Na praia, no Verão
Jogava-se ao prego, à tarde
E ás vezes ao ringue,
Enquanto as senhoras bordavam
E alguns começavam a namorar.
Namoros de Verão
Que acabavam no Outono,
Diziam...
À noite bebia-se capilé no jardim
E os namoros continuavam.
Namoros de olhares,
De frases,
De pequenos roçar.
Em Setembro, na minha praia
As marés vivas invadiam a areia
e os corações começavam a apertar
e o Verão ia findando.
Contavam-se os dias,
trocavam-se moradas,
selavam-se promessas.
E Setembro avançava:
mais um banho,
mais um jogo de prego,
só mais um,
só mais uma
e de repente
as malas
a partida
e até para o ano.
O Setembro da minha praia
Ainda me dói na alma
E traz saudades molhadas aos meus olhos.
Jogava-se ao prego, à tarde
E ás vezes ao ringue,
Enquanto as senhoras bordavam
E alguns começavam a namorar.
Namoros de Verão
Que acabavam no Outono,
Diziam...
À noite bebia-se capilé no jardim
E os namoros continuavam.
Namoros de olhares,
De frases,
De pequenos roçar.
Em Setembro, na minha praia
As marés vivas invadiam a areia
e os corações começavam a apertar
e o Verão ia findando.
Contavam-se os dias,
trocavam-se moradas,
selavam-se promessas.
E Setembro avançava:
mais um banho,
mais um jogo de prego,
só mais um,
só mais uma
e de repente
as malas
a partida
e até para o ano.
O Setembro da minha praia
Ainda me dói na alma
E traz saudades molhadas aos meus olhos.
Clotilde Moreira / Algés
Imagem: Convite lançamento do livro "Antologia do Clube de Poetas de Paço de Arcos" que teve lugar na Livraria-Galeria Municipal Verney, Oeiras, em Junho 2008
20 comentários:
Muito boa a foto e a descrição poética. Muito poucos anos depois tb. eu ia a banhos juvenis a Paço D'Arcos, com imberbes 6 anos. Goste de rever.
Clotilde;
Gostei imenso desta sua prosa poética e a imagem do convite veio mesmo a calhar... ;)
Também tenho recordações assim dos anos 60 na Praia das Maçãs e em Colares onde passava os meses de verão.
Clotilde;
Olhe, gostei muito, muito.
Senhora Clotilde,
Obrigado por partilhar conosco momentos de profunda inspiração. Sou um apreciador de poesia e da arte do sentir, palavras traços do imaginário versus presente numa expressão passada de outrora. A sua arte e escrita merecem os nossos Parabéns e espero por novas publicações!
António Manuel
PS, tENHO a vaga ideia de que a Senhora Clotilde é de Algés, será?
Parece-me que o Sr. Bento também só terá uma vaga ideia sobre cortesia e gentileza no dirigir-se a uma SENHORA . Falta-lhe a urbanidade dos gentis, daqueles que se respeitam respeitando os outros.
Caro/a elegância e cortesia, a personagem em causa tem ideias muito vagas a respeito de muitas «ondas».
Caro Senhor Lopes,
Gostaria de lhe perguntar, frontalmente, onde posso eu encontrar algum escrito seu neste blog que seja construtivo? Onde posso encontrar, não uma ideia - porque essas não as tem - mas uma opinião, algo que me faça acreditar que o Lopes "pensa"?!.. Se nada disso existe, então, deixe-se de provocações e indirectas reles, abstenha-se desse papel de ateador de fogos, de incendiário e respeite mais os leitores que aqui vêm. Senhor Lopes: Tenha s.f.f um comportamento mais rectal.
António Manuel Bento, um cidadão ao serviço da comunidade.
Ó sr. António Manuel Bento, se mal lhe pergunte, a sua mãezinha nunca lhe ensinou que é feio, em casa alheia, ser um "pespineta arrogante" .
E já agora aconselho-o, a inscrever-se numa qualquer universidade da terceira idade(aceitam candidatos com o alemão) para poder perceber a calinada dada, sempre que insiste em escrever "comportamento rectal".
Senhora Anunciação,
É triste, muito triste, que um homem quando se sente afectado tenha que chamar as mulheres para o defenderem. Muito triste.
