Oeiras, criados na colonização do concelho que emerge depois dos anos de 1960, e que tão bem, Isaltino Morais e os seus apoiantes acolheram, como forma de enriquecimento e produção de exclusão social e económica.

Resultado:

Vocês e todos os outros, munícipes residentes e nativos, estão hoje a braços com problemas insolúveis, alguns mesmo irreversíveis (estão hipotecados para o resto das Vossas vidas, vocês e os descendentes…) com os problemas que resultam dessa incompetência crónica (e também da corrupção) dos nossos (presentes e futuros …) dirigentes políticos e autárquicos.

O problema é saber prevenir, preventivamente, fazer opções e estabelecer prioridades, que resultem, afinal de contas no bem-estar de todos e não apenas de alguns.

Provavelmente, e estou certo disso, quem aí vai fazer tiro, nem vive no concelho de Oeiras, nem sequer em Linda-a-Velha.

Remetam o campo de tiro, para lugares próprios, assim como outras coisas, que nunca deveriam ter sido autorizadas e instaladas em locais urbanos e residenciais.

Para concluir, não são rajadas, são tiros simultâneos de diversos atiradores (nesse lugar não são, não devem ser autorizadas armas militares).

Joaquim Sena

Isabel Magalhães disse...

Caro Joaquim Sena,

O elevado teor de chumbo causado por uma carreira de tiro não é um assunto de sómenos, salvo melhor opinião do que a minha. Eu só sei o que vou lendo, esta não é a minha área.

A carreira de tiro do Jamor e a avaliar pelo LOGO das viaturas que lá vejo estacionadas, serve a PSP, a GNR, e os vários clubes de tiro do país. E também, claro, os particulares que, contudo, têm que ser sócios de um qualquer clube.

A carreira também é local de torneios cada vez mais frequentes. Hoje, a avaliar pelo barulho desde cedo, deve ser dia de torneio. É uma 'alegria' parece que estou na guerra...

Isabel Magalhães disse...

Nada como ir ao local recolher informações...

Hoje é dia de Campeonato Nacional de Tiro com grande afluência de público e participantes, - à hora a que lá passei, e segundo me disseram, estavam 20 atiradores a disparar em simultâneo - e alguns até vieram de Beja, a avaliar pelo LOGO da carrinha.

Anónimo disse...

Prezada Isabel,

Naturalmente que nada, nem nenhum assunto, é coisa de menos. A qualidade de vida é importante, para todos.

Como referi, julgo que a generalidade dos utilizadores dessa carreira de tiro, é de fora do Nosso concelho.

Não se nos afigura de todo, que esse seja o local adequado para se manter uma coisa dessa natureza.

Não imaginaria que a PSP, GNR e se calhar a PJ, fizessem fogo, nesse lugar.

Com outras carreiras de tiro, fora e próximas de Lisboa.

Lamento tudo isso.

Mas como disse, e reitero a acusação, numa edilidade incapaz, incompetente, exclusivamente virada para a exploração e enriquecimento, logo, incapaz de fazer melhorias e reordenar este concelho.

Todo esse caos, é uma consequência, votem mais neles..., para ver se as coisas que não mudaram nos últimos 20 anos, melhoram agora nos próximos 50 ?

Joaquim Sena

Isabel Magalhães disse...

Prezado Joaquim;

Sem ironia, explique-me lá, bem explicadinha, esta parte:

"julgo que a generalidade dos utilizadores dessa carreira de tiro, é de fora do Nosso concelho."

É que eu estou com dificuldade em entender a relação com os níveis de poluição da zona e consequente desconforto para os habitantes. Quererá o Joaquim dizer que os 'atiradores desportivos' do Nosso concelho causariam menor dano? É isso?

Antecipadamente grata e expectante pelo seu esclarecimento.

IM

Anónimo disse...

