CRIMINALIDADE
Estamos a viver um acentuado período de crise. Uma crise económica que se repercute em outros patamares da sociedade. À instabilidade gerada associa-se a insegurança. E este mal-estar alastra para além do tolerável, de forma que cada vez vemos mais afastada, no horizonte previsível a curto prazo, a recuperação da desejável estabilidade. A deterioração começou há alguns anos, agudizou-se agora e tudo indica que caminha num crescendo. Até quando e com que mais manifestações, desconhecemos.
Em momentos de crise de trabalho, é sabido que a criminalidade cresce. O desemprego, a carestia de vida, a carência para a satisfação de necessidades elementares são maus conselheiros. E a sociedade fica “doente”. Isto justifica o aumento da criminalidade. A onda de assaltos a diversos estabelecimentos e habitações disparou, sem que haja condições e meios para se lhe pôr cobro. Quer no litoral, quer no interior, esta é a realidade do quotidiano no concelho de Oeiras. Até já se dispara mortalmente, em plena via pública, e de dia!
Os Oeirenses não desejam que o seu concelho se transforme numa quase terra de ninguém. Mas, para isso, é preciso contar com a participação empenhada da Polícia. E onde está ela?
Como medida preventiva e dissuasora a PSP tem de adquirir visibilidade. Vir para a rua, dia e noite, e actuar. Não são esporádicas patrulhas autotransportadas que contribuirão para o saneamento do ambiente. Será, sim, a sua efectiva presença, a pé. É para isso que existe a Polícia.
Tomemos o exemplo da cidade de Londres, onde é frequente depararmos, a qualquer hora do dia e em qualquer arruamento, com a tranquilizadora presença da Polícia.
Jorge Miranda
jorge.o.miranda@gmail.com
Com os nossos agradecimentos ao Autor e ao Jornal da Costa do Sol pela cedência do artigo e ao Boletim Municipal Oeiras Actual pelo uso da foto.
3 comentários:
Sou um cidadão comum e incomodado com o panorama actual em que vivemos.
Com três dezenas de Primaveras e tentando olhar para um futuro justo, adequado à nossa forma e vontade