Quanto ao seu comentário lamento apenas o seu teor, já que estamos aqui para discutir ideias, Oeiras ou outro temas que não se centrem no ataque vil a participantes deste espaço de blog que é o Oeiras Local. O seu comentário faz-me lembrar uma conhecida da minha zona - hoje acamada num lar - que morava num rés-do-chão. Debruçada na sua janela, de rés-do-chão, a Dona Ermelinda passava as tardes e as manhãs a ver quem passava, a ouvir conversas alheias, a intrometer-se nas vidas dos outros, a intrigar e a opinar sempre de modo depreciativo sobre quem não conhecia. Não condeno a Dona Ermelinda, afinal foi o seu marido e meu grande amigo - hoje perecido - Fagundes, que quis um rés-do-chão pois tinha medo de andar de elevador. O Fagundes desconhecia que o síndrome do rés-do-chão existe e afecta as mulheres. Senhora Anunciação este espaço não é “casa alheia”, é público e tem portas abertas para discutir assuntos diversos, agora, não estamos num rés-do-chão e muito menos num vão de escada; estamos no Oeiras Local e respeite-o como tal!
Atentamente e sem rancores,
António Manuel Bento, um cidadão ao serviço da comunidade.
PS, dou o assunto por encerrado e não respondo a mais provocações.
Genial. Grande gargalhada .
Uma comentário digno de figurar nos anais do OL, como dos melhores que foram feitos por si.
Muito boa essa sua história da conhecida Dona Ermelinda, do falecido amigo Fagundes e do Janota Bento, grande amigo do falecido da conhecida. E reparem que lhe deu um envolvimento psicológico ao referir que sofria do sindrome do rés-do -chão ....por mor de ter medo de andar de elevador .
Por favor , continue com a história , porque adivinho que o janota Bento foi dar as condolências à conhecida, viúva de seu grande amigo de sueca e de copos, como manda as regras e foi fulminado pelo cupido, pelo asseio da casa, pelo o naperon em cima da TV e pela bonequinha que enfeitava o sofá .
Por favor ... conte-nos o casamento abençoado do janota Bento, solteirão empedrenido por mor de passar a vida em quarteis, com a conhecida Dona Ermelinda, a quem começou a chamar senora Ermelinda , porém para a mesma não perder o ritmo, salte a parte do AVC e de a ter de meter num lar.
E também pode desabafar e contar-nos como se dedicou de alma e coração à Internet e ao OL , depois de ter sido expulso do seu grupo de amigos quando jogava à bisca lambida por fazer batota.
Atentamente e sem rancores
E já agora, cumprimentos à senhora Ermelinda e votos de boas melhoras.
Ó Xô Bento, ía apenas devolver-lhe o comentário e perguntar-lhe pelas suas ideias para o Concelho de Oeiras, além das que já sabemos, claro, «coisinhas cívicas» como arrancar um sinal de estacionamento atribuido pela CMO a pessoa deficiente,
mas você é tão baixinho, tão mal formado que só me ocorre mandá-lo para um sítio... à sua escolha.
Do «rectal» já nem vale a pena falar... você é mesmo BURRO todos os dias!
Não se esqueça de tomar os comprimidos.
Só mais uma coisinha, veja lá se adivinha porque é que não lhe apago os comentários.
Também posso responder? - Para podermos gozar com o "cidadão honesto ao serviço da comunidade". Acertei? Se acertei tenho direito a quê?
Senhor Lopes,
É com tristeza que observo que continua na sua toada incendiária; lamento o seu procedimento incorrecto e de baixo nível, mas não posso deixar passar incólume a afronta que me lança e que denegride o meu bom nome e a minha conduta recta. Quebro assim a minha vontade de não ceder às vis provocações, respondo-lhe com tristeza, falo porque me assiste o direito de esclarecer os leitores de Oeiras sobre as imprecisas frases soltas que, descontextualizadas, assumem naturalmente uma conotação menos sã e falsa, denotando a má fé de quem agride pessoas honestas, imprimindo-lhe pretensos comentários que sem a envolvente dos antecedentes e pressupostos que estiveram na sua origem os tornam inválidos e alheios à responsabilidade do visado. O barro que atira à parede não cola.