Prezada Isabel,

Curiosamente, não quis dizer absolutamente nada daquilo que concluiu, apenas referi, em sua defesa, que dos munícipes oeirenses, os que menos fazem tiro, logo tem o ónus de suportar uma carreira de tiro, no seu concelho e à porta das suas residências, quando esta em boa verdade estaria melhor na serra da Carregueira ou no campo de tiro de Alcochete, ou ainda, em outro lugar, ao lado de um espaço militar, por exemplo.

Acerca do chumbo, ele é mau, cancerígeno, mas recordo que há bem poucos anos (por ignorância, sempre o desconhecimento, que nos induz em erros lamentáveis …) os canos de água eram feitos desse material.

Sabe, acreditem ou não, tudo isto, são questões estruturantes, que exigem medidas preventivas. Mas as pessoas preferem o gozo, ao trabalho, e depois os resultados são estes?

Joaquim Sena

pedro disse...

Em resposta ao anónimo q disse: "Para concluir, não são rajadas, são tiros simultâneos de diversos atiradores (nesse lugar não são, não devem ser autorizadas armas militares)."
Acredite q são rajadas ... pq é fácil distinguir tiros individuais de varias armas q são completamente diferentes destes, q tem acontecido principalmente e cada vez com mais frequência ao fdsemana, sempre com a mm sequência ... e querer-me parecer mta coincidência na gravação q fiz que se consiga o mesmo timming de disparo vezes consecutivas. Em relação á autorização das armas, se estas não são cada vez de maior calibre, são pelo menos cada vez mais barulhentas...
Em relação a n ser o mais grave ... pois acredito q existam no concelho problemas bem mais graves ... mas este é de saúde pública ... a sua gravidade será consoante o incomodo q terá cada um q tenha q viver diariamente, 7 dias por semana, das 8.00h ás 20.00h ou até mm ás 22.00h.
Realmente a carreira de tiro já lá estava ... mas ao licenciar-se os terrenos para habitação deviam ter mudado a carreira de tiro de lugar ... o outro lado do Estádio Nacional, por exemplo!

antonio manuel bento disse...

Uma infra-estrutura deste calibre é fundamental para o nosso estimado Concelho de Oeiras, se não for em locais próprios onde poderão os cidadãos praticar o tiro ao alvo? Pena já há muitos anos ter deixado a caça, mas ainda guardo duas caçadeiras por recordação e porque hoje em dia é importante ter armamento em casa dada a bandidagem que por ai anda. Gostaria de referir que o campo de tiro de Oeiras está inserido numa zona verde e arborizada há já algumas décadas; se agora se queixam alguns cidadãos então lembrem-se que as casas onde habitam foram construídas em terrenos que outrora eram campos onde caçadores e agricultores colhiam o seu alimento e onde o mei ambiente era de facto respeitado. Agora, depois da invasão do betão (pelo bandido e sócio cabecilha) vêm uns senhores falar em poluição sonora e poluição disto e daquilo; a esses senhores (certamente que não nasceram em Oeiras) lembrem-se que habitam num atentado ecológico.
Para concluir gostaria de referir que sempre é melhor dar tiros em locais próprios, projectados há dezenas de anos para o efeito. Até porque com a construção selvagem que se procedeu em Oeiras já não restam espaços para caçar nem lebres, nem coelhos, nem patos.

António Manuel Bento, um cidadão ao serviço da comunidade

antonio manuel bento disse...

Senhor Pedro,

Naturalmente um cidadão honesto e sério, mas que me quer parecer não nasceu em Oeiras e não conhece os tramites (i)legais que ocorrem descaradamente neste Concelho, se não vejamos:
“mas ao licenciar-se os terrenos para habitação deviam ter mudado a carreira de tiro de lugar” NÃO, NÃO DEVIAM. OS TERRENOS É QUE NÃO DEVERIAM TER SIDO LICENCIADOS, a foto de topo, que ilustra o campo de tiro é esclarecedora. Quer-me parecer que o que destoa não é o campo de tiro QUE JÁ LÁ ESTAVA, mas sim a selva de betão. Quem adquiriu aquelas habitações é cúmplice da devastação de Oeiras e por isso é bom que oiçam os tiros que é para ver se aprendem a respeitar mais quem trabalha.

