terça-feira, 17 de março de 2009

Jardim Parque Anjos, Algés


O Jardim do Parque Anjos do lado da Av. dos Combatentes G. Guerra, tem um arranjo paisagístico que deveria ser apreciado por todos pois espraia-se por “canteiros” com plantas diversificadas e com indicação dos seus nomes. Porém a sua concepção torna difícil o acesso a pessoas com dificuldades motoras, cadeiras de rodas e carrinhos de bebé.

Todo o arranjo está suportado em pequenas plataformas de calçada desniveladas cerca de 13 cm, obrigando a subida e consequente descida de quase vinte deste tipo de degraus. Existem três bancos nestas plataformas que, em dia de soalheira, são muito agradáveis de utilizar pela sombra que os beneficia.

Um dia falei numa reunião pública da Câmara deste arranjo lamentando que o acesso não tivesse contemplado apenas uma suave rampa para melhor se percorrer, mantendo-se os canteiros em plataformas, mas foi-me respondido qualquer coisa como que o desenho era para ficar assim. Que este arranjo é interessante não se pode negar; porém a sua concepção não teve em conta as recomendações de acessibilidades para os cidadãos com limitações.
Artigo publicado no Correio do Leitor, Jornal de Oeiras, desta data

4 comentários:

Anónimo disse...

Decorreu hoje no auditório do Alto da Barra uma conferência promovida por Oeiras Global e um dos assuntos focados foi o das barreiras que ainda existem para os cidadãos portadores de deficiência.

Maria da Graça Torres

Anónimo disse...

Constata-se que se trata de uma câmara que tem sempre a certeza e raramente se engana.

Anónimo disse...

Tem a Clotilde toda a razão. Mas vá lá a gente convencer os arquitectos da importância da funcionalidade das coisas. Hoje não se admite que não haja tal preocupação.

Unknown disse...

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Olá Fernando,

Ninguém me encomendou o sermão - não sou arquitecto nem tenho nenhum na família, mas é uma questão de justiça - por isso vim aqui só para dizer que na maior parte dos casos a responsabilidade nem é dos arquitectos.

Frequentemente as acessibilidades estão previstas nos projectos arquitectónicos (é só consultá-los quando estão para consulta pública, com plantas e maquetas).

O problema (desmazelo) começa quando se passa à prática, à construção.
Muito é posto de parte e/ou ignorado pelos construtores, geralmente por razões económicas, para poupar dinheiro.

E o resultado final é o que conhecemos.

Abraço a todos,
Z.

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