Quanto à adivinha que me lança e que de modo histérico e aflito responde com pseudónimo reles, tenho, infelizmente, que e uma vez mais, perante os leitores do blog dizer que de facto os meus comentários não são apagados porque existe uma Senhora de nível e classe que sabe estar e gerir este espaço de internet, não cedendo a pressões, sabendo que pluralidade de opiniões, a diversidade das politicas propostas e o debate de ideias se fazem com pessoas que sentem a terra onde nasceram e cresceram e que a vivem com orgulho e sentido de dever cívico; falo naturalmente da Senhora Isabel Magalhães, cidadã que muito prezo e admiro, apesar de algumas divergências normais no debate democrático.
Por isso e infelizmente - para si - uma triste conclusão se pode retirar : os meus comentários não são apagados por si porque o caro Lopes não manda; é mandado. Isso mesmo, mandado, e por isso não lhe é dada a autorização de apagar os comentários que o desmascaram.
Senhor Lopes: É muito triste quando um homem é mandado pelas mulheres.
António Manuel Bento, um cidadão ao serviço da comunidade.
Vim hoje de novo ao OL e estou bastante surpreendido com a maior parte do que aqui se disse.
Vou tentar não me desmotivar pois tinha encontrado neste espaço importantes informações e preocupações sobre este Município.
José da Mota Carvalho
.
Caro José da Mota Carvalho,
Veio e é muito bem vindo, como são todos aqueles que nos visitam com bons intentos.
Há é sempre uns quantos cujo propósito é tudo menos ser construtivo.
Mas quanto a isto, batatas...
Há muito que 'levamos' com eles e sempre aguentámos o balanço do barco.
O importante são todos os outros.
Aqueles que cá vêm para se informarem, para colaborarem com opiniões, para darem informações, para participarem, para referirem aspectos positivos ou negativos das suas freguesias, para, enfim, colaborarem activamente e de forma positiva neste espaço livre e independente.
Às vezes até só para se rirem, que é coisa que também gostamos de fazer (desopila o fígado).
Quem gosta, gosta. Quem não gosta...
Espero que as intervenções desavisadas de alguns visitantes não o desmotivem de passar por cá.
Caso tenha alguma sugestão, disponha do nosso endereço, no topo da barra lateral, para nos contactar.
Cumprimentos
.
Que chatice, sempre que uma pessoa se ausenta por mor de compromissos, só apanha este hilariante debate a meio.
Clorilde desculpe, mas o seu post não merecia ter um tal António Manuel Bento a dar-lhe cabo de um momento tão inspirado ...
Porém, como sabe quando se deixa de tomar os comprimidos, principalmente o Risperdal, a agitação e as efabulações voltam e depois dá nisto . Todavia, veja pelo lado positivo , é hilariante a história contada. Nem posso esperar pela continuação ...
O Lopes , nem vale a pena responder . Divirta-se que isto tá bom... LOL
Ó sr. António Manuel Bento , já agora , se não se importar , pode dizer qual foi o ilícito que cometeu para ter como pena do dr. Juíz, a prestação de serviços à comunidade ? Foi obrigado a prestar quantas horas de serviço comunitário?
Fique bem... e dê cumprimentos à sua esposa senhora Ermelinda e já agora , não se esqueça de a ir visitar ao lar todos os dias ... Olhe que se não for ainda lhe tiram a Ajudante domiciliária do Centro de Dia, que vai a sua casa limpar o pó .
E tome os remédiozinhos todos, incluindo os da tensão e diabetes para além dos da cabeça . Vai ver que se sente muito melhor . Olhe para não se esquecer vendem nas farmácias umas caixinhas e pede lá no Centro de dia que lhe preparem a medicação para uma semana .
E já agora ... por causa do "Tombstone Syndrome” saia, de uma voltinha no Jardim, fique a ver o jogo de sueca ... Mas não fale . E se se perder na rua ... Já toda a gente o conhece ...
[5 de Setembro de 2008 21:39]
«esclarecer os leitores de Oeiras sobre as imprecisas frases soltas que, descontextualizadas, assumem naturalmente uma conotação menos sã e falsa, denotando a má fé de quem agride pessoas honestas, imprimindo-lhe pretensos comentários que sem a envolvente dos antecedentes e pressupostos...»
Para que não subsistam dúvidas basta seguir o link
http://oeiraslocal.blogspot.com/2007/11/auto-retrato-do-cidado-honesto-ao.html
Caro «Zé da Burra», acertou! TEM MÚSICA! (infelizmente não temos patrocínios e não há verba para prémios)
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