António Manuel Bento, um cidadão ao serviço da comunidade

Isabel Magalhães disse...

Prezado Joaquim;

Pois não me convenceu... a menos que detenha elementos estatísticos sobre a origem dos utilizadores da carreira de tiro.

Sobre a sugerida localização
"estaria melhor na serra da Carregueira ou no campo de tiro de Alcochete, ou ainda, em outro lugar, ao lado de um espaço militar, por exemplo." o mais de acordo possível.

Saudações

Anónimo disse...

Em vez de se fazer tiro ao Álvaro eu acho melhor começar a fazer-se tiro ao Isaltino para resolver o problema.

Anónimo disse...

António Bento alude um aspecto importante, vejamos:

1) No presente, não se nos afigura correcta a localização da carreira de tiro, naquele local,

2) Sinceramente, não sei há quantos anos ela ali se situa,

3) Parece-nos que quem na CMO permitiu a urbanização daqueles imóveis, naquela proximidade, não teve esses factores em linha de conta em termos de impacte ambiental,

4) Seria que na Lei (geralmente atrasadas em relação à evolução…) tinha essa questão ambiental e do ruído em linha de conta?

5) Bom se tinha, admito que sim, alguém na CMO terá sido ou subornada, ou incompetente, das duas uma, para depois vir a autorizar tais empreendimentos?

6) Existem hoje fortes indícios, que existem depois formas de gratificação, que permitem tais tipos de irregularidades, terá sido também esse o do caso presente?

Só Deus sabe?

Joaquim Sena

Anónimo disse...

Um reparo:

Outra situação, é a de que as pessoas hoje compram tudo, e consomem tudo, o que se lhes coloca à frente. Mesmo sendo este um caso de habitação, é igual, por necessidades, infelizmente, as pessoas estão sujeitas a esses factores de pressão, não sabem escolher, ou então não podem esperar, por questões económicas ou até sociais. Lamento.

A verdade é que quando compraram ali esses apartamentos, já ali funciona a referida carreira de tiro. Essa ocupação é anterior. Logo legítima.

Irregular, foi autorizar a edificação urbana, naquelas condições.

Isso é como a colonização da Amazónia, na verdade as urbes vão avançando, e arrasam tudo o que tem pela frente, até um dia.

Quem compra, também tem de ver aquilo que compra, como compra e onde compra. Nem tudo vale.

Criou-se um problema sem necessidade, a solução, é retirar a referida carreira de tiro, que face a estes outros factores, da qualidade de vida e ambiental, não se justifica naquele lugar, ou então, será uma forma (cruel, face à Lei de Gaia) a de se evitar maior colonização e ocupação da Vale do Jamor, porque também merece ser preservado, e evitar mais apartamentos.

Na ecologia, tudo tem as duas faces, até à destruição final, ao colapso, vencerá sempre a mais forte (do momento) assim diz Gaia.

Joaquim Sena

pedro disse...

Gostava de saber em q é q o Sr TONI Manuel Bento ... esse Sr. ao serviço n sei de q comunidade???!!!! se baseia para dizer que eu n sou nascido no concelho de Oeiras ... bom realmente n nasci em Oeiras, fui num instante nascer a lisboa, mas vim para L-a_velha com 3 dias de vida ... E o Sr. Onde nasceu? Nalgum campo de guerra, a julgar pelo arsenal bélico q tem em casa ... Já agora, as suas armas estão legalizadas??!!!

Anónimo disse...

Pedro,

Não sei que idade tem, mas como vê, já lá vão uns bons 100 anos, e ainda não existe uma maternidade, nem sequer um hospital no concelho de Oeiras (nem médicos, nem posto médico, na minha terra ainda não há nenhum …).

