Caros amigos
Mais uma vez aqui vai para publicarem, se assim entenderem.
Aproveitando a iniciativa in illo tempore, do José António, a propósito de couves...e hortas.
HORTAS sim. Mas porque carga de água não hão-de ser, novamente, no nosso tempo. Será que os Oeirenses se julgam menos saloios só porque, na sua grande maioria são ou descendem de provincianos, transmontanos e quejandos.
Durante séculos estas terras, algumas de barros (termo comum até meados do séc. XX), outrora reguengas, senhoriais, aforadas, baldias foram mourejadas (sim, por mouros) de pão, de vinhas, de pomares e também de hortas indispensáveis ao aprovisionamento das mesas dos palácios e dos casebres (casas saloias de que poderemos voltar a falar).
Bolas...já dobrei o meio-século na idade. Mas não tinha chegado cá sem o que a horta e a capoeira produziam. Bem sei que agora temos as "cinoiras" (lembram-se da Beatriz Costa na Aldeia da Roupa Branca) de França e os frangos da "Sicassal".
Em cima vai uma imagem de hortas, de há algum tempo, no Vale da Terrugem, perto do Alto do Lagoal. Ainda no passado Natal, um dos simpáticos hortelãos ofereceu-me umas belas pencas que deram acompanhamento ao bacalhau da véspera e roupa velha do dia.
Soube de uma experiências de horta social desenvolvida na Outorela pela CMO. Porque espera a autarquia para prosseguir e dinamizar a instalação de pequenos lotes de terra e a sua atribuição em regime de comodato, por exemplo, a quem a queira fabricar, aproveitando espaços não ocupados ou os vales das ribeiras onde não deveria ser possível construir (estão a ver aquelas Torres por cima de Paço de Arcos, junto da Ribeira), de acordo com o Plano Director Municipal. As hortas sociais também podem ser um excelente instrumento pedagógico junto das novas gerações.
Porém, lamentavelmente, há quem confunda desenvolvimento sustentado com progresso. Ruralidade, só lá para o interior do país abandonado.
Atrevia-me a fazer um desafio aos colaboradores e visitantes deste blog. Identifiquemos por imagens e palavras sítios deste Concelho onde há quem resista e persista em continuar a produzir alimentos.
Fernando Lopes
Mais uma vez aqui vai para publicarem, se assim entenderem.
Aproveitando a iniciativa in illo tempore, do José António, a propósito de couves...e hortas.
HORTAS sim. Mas porque carga de água não hão-de ser, novamente, no nosso tempo. Será que os Oeirenses se julgam menos saloios só porque, na sua grande maioria são ou descendem de provincianos, transmontanos e quejandos.
Durante séculos estas terras, algumas de barros (termo comum até meados do séc. XX), outrora reguengas, senhoriais, aforadas, baldias foram mourejadas (sim, por mouros) de pão, de vinhas, de pomares e também de hortas indispensáveis ao aprovisionamento das mesas dos palácios e dos casebres (casas saloias de que poderemos voltar a falar).
Bolas...já dobrei o meio-século na idade. Mas não tinha chegado cá sem o que a horta e a capoeira produziam. Bem sei que agora temos as "cinoiras" (lembram-se da Beatriz Costa na Aldeia da Roupa Branca) de França e os frangos da "Sicassal".
Em cima vai uma imagem de hortas, de há algum tempo, no Vale da Terrugem, perto do Alto do Lagoal. Ainda no passado Natal, um dos simpáticos hortelãos ofereceu-me umas belas pencas que deram acompanhamento ao bacalhau da véspera e roupa velha do dia.
Soube de uma experiências de horta social desenvolvida na Outorela pela CMO. Porque espera a autarquia para prosseguir e dinamizar a instalação de pequenos lotes de terra e a sua atribuição em regime de comodato, por exemplo, a quem a queira fabricar, aproveitando espaços não ocupados ou os vales das ribeiras onde não deveria ser possível construir (estão a ver aquelas Torres por cima de Paço de Arcos, junto da Ribeira), de acordo com o Plano Director Municipal. As hortas sociais também podem ser um excelente instrumento pedagógico junto das novas gerações.
