PSD
Manuela Ferreira Leite e Pedro Passos Coelho disputam ombro-a-ombro a liderança do PSD, de acordo com uma contagem de espingardas, distrito a distrito, feita pelo SOL. Passos Coelho parece assim recuperar terreno, depois do enorme favoritismo atribuído à partida a Ferreira Leite. Santana Lopes fica-se, por ora, pelo terceiro lugar (...)
11 comentários:
Favoritismo atribuído a Ferreira Leite? So se houver muita gente com falta de memória que já se esqueceu do que foi a passagem da senhora pela Educação e pelas Finanças.
E eu alerto que me lembra muito bem o que foi a passagem do PSD pelas lides governativas. PS e PSD diferentes mas iguais .
Neste conjunto de boa e exclente memória gostaria de fazer coro e dizer que me lembro muito bem do que foi o GONÇALVISMO e o verão quente de 1975.
Não sei se se lembram que, nós portugueses, já tinhamos acesso a cartão de crédito e foi-nos retirado o direito de o usar no estrangeiro. Claro que isto é uma coisa de somenos, um simples cartão, dirão alguns, mas era o prenúncio das 'amplas liberdades' que aí vinham...
Tem razão Isabel, e acrescentarei também ao rol o Salazatismo e marcelismo e mais esta malfadada sina portuguesa de após de trinta e tal anos de regime dito democrático, continuarmos a ser o país da Europa com maior número de pobres.
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"... Não sei se se lembram que, nós portugueses, já tinhamos acesso a cartão de crédito..."
Desculpa Isabel, mas disseste NÓS...?!
Nós, quem?!
Os milhões de portugueses, muitos analfabetos, que nem o nome sabiam assinar, que não tinham conta bancária, e que recebiam os salários em dinheiro vivo naqueles envelopes manhosos feitos em sistemas mecanográficos?
Os milhões de portugueses que levavam o dinheirinho em notas e moedas para casa e que no primeiro dia do mês, à noite depois de jantar, repartiam aquele dinheiro em montes para pagar as contas e fazer as compras?
Desculpa, mas agora estiveste mal (Gonçalvismos à parte).
Naquela época quem é que eram os NÓS que tinham cartão de crédito?
Vá lá, faz um esforço. És capaz de fazer melhor que aquilo que fizeste. :)
Um aparte: O meu pai, que até era empregado bancário, nunca lhe vi um cartão de crédito na mão... aliás, só depois do grande boom da banca nos anos 80 é que comecei a ver cartões de crédito na mão da classe média, média-alta...
Aceito que não gostes daquele período. Foi uma época de exageros irracionais e irreflectidos motivados pelo entusiasmo dos participantes de ambos os lados, que condenou a revolução e a conduziu àquilo que hoje temos. Mas, por favor, não falseies a história.
bjs
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Caro 'excelente memória';
O Salazarismo, o marcelismo e todas as formas de ditadura têm que estar bem presentes para que não haja tentações...
Quanto à democracia... 'não é um sistema perfeito mas por enquanto ainda não se inventou um melhor'.
Já agora, dizia a Senhora minha avó que gostava de dizer umas coisas, 'mais vale comer meia sardinha em liberdade'.
No estado novo eramos os mais pobres, no gonçalvismo foi o que se viu, agora continuamos 'os mais pobres'... não acha que é uma questão de atitude? De má atitude... nossa, claro!
J;
Sem entrar em polémicas avaliações de quem 'esteve mal', explica-me lá melhor em que é que eu falseei a história? Queres dizer exactamente o quê, que não havia cartões de crédito antes do 25 de Abril de 1974? E o que é que isso tem a ver com os analfabetos? Serve de algum elemento inibidor de se intitularem portugueses os portugueses letrados?
A UNICRE emite cartões de crédito em Portugal há 34 anos e, antes da Unicre, havia cartões emitidos por alguns bancos. Eu tinha um, do Pinto & Sotto Mayor, de que não me envergonho nem me cria qq tipo de complexos porque era produto do meu trabalho como tradutora/intérprete e como Técnica de Turismo da DGT onde, curiosamente, vê lá tu! tb recebia o parco vencimento em notas e moedas no dito 'envelope mahoso'... :)
Quanto ao Gonçalvismo, - que não 'à parte' porque foi o despoletar do teu 'comentário' - sabes de há muito que sou ANTI-QUALQUER-FORMA-DE-DITADURA, seja ela de que banda for...
"Sem 'roncores'"! :)
bjs
I.
A dentadura do proletariado sempre foi a cárie da burguesia . Dá-lhe Falâncio. Eu também sou contra qualquer dentadura , prefiro as peças dentárias originais .
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Cara Isabel,
Ou percebeste mal ou eu não me expliquei bem. Das duas, três... :)
A questão é que naqueles anos eram poucos aqueles que tinham acesso a um cartão de crédito.
Este era apenas para quem detinha grandes fortunas. Mellos, Burnays... por aí. Gente desse nível, que nada tinha a ver com o 'povo'. Este, na maioria, nem sequer conta bancária tinha.
O analfabetismo relaciona-se com isso, ter conta bancária. Pois se milhões nem o nome sabiam assinar, quanto mais preencher todas as dezenas de documentos, formulários e etecéteras necessários, quer para abrir uma conta bancária, quer para a gerir.
Ao falares em "nós portugueses", para alguém mais novo que desconheça a realidade social e económica daquela época, estás a passar a ideia de que a maioria - o que representa milhões - de portugueses tinham cartão de crédito. O que é falso. Quanto muito seriam umas centenas, talvez nem um milhar.
É a isto que chamo 'falsear' a história. Julgo ser necessário um pouco mais de rigor.
Sobre a medida do governo de Vasco Gonçalves, não me recordo das razões que a motivaram. Mas não me surpreenderia se tivesse na origem o evitar a fuga de grandes fortunas e do capital para o estrangeiro, para evitar o empobrecimento do país, fuga realizável através, p.ex. da compra de bens móveis e imóveis. E a fuga dos próprios capitalistas, que não queriam prestar contas ao país, como acabou por acontecer aliás com a tomada do poder pelo centro-direita no 25 NOV 75. E continua...
bjs,
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J;
Eu escrevi uma resposta ao teu comentário [26/Mai/2008 16:18:00] mas não o vejo aqui - deve ser obra do'Blogger'. Vou procurá-lo no correio e depois publico-o novamente.
bj
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Passos Coelho à frente?
Nos tempos que correm precisávamos mesmo é de quem tirasse um Coelho da cartola. Arriscamo-nos - é que nos dê um Passe maior que o do Sócrates. Mal por mal fico-me com este! Nes passos nem Coelho vão descobrir petróleo em Portugal nem dar formação adequada a um pvovo e a uma classe dirigente que a não têm!
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