O meu bisavô nasceu no concelho de Oeiras, numa freguesia do interior, mas em casa, os meus pais também nasceram no mesmo lugar, eu tive de nascer na maternidade Magalhães Coutinho de Lisboa e ao fim de 3 dias regressei à Nossa terra.
Os meus filhos nasceram noutra maternidade de Lisboa a Alfredo da Costa, mais moderna, faz 40 anos, e os meus netos também nasceram em Lisboa, nessa maternidade faz 10 anos, mas esses já foram registados com naturalidade da nossa freguesia.

Assim evolui o concelho de Oeiras, em mais de 150 anos, nunca teve essas necessárias infra-estruturas hospitalares.

Passam os séculos, as décadas, e tudo fica na mesma, salvo a exploração desenfreada e o lucro de alguns (esses sim que nem são de cá …).

Zézinho

Unknown disse...

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"... ainda não existe uma maternidade, nem sequer um hospital no concelho de Oeiras..."

É mais verdadeiro dizer que JÁ NÃO EXISTE.

Até há bem poucos anos funcionou a maternidade da Sta. Casa da Misericórdia no centro da Vila de Oeiras. Tenho amigos que nasceram lá. Creio que já não funciona e agora, ao que sei, as parturientes vão para o 'Chico da cunha' - São Francisco Xavier.

Em rigor e a bem da verdade, não se pode dizer que nunca houve nenhuma maternidade em Oeiras.

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pedro disse...

Pois ..realmente JÁ não existe a referida maternidade, digo eu, mas a julgar pelos comentários anteriores é impensável construi-la em Oeiras, pq vem logo os "velhos do Restelo", pôr tudo no mm saco, a dizer q é o lobby do betão e bla,bla,bla ... as coisas evoluem ...
No meu ponto de vista não faz qq tipo de lógica ter uma instalação de tiro a 90m das habitações ... realmente já la estava ... mas as coisas crescem, as estradas tem de ser alargadas, há mais automóveis, mais pessoas ... pode-se sempre mandar matar uns quantos ... tenho algumas sugestões ...
Qt ao Sr. q está ao serviço de uma qq comunidade, como é óbvio não conhece a zona em questão, mas é tipo papagaio, fala, fala, fala, mas n diz nada de jeito ... no local onde foram construídas estas habitações, existia tão somente 2 ou 3 moinhos completamente desactivados e um pseudo-campo de futebol pelado (terra) ...
O q sugere o referido Sr.? Q só se construa no sitio onde as casas tenham caído ou estiverem em ruínas??!!! Será mm a solução para fixar os jovens no concelho??!!!

antonio manuel bento disse...

Caro Pedro,

Apesar de algumas inverdades e incongruências por si proferidas, a par de alguns impróprios e vis comentários dirigidos à minha pessoa, quero aqui, e, desde já lhe dizer que não vou entrar em polémicas de teor pessoal com o caro circunstante, um jovem certamente, com algum valor, é certo, mas com algumas lacunas no âmbito do que é e como se pratica o diálogo democrático. Estamos, no Oeiras Local, um espaço de debate, o site de refer~encia onde se discutem ideias e não colaboradores e membros activos do site; do qual o debate é a causa maior e que une em comunhão um vasto leque de cidadãos honestos que procuram na troca de ideias as soluções para os problemas que urgem resolver no nosso estimado Concelho de Oeiras.

