domingo, 25 de maio de 2008

Da caixa de comentários



Caro Senhor Luz Soreano
Os meus respeitosos cumprimentos,

A sucessiva reeleição de Isaltino Morais (ao longo de 22 anos) vem provar que ele prossegue uma política social e de desenvolvimento do concelho de Oeiras, no seu conjunto. Mostrou ser um homem sério e com imensa iniciativa, é um autarca absolutamente ímpar. O senhor acha que se ele fosse um cretino ou um corrupto o Povo que é soberano e inteligente, alguma vez mais o elegeria, penso que um Povo livre, idóneo, jamais o faria, julgo eu.

Sabe eu nasci no concelho de Oeiras, e ao longo dos meus actuais 75 anos de idade, raramente (pontualmente) vi as famílias naturais do nosso concelho e os jovens em particular a reclamarem por falta de habitação, tanto mais que, Isaltino Morais diz que o maior índice de cidadãos com formação superior existe justamente no concelho de Oeiras. Isso indicia que existe aqui muito poder de compra, excepcional mesmo, a ver pelos factos que nos referem, com habitações a partir dos 300.000 Euros, até mais de 2.000.000 Euros.

Consta que, apenas os imigrantes estrangeiros, chegados a Portugal nos últimos 15 a 10 anos, e outros, imediatamente após a descolonização das nossa colónias africanas, é que não dispunham ainda desses recursos económicos (a maioria estuda, muitos deles em universidades, outros trabalham e estão absolutamente inseridos na nossa cultura e sociedade multiracial e multicultural …) assim e legitimamente, Isaltino Morais, no ano 2000 erradicou todas as barracas, e nesses terrenos construiu mais habitações e condomínios de luxo, em seguido, teve a possibilidade de oferecer habitações dignas a esses imigrantes, uns nacionais e outros estrangeiros, africanos no geral.

O povo que aqui nasceu, nunca reclamou, logo admite-se que esteja absolutamente integrado, naturalmente dotado de todas as condições de vida, algumas até de excepção, para sustentarem bons empregos e standards de qualidade de vida, bem acima da média europeia.

Dado que os oeirenses suportam facilmente todos esses custos de habitação, incluindo as novas e crescentes centralidades urbanas de algumas freguesias do interior do concelho (com menos densidade urbana, e que é urgente povoar …) como a de Barcarena, onde na antiga fábrica da pólvora de Barcarena (que não conheço, mas vejo nas fotografias) detém lindíssimos espaços e moradias de luxo, com piscinas, campos de golfe, e custos suportáveis para todos, excelentes iniciativas e promoções do BES.

Meu caro em Oeiras tudo vai bem, afinal quem estará errado, os oeirenses ou o senhor?

Com apreço,

Um elemento do Povo, de uma freguesia do concelho de Oeiras

4 comentários:

Anónimo disse...

Quem escreve estes comentários, revela ser uma pessoa que conhece a realidade do concelho de Oeiras, parabén.

Anónimo disse...

Mas como é que o autor desta carta sabe que o sr. morais não é corrupto? Está tudo bem? Só se for para ele, pois centrros de saúde nem vê-los nem cheirá-los. O Concelho parou com o regresso do sr. morais. Temos o SATU sempre vazio. Tem a certeza que o dito cujo não tem ideias cretinas?

Isabel Magalhães disse...

Não sabia que o presidente da CMO já tinha sido julgado... e condenado. Quando foi isso? :)

'Centros de Saúde nem vê-los nem cheirá-los'?!

Mas houve algum sismo no concelho de Oeiras na noite passada? Eu juro que na minha freguesia há/havia Centro de Saúde! Faltam uns milhares largos de médicos de família mas também estava convicta que era culpa da política de saúde do (des)governo vigente. Então afinal a culpa é do 'Sr. Morais'? Pois muito me conta! E os outros centros de saúde das outras freguesias? É confusão minha? Alucinei? :)

Que o SATU anda 'cheio de vazio' e o 'COMBUS' anda bastante vazio, aí acertou, confirma-se. Que muito mais poderia ter sido feito, é um facto. Que faltam políticas de ordenamento do território também concordo. Que os bairros sociais deveriam ter tido outra 'orientação' para evitar os guetos, iden iden, mas... 'A César o que é de César'.

Já agora, por gentileza, e se não for muito incómodo, diga-me o que foi feito no concelho de Oeiras entre 1974 e a ida do PSD para a CMO.

E não, não votei IOMAF em 2005, o que não me retira, de todo, imparcialidade. E porque não me escondo para dizer o que acho assino o comentário como é meu hábito.

Isabel Magalhães

Anónimo disse...

Mas o texto do sr. elemento do povo - de uma freguesia do concelho de Oeiras, é uma peça digna de figurar em qualquer manual de escrita criativa dado que enferma da ironia fina do antónimo aliado à verve laudatória da perspicácia militante.
Assim, as conjuções e locuções conjuncionais coordenativas disjuntivas que o poderiam fundamentar, foram substituidas pelas conjuções e locuções conjucionais subordinativas causais, pinceladas com a interjeições de aplauso . Et voilá.