quinta-feira, 5 de março de 2009

CRUZEIRO SEIXAS


É sempre tarde quando a noite nos descobre, 1980
Aguarela sobre papel
29 x 42 cms



Cruzeiro Seixas expõe cerca de 40 pinturas e desenhos em Lisboa

Lisboa, 04 Mar (Lusa) - Cerca de 40 pinturas e desenhos de Cruzeiro Seixas, figura importante do Surrealismo português, vão estar expostos a partir de quinta-feira [hoje] na Galeria São Mamede, em Lisboa, numa mostra intitulada "Homenagem a Júlio Reis Pereira".

A mostra, que estará patente até 02 de Abril, abrange obras criadas pelo artista desde os anos 1940 até à actualidade.

Fundador do grupo "Os Surrealistas" Portugal - com Mário Cesariny, falecido em 2006, e Fernando José Francisco, falecido no início deste ano - Artur Cruzeiro Seixas continua em actividade aos 88 anos, tendo realizado recentemente duas exposições individuais em Amarante e em Ermesinde.

Considerado um dos maiores expoentes do Surrealismo português, expõe desde os anos 40 e está representado em muitas colecções particulares e museus em Portugal, nomeadamente o Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian e no Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado.

Entre 1969 a 1974, Cruzeiro Seixas foi também director artístico da Galeria São Mamede, onde apoiou o lançamento de artistas como Paula Rêgo, Mário Botas, Raúl Perez, António Areal, Cesariny e Júlio (Reis Pereira), que nesta exposição é homenageado.

O Manifesto do Surrealismo, publicado em 1924 pelo escritor francês André Breton, deu origem a um novo modo de encarar a arte, estabelecendo os princípios surrealistas que viriam a influenciar muitos artistas a nível mundial, e que passavam pela adopção de uma realidade superior, a recusa do controlo da lógica, da razão, da moral e da estética na criação artística.

Cruzeiro Seixas, um dos motores do movimento em Portugal, continua a expor não só em espaços culturais do país mas também no estrangeiro, nomeadamente nos Estados Unidos e na Bélgica.

Em Amarante, foi convidado no ano passado a expor no museu de Amadeo de Souza-Cardoso, onde aproveitou para realizar um projecto artístico antigo: um décor surrealista com quadros suspensos em movimento.

Em Lisboa, em 2006, participou na Galeria Perve com Cesariny e Fernando José Francisco na última exposição conjunta dos fundadores de "Os Surrealistas" em Portugal.

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