Esclarecidos que estamos centremo-nos pois, sem mágoas e sem roncares no tema a debate: O Campo de Tiro de Oeiras.
E primeiro lugar, e numa ligeira derivação ao tema, deixe-me informar o estimado Pedro de que, de facto, Oeiras teve durante largas décadas uma maternidade. Jovem urbano, com certeza desconhecedor involuntário de factos relevantes de uma terra onde a História é diariamente esquecida e negligenciada. Infelizmente actualmente as nossas jovens oeirenses são obrigadas a dar à luz em Lisboa, o que é de facto uma sitaução inaceitável para o Concelho de Oeiras que, pela sua dimensão e importância estratégica já há muito que merecia um Grande Hospital, com maternidade incluída, pois os cidadãos oeirenses não podem continuar a aceitar que suas gerações vindouras nasçam noutros concelhos que não Oeiras (ainda há dias foi-me reportado um caso de uma mãe de Oeiras que deu à luz num hospital da outra banda. Ao que isto chegou!)
Compreendo que o caro Pedro ache tudo isto normal, é a modernidade - contenção de custos / eficiência - como também deve achar normal que as nossas jovens residentes na fronteira sejam obrigadas a ir parir na Espanha - esse imbróglio jurídico. O que para si é normal é para mim uma anormalidade e uma falta de ética patriótica. Procede-se impunemente à castração da identidade de um povo (Português e Oeirense por arrasto) desrespeitando os valores da história, da cultura, e ao que parece agora também da língua. Um Povo, estimado Pedro, é-o pelas suas fronteiras (raízes), pela sua história (cultura) e pela sua língua (a união imaterial que une um povo). Amputar um destes vértices que seja é matar Portugal, é tornar autómatos e estandardizados as gerações vindouras; se essa é a sua modernidade, pois não é a minha. O dinheiro e a racionalização de meios não pode valer sobre a dignidade e a soberania de um povo, seja ele o Português ou o Oeirense. Tenho dito.

António Manuel Bneto, um cidadão ao serviço da comunidade

antonio manuel bento disse...

Voltando ao assunto em referência,
Diz o estimado Pedro a propósito do insustentável desenvolvimento urbano de Oeiras: “mas as coisas crescem”. Pois crescem, e pela sua lógica não devem parar de crescer, é o avanço da imparável selva betuminosa, há mais carros, mais pessoas, mais prédios, mais delinquência juvenil, mais estradas, mais e mais consumo. Mas nem tudo cresce, as florestas não crescem, os campos e os prados são cada vez mais raros em Oeiras. Também a qualidade ambiental é cada vez mais reduzida, o oxigénio puro que respiramos é cada vez mais rarefeito, mas claro, que nada disto importa, o que importa ao senhor Pedro é a poluição sonora dos tiros (porque o afectam) e os níveis de chumbo no solo do campo de tiro (esta é para rir e dar um ar de preocupação com mei ambiente). Acontece que ainda há solo no campo de tiro, ainda existe terra, vegetação, coisa que escasseia na sua freguesia, onde só há cimento, alcatrão, canalizações, onde há muito os espécimes vegetais e animais foram obrigados a sair.
A verdade: a verdade é que o estimado Pedro, jovem inconsciente, e na ânsia de uma boa oportunidade de negócio, acabou por comprar o chamado “gato por lebre”, venderam-lhe um apartamento com vista para o pinhal idílico e levou com o Campo de Tiro de Oeiras; como dizia o outro: “o barato sai sempre mais caro”.

António Manuel Bento, um cidadão ao serviço da comunidade

PS, Aposto que o estimado Pedro é daqueles que vai praticar desporto para a “Marginal sem carros” o lavar de consci~encias ambientais…..

Anónimo disse...

Tenho uma vaga ideia de ler neste espaço de internet um mui veemente protesto do cidadão supra por ocasião dumas festas na zona ribeirinha de Algés, coisa de poucos dias que muito irado o deixou, e agora acha normal, congratulando-se até, que um bairro inteiro sofra as consequências diárias do barulho duma carreira de tiro? É isso? Então onde fica a coerência? E que tal explicar-nos também o que a Marginal sem Carros tem a ver com este assunto? O que me parece, sem mágoas nem «roncares» (???!!!) é que o cidadão supra na ausência de argumentos válidos é perito em misturar alhos com bugalhos.

pedro disse...

