sexta-feira, 24 de abril de 2009

APL quer viabilizar heliporto no terrapleno de Algés


23 de Abril de 2009
A Administração do Porto de Lisboa (APL) quer ceder uma parte do terrapleno de Algés (Oeiras) a privados para construção de um heliporto comercial com quase três mil metros quadrados.
Em declarações à Lusa, a presidente da Junta de Freguesia de Algés, Alda Lima, explicou nunca ter sabido do projecto até receber em Janeiro um edital da entidade portuária, gestora daquele terreno ribeirinho, onde o presidente do conselho de administração, Manuel Frasquilho, afirmava que um privado com «direito de preferência» pedira a atribuição de título de utilização de uma parcela de cerca de 2.976 metros quadrados.
No documento, o responsável referia que o objectivo era desenvolver, na zona junto à Torre «VTS», a actividade de «exploração comercial de um heliporto e apoio ao serviço de transporte aéreo, bem como à comercialização de trabalhos aéreos por meio de helicópteros por si operados».
«Mandei logo para a Câmara para dar conhecimento e pedi esclarecimentos à APL, disseram que está tudo previsto, que estava a correr os seus trâmites e que não houve reclamações nos trinta dias de discussão pública», contou a autarca.
Segundo Alda Lima, a APL referiu que as licenças só seriam emitidas quando houvesse o parecer positivo de várias entidades, inclusive do Instituto Nacional de Aviação Civil, mas a Junta de Freguesia opõe-se à localização da infra-estrutura e defende a extensão da obra do Passeio Marítimo de Oeiras até Algés para usufruto da população.
A presidente considera mesmo que a escolha do terrapleno é «inconcebível» e uma «aberração», porque cria «mais uma barreira entre as pessoas e o Tejo» e permite a ocupação de uma área que, no seu entender, deveria destinar-se ao lazer, à cultura e ao desporto.
«Não sei o que vão argumentar, mas mesmo que seja para acorrer a tragédias, porque não fazê-lo numa zona mais deserta?», questionou.

O terrapleno de Algés tem estado desde Janeiro no centro de outra polémica entre a APL e o município relacionada com a construção da nova sede da empresa, uma obra contestada pelo executivo municipal e pela Junta e alvo de um abaixo-assinado que conta já com mais de 1500 assinaturas.

Diário Digital / Lusa


Notícia gentilmente enviada por:

Morador NO http://fundicaodeoeiraseseutermo.blogspot.com/

7 comentários:

Unknown disse...

.

Com tantas modernices a sede de concelho ainda passa para Algés... :)

Estes romanos são doidos!.

Isabel Magalhães disse...

Este país parece o 'Concurso dos Disparates'.

Cada um que chega tem uma ideia ainda mais estapafurdia que o anterior.

Até quando vamos aguentar esta 'colecção de cromos'?

floripes disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Pergunta: A Câmara Municipal "mais à frente" o que é que está fazendo sobre o assunto?

Francisco da Silva disse...

Assinem contra o heliporto em:

http://www.petitiononline.com/heliport/petition.html

Ruvasa disse...

Viva, Isabel!

Então e depois onde vou eu ver os magníficos espectáculos do "Cirque du Soleil" e outros semelhantes, não me dizem? E acabam também com o "Siesta"? Ora esta!...

O que é que se diz de um país cheio de gente com muitas ideias, quase todas cretinas?

"País de cipriotas" ou... algo assim parecido, não?

O Manuel é mesmo Manuel ou tem outro nome próprio também começado em "M" e terminado em "uel"?

Abraço e que GOD help us, if He can!

Ruben

E disse...

Onde é que eu assino a favor do Heliporto?

Acho uma excelente ideia, vai melhorar as acessibilidades a Algés e Miraflores e também dar maior protagonismo aos bombeiros e protecção civil, e facilitar a evacuação médica de , por exemplo, feridos em acidentes de viação, etc.

Já se faz em Nova Iorque este tipo de infra-estruturas - heliportos em zonas portuárias. Porque não aqui? Para passeios turísticos ao longo do Tejo.

Eu gosto da Alda, mas acho que ela se precipitou.