Porém, lamentavelmente, há quem confunda desenvolvimento sustentado com progresso. Ruralidade, só lá para o interior do país abandonado.
Atrevia-me a fazer um desafio aos colaboradores e visitantes deste blog. Identifiquemos por imagens e palavras sítios deste Concelho onde há quem resista e persista em continuar a produzir alimentos.
Fernando Lopes
8 comentários:
Caro Fernando Lopes,
Os meus parabéns pelo seu interessante texto. Apareça mais vezes em blog!
António Manuel Bento, um cidadão ao serviço da comunidade
Caro leitor Fernando Lopes;
Renovo os agradecimentos - entretanto já enviados por e-mail - por mais este excelente contributo com que favoreceu o 'Oeiras Local'
Saudações
Isabel Maria de Magalhães
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Caro Fernando,
Parabéns pela peça que nos enviou.
Ainda há quem resista...
Há, mas estou em crer que são maoritariamente idosos, que sempre viveram assim, e que vão 'sustentando' alguns pedacitos de terra para obterem um pouco de sustento.
Com o tempo, estes acabarão por morrer, como todos nós, e o que vai acontecer a essas hortas ? Restará alguém para a elas se dedicar ? Não o creio.
A nova geração, consumista, não faz... compra tudo feito...
Concordo que seria útil que a autarquia disponibilizasse alguns lotes de terreno para quem os quisesse explorar. Era uma forma de rentabilizar terrenos onde não se pode (deveria...) construir.
Tenho dúvidas é que aparecesse alguém para 'sujar as mãos na terra'.
É pena. Oeiras não devia ser só betão.
Quanto ao desafio, se eu descobrir alguma coisa não deixarei de publicar.
Continue a mandar-nos as suas colaborações.
Abraço,
.
Caro Fernando Lopes;
Em relação ao desafio, na A5 no sentido Lisboa Cascais, e antes do desvio para Linda-a-Velha / Carnaxide, toda a beira da auto-estrada está cheia de hortas com os respectivos bidons para a rega.
Onde recolhem a água é para mim um mistério. :)
Fotos: - Impossível conduzir e fotografar. :)
Saudações.
IM
Leitores de OL,
Como é possível, que nos dias de hoje, se tentem implantar hábitos já idos... e que essas tentativas sejam por vezes realizadas por pretensos entendidos?
Cump.
Mário Augusto
.
Face a determinados comentários [comentários ??!!!] apetece citar um amigo meu, GRANDE Senhor do Direito e das Letras
" aturar os comentadores anónimos que insultam quem não conhecem, a coberto do quentinho de não darem a cara. "
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Quais ANÓNIMOS ??!!
Anómalos talvez...
Pela conversa insidiosa e provocadora só pode ser o porco fascista do silvas.
Temos que pensar numa maneira de só serem permitidos comentários a comentadores registados, não só no Blogger, mas no próprio Oeiras Local. Um registo do tipo 'conta' como existe nos muitos sites.
Quem quiser comentar tem que ter uma 'conta'. Se não tiver, abre uma.
Não é inédito e, mesmo que toda a informação fornecida seja falsa, o endereço de mail não o pode ser, por causa da confirmação de registo. E este permite sempre rastrear os comentadores e eventualmente agir judicialmente contra os abusadores.
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" Caro Fernando Lopes, Apareça mais vezes em blog!
António Manuel Bento, um cidadão ao serviço da comunidade "
Ó senhor Bento!
Olhe que o 'blog' ( eu ) não tem €€€€€ para lhe pagar as suas funções de Mestre de Cerimónias! (Que aliás nem lhe competem!) eheheh!
E ainda me 'diz' - repetidamente - 'Prepare-se-se melhor intelectualmente!'... 'Eduque-se!'
O senhor é um 'cromo' tamanho 'POSTER'!!!
Fico a aguardar o seu cv. eheheheh!
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