Sr Manuel de Bento ... congratulo-me por saber q o Sr, q está ao serviço, ainda n disse de q comunidade, além de todas as suas qualidades, q deve ter (eu ainda acredito) por ser tão velho (pelo menos de espírito), tem uma q ultrapassa tudo, é vidente ... sabe de antemão q sou jovem, inconsciente, q vou para a marginal andar para lavar a minha consciência ambiental ... q quis fazer um bom negócio ... sabe tudo, menos ter BOM SENSO!!!!!
Começa a ser difícil explicar-lhe o meu ponto de vista ... mas vou tentar ... se ou invés de existir a carreira de tiro junto ás habitações, existisse por exemplo uma tb instalação desportiva, (partindo do pressuposto q tiro é um desporto!!!!) de ténis, por exemplo ou de atletismo, ai sim n havia mal nenhum, agora qd é uma actividade q provoca barulho, MUITO BARULHO e vai de encontra o bem estar e o sossego de quem por ali habita, existe problema, e grande.
Digo-lhe tb q possivelmente, se o Sr. começasse agora a usufruir das instalações do estádio Nacional, teria possivelmente q estar até ao fim dos seus dias 24h por dia no respectivo local, para igualar as horas, dias e meses q passo na mata e instalações adjacentes ... cortes de ténis, pistas de atletismo, circuitos de manutenção ou percursos para bicicleta. Portanto não é na marginal sem carros q lavo a minha alma de poluidor, mas parece q o Sr. fica mt escandalizado com esta iniciativa e é dos poucos q gostaria de ir poluir qd poderia n fazê-lo no respectivo dia.
E a sua habitação, é num local q existe para esse fim? ou era tb um sitio onde o Sr. gostava de ir MATAR coelhos ou pombos??!!!
O Sr. é o verdadeiro enviado da contradição ... as festas em Algés são para banir, os tiros em linda-a-velha são para manter ...
Ainda tem algum tempo para parar e até quem sabe pensar ...
Atentamente Pedro V.S. tb ao serviço de uma qq comunidade ( fica sp bem dizer estes cliches!!!).

Anónimo disse...

Caro José António,

Disse: Já não existe?

Então no concelho de Oeiras:

- Não existe Maternidade,

- Não existe Hospital,

Em muitos lugares também não existem nem médicos de familia, nem Centro de Saúde, nem Posto Médico.

Mas cada dia mais o IOMAF autoriza novos empreendimentos (ocupação do território sem infra-estruturas ...mais endividamento dessas famílias ...).

E já agora, também não existem escolas, nem em númeo, nem em qualidade.

Conclusão:

Das coisas mais necessárias NÃO EXISTEM, mas existem outras que não são prioridades, e estão a afundar a qualidade de vida dos oeirenses de há 20 anos a esta parte.

OEIRAS deixou de ser sustentável, mas é lucrativa para algumas minorias.

Aquilo que o Pedro colocou ao debate, foi a consequência, de um erro grosseiro e grave, que hoje obriga a que estejam sujeitos ao ruído de uma carreira de tiro.

Lugar onde qualquer veterano da guerra colonial, se ali tivesse de viver, já teria dado dois tiros no bandido e criminoso, que autorizou uma barbaridade daquelas ..., numa das suas crises de stress pós-traumático (SIC)...(eu estive na guerra colonial, e não fui motorista em Luanda como o IM)

Zé Povinho de Oeiras

Isabel Magalhães disse...

VIVA! VIVA! VIVA!

Viva "o meu País de Marinheiros"!

Isto é tudo gente de 'mata e esfola'. Dá um tiro em 'a', esfola 'b', crucifica 'c'! Mas é assim que educam as crianças e a juventude? É este o exemplo a passar às gerações futuras, o incitamento à violência?

Aqui, trata-se, somente, de resolver um problema que afecta a vida diária de uma comunidade. Há na zona - eu conheço - quem não possa abrir a janela dos quartos das crianças devido ao barulho dos tiros e também habita na zona - embora eu não conheça - alguém da Protecção Civil. Será que não ouve?

antonio manuel bento disse...

Caro Pedro,

Não vou entrar em polémicas. Sinto porém o dever de o esclarecer em duas imprecisas suposições por si proferidas e que, sem o devido enquadramento, se tornam susceptíveis de afectar a minha idoneidade recta.

