São 2100 os novos fogos previstos, a construir em terrenos da Reserva Agrícola Nacional, de Barcarena, Tercena até Queluz-de-Baixo. Ia acabar por ter de falar disto mais tarde ou mais cedo, da guerra do Isaltino com o Conselho de Administração do Taguspark , e o mais recente projecto urbanístico do Grupo Espírito Santo também.
A verdade encontra-se presente na frase auto-explicativa de Isaltino Morais sobre este projecto:
"interesse manifestado por diversos proprietários em vir a desenvolver intervenções urbanísticas na área em causa e no interesse emergente em vir a consolidar a estrutura urbana dos aglomerados".
Podemos concluir que os "diversos proprietários" vão ganhar uma pipa de massa com a reconversão dos seus terrenos agrícolas para superfícies urbanizáveis. É aqui, na venda de terrenos, que se dão os maiores lucros. É normal haver rentabilidades a atingir os 80% ou mais, com a reconversão dos terrenos. A construção das habitações só têm um retorno de 30%, espaçado pelo tempo de construção e venda, regra geral, 2 anos. É um modo de ganhar a vida.
Só para aguçar a curiosidade, apresento de seguida algumas fotos dos locais em questão. Uns já estão urbanizados, e noutros são objectos do plano de pormenor, um processo administrativo hábil de contornar o PDM e onde reside a grande parte do poder dos autarcas, mas que só deve ser utilizado se daí houver manifesto interesse público e não o interesse dos proprietários de terrenos.
Para mim é bastante claro que os vereadores do PSD ou a CDU devem apresentar uma queixa formal no I.G.A.T. ou no M.P, porque senão, estarão a ser coniventes com todo este processo. Não basta ficarem "assustados"... foi exactamente para este tipo de coisas que eles foram eleitos.
A verdade encontra-se presente na frase auto-explicativa de Isaltino Morais sobre este projecto:
"interesse manifestado por diversos proprietários em vir a desenvolver intervenções urbanísticas na área em causa e no interesse emergente em vir a consolidar a estrutura urbana dos aglomerados".
Podemos concluir que os "diversos proprietários" vão ganhar uma pipa de massa com a reconversão dos seus terrenos agrícolas para superfícies urbanizáveis. É aqui, na venda de terrenos, que se dão os maiores lucros. É normal haver rentabilidades a atingir os 80% ou mais, com a reconversão dos terrenos. A construção das habitações só têm um retorno de 30%, espaçado pelo tempo de construção e venda, regra geral, 2 anos. É um modo de ganhar a vida.
Só para aguçar a curiosidade, apresento de seguida algumas fotos dos locais em questão. Uns já estão urbanizados, e noutros são objectos do plano de pormenor, um processo administrativo hábil de contornar o PDM e onde reside a grande parte do poder dos autarcas, mas que só deve ser utilizado se daí houver manifesto interesse público e não o interesse dos proprietários de terrenos.
Para mim é bastante claro que os vereadores do PSD ou a CDU devem apresentar uma queixa formal no I.G.A.T. ou no M.P, porque senão, estarão a ser coniventes com todo este processo. Não basta ficarem "assustados"... foi exactamente para este tipo de coisas que eles foram eleitos.







A política de urbanizar terrenos outrora agrícolas acarreta um impacte ambiental, degradação da qualidade de vida, diminuição dos espaços de compensação e de refúgio ambiental, aumento do esforço nas redes de abastecimento de água, saneamento, electricidade e vias de comunicação.
Passando de um panorama de desenvolvimento policêntrico para um alastramento - ou consolidação segundo o ponto de vista de Isaltino - às áreas anexas, teremos uma mancha urbana onde os seus habitantes dificilmente poderão continuar a usufruir de um ambiente saudável, limpo e natural. Fica dado o alerta para as forças políticas responsáveis na questão e responsabilizáveis pela tutela se nada fizerem.
Passando de um panorama de desenvolvimento policêntrico para um alastramento - ou consolidação segundo o ponto de vista de Isaltino - às áreas anexas, teremos uma mancha urbana onde os seus habitantes dificilmente poderão continuar a usufruir de um ambiente saudável, limpo e natural. Fica dado o alerta para as forças políticas responsáveis na questão e responsabilizáveis pela tutela se nada fizerem.
7 comentários:
DC;
Excelente artigo. É essencial que se divulguem situações destas para que todos tomem conhecimento da actual realidade do concelho de Oeiras.
***
I.
Eu também ainda acredito no "Pai Natal"... Ih! Ih!Ih!
O caso apresentado não é novidade e já foi discutido em sede de reunião de bancada do grupo parlamentar da Assembleia Municipal do PSD.
Daí saiu uma decisão de ser necessário criar um Movimento Cívico designado " Salvem Barcarena " - em tudo semelhante ao criado em Caxias e que impediu a realização da Cidade Judiciária.
Penso assim, que é importante reunirmos um grupo de " defensores do património ecológico do Concelho " e lutar para que Barcarena não seja também ela, aglutinada pelo betão.
Saudações s-d.
Estou completamente a favor desse movimento cívico. Sff enviem-me depois o contacto para poder participar. Ou então ao "OeirasLocal" para ser afixado no blog.
SFF consultar edital 225/2007, de 11 de Maio da CMO e publicado hoje no DN. Será que têm alguma coisa a haver com isto? O terreno é em Tercena. Estará em discussão pública a partir de 28 de Maio, na CMO, divisão de licenciamento.
Quanto ao acesso via internet, ainda não estão disponível (nem sei quando é que vai ser) os editais no site da CMO. O motor de busca nas actas e deliberações também não funciona bem.
É um abuso!
Como pode a Camara de Oeiras explicar a utilização de terrenos agrícolas devolutos para construir urbanizações sejam elas de luxo ou de "custos controlados", comprometendo assim o futuro de muitas gerações vindouras, em todas as suas vertentes; a descaracterização das localidades cujo patrimonio historico e cultural passa por preservar as suas casinhas típicas, campos de cultivo, recursos de água,ambiente familiar e de vizinhança, etc.
Construir prédios em bairros tipicos de aldeia,com ruas/caminhos de hortas inclinados, sem espaço suficiente para um carro, quanto mais para passeios laterais, ladeadas por moradias baixas antigas, destroi para sempre a alma de um povo.
Devia ser considerado crime, especialmente quando se vêm predios e predios dentro e fora da ciadade, degradados à espera da recuperação que tarda em chegar.
Tá tudo dito....
Enviar um comentário