Diz o estimado Pedro: “o Sr. fica mt escandalizado com esta iniciativa e é dos poucos q gostaria de ir poluir qd poderia n fazê-lo no respectivo dia.” Tem razão; eu não tenho um dia previamente estabelecido no ano para não poluir, ao contrário de outros - o seu caso - que apenas uma vez por ano se lembram de deixar o carro na garagem e de ir correr em prol do mei ambiente para a Marginal sem carros. Eu nunca utilizo o meu carro, ando sim a pé e nos transportes públicos. Ao fim de semana gosto de ir passear pela Marginal e ver a vista, usufruindo de momentos de relaxamento e descontracção. Quando um cidadão paga os seus impostos e cumpre as suas obrigações não pode ser impedido de utilizar as infra-estruturas que para o efeito foram criadas - neste caso a estrada Marginal. Quem quer fazer desporto ao ar livre pois que vá para o Estádio Nacional; para o Passeio Marítimo de Oeiras ou para onde quiser, mas não numa via para veículos automóveis, como certamente também não iriam para a via férrea logo ali. Muita gente esquece o mei ambiente durante todo o ano e depois num dia lavam as consciências, depois, no dia seguinte, tudo volta ao mesmo.
Quanto às “festas de Algés”, queira-me desculpar, mas desconheço de todo o assunto em referência.
Atentamente,

António Manuel Bento, um cidadão ao serviço da comunidade

pedro disse...

Caro Sr Manuel Bento ... o Sr. é daqueles q marcha para o outro lado e pensa q é o único q está a marchar bem ... tem alguma lógica o q o Sr, diz??!!! Pq é q ao fdsemana em vez de andar no seu automóvel, com tão poucos km a poluir, não continua a andar de transportes e faz o magnifico passeio de comboio pela marginal ... e deixa as boas iniciativas correrem!!!!
Constato também q o Sr. só lê o q lhe interessa ... eu disse: "para igualar as horas, dias e meses q passo na mata e instalações adjacentes ... cortes de ténis, pistas de atletismo, circuitos de manutenção ou percursos para bicicleta..." acha mm q só n poluo nesse referido dia??!!!
A sua inflexibilidade de pensamento é horripilante ... só pq a marginal foi feita para andar automóveis quer dizer q um dia de lés a lés n se possa alterar os conceitos??!!! O Sr. come e veste as mm coisas a cada dia da semana??!!! O Sr. é completamente cinzento ... porque é q não limpa as suas armas e vai caçar animais inofensivos para a sibéria??!!! isso sim, era um verdadeiro serviço q fazia a ESTA comunidade.

Anónimo disse...

Caro Pedro V S

Não o conheço logo não sei se tem automóvel (o sr AMB é que o deve conhecer porque sabe tudo da sua vida, ou presume saber...).
Esta minha intervenção tem apenas a finalidade de um alerta a respeito do cidadão de quem se fala. Não vale a pena, não se incomode a responder, ele lê mas não faz a digestão do que lê, as nuances da escrita passam-lhe completamente de lado, anda há dois anos a envidar uma luta pateta (e patética) contra a "Marginal sem Carros" sem entender a mensagem que se pretende fazer passar. Assume-se como honesto e risca carros de terceiros, assume-se ao serviço da comunidade e incentiva e participa no arrancar de placas de estacionamento atribuídas pela CMO a pessoa deficiente.
A personagem AMB não existe; deve ser um "nick" comum a vários individuos que aqui vêm à vez escrever umas coisas. O discurso não é coerente, a forma e conteúdo da escrita iden iden e a fiabilidade da escrita também não.
Quer um conselho de um desconhecido? Deixe-o a falar sózinho.
Sobre o assunto do post, não desista, não desistam. Estamos num país terceiro-mundista mas compete-nos a nós fazer a mudança.

Um abraço da freguesia de Algés.

pedro disse...

Caro Algesino ... já tinha constatado algumas das coisas q descreve ... mas de qq modo muito obrigado pela "dica". Sim, já tinha chegado ao fim da linha (esta n deve poluir!) de apresentação de argumentos em como a carreira de tiro, incomoda, poliu e está desenquadrada no mapa habitacional de linda-a-Velha ...
Vou deixar o Sr. Manuel Bento continuar a debitar argumentos sem nexo á vontade.
Muito obrigado
Pedro V.S.

antonio manuel bento disse...

Algesino,

Quando os argumentos escasseiam e a verdade foge dos pés daqueles que se julgam senhor(a)es da razão parte-se então para o ataque pessoal vil, tentando, com as falsidades do costume e afirmações vis, tirar a credibilidade àqueles que a têm. Consideram-me uma “sociedade”, um antro, o covil onde se reúne um vasto leque de conspiradores que encontra no Oeiras Local o espaço ideal para dar eco ao descontentamento popular. Pois bem, lamento, mas eu, António Manuel Bento sou um cidadão UNO. Pena que quem lança essas falsidades anónimas na praça pública (outrem) tivesse já recusado diversos encontros/jantares onde ai sim, poderia ter a oportunidade de trocar ideias, impressões e caminhos a seguir no nosso Oeiras Local. Mas não, ao invés de apresentar uma postura recta e consentânea com o espaço de internet de referência, outrem enverga uma postura endeusada convencendo-se de que todos lhe devem e de que a ninguém tem que prestar contas; engana-se, no Oeiras Local o Povo é soberano e os leitores sabem onde paira a verdade, como também sabem observar pelo teor do que escreve quem é que o “algesino(a) é!
Lamentável a todos os níveis esta situação para o Concelho de Oeiras.

António Manuel Bento, um cidadão ao serviço da comunidade.

Isabel Magalhães disse...

Só há duas formas viáveis de lidar com leitores de uma determinada estirpe - apagar tudo o que escrevem ou votá-los ao ostracismo.

Dá-me menos trabalho optar pela segunda.

Anónimo disse...

Ó BENTO,

VAI MAS É CAÇAR PATOS-BRAVOS !!!

DAQUELES QUE ESTÃO PRA T'ATURAR... OS DO IOMAF, P.EX.

Anónimo disse...

Este Bento passou-se das marcas. Mandem-no pra senhora que o pariu.

Anónimo disse...

D. Isabel Magalhães e demais editores deste blog;

Apenas dois pontos:

1 - Gabo-vos a paciência, a boa vontade e o espírito democrático de permitirem que determinados escrevinhadores aqui participem;

2 - Porque também sou "uno e único" e principalmente porque NÃO PERMITO A NINGUÉM que me troque o 'género', autorizo que publiquem o meu nº de identificação IP.

"Para bom entender meia palavra basta."

Cumprimentos da vizinha freguesia de Algés.

Isabel Magalhães disse...

Caro leitor algesino;

Fiquei sensibilizada com a oferta mas não vou publicar o seu IP. O algesino sabe que não é a 'outrém' e a 'outrém' sabe que não é o algesino. Isso basta.

Grata pela participação no blog.

Saudações de Linda-a-Velha.

IM

Anónimo disse...

Uma pequenissima pergunta....
Se a distancia é de, realmente, 89 metros... quanto é de desnível/altura entre o chão da carreira e a estrada que marca a zona habitacional?

Isabel Magalhães disse...

Passados que foram tantos anos e porque o assunto da Carreira de Tiro em vez de ter sido resolvido piorou - piorou na medida em que são agora permitidos disparos com armas de 9 mm e o horário de funcionamento foi ainda alargado - vamos voltar ao assunto.

Entretanto, lembrei-me que no seguimento destes comentários, houve um corajoso anónimo, desses que se servem do anonimato para agredir verbalmente quem tem opinião diferente e que resolveu atacar por e-mail - deve ter criado um email fatela só para, a coberto dessa capa, mostrar melhor a falta de educação que herdou - escrevendo coisas que não teria a coragem de dizer cara a cara. As palavras escritas nesse email dizem tudo desse anónimo e nada das pessoas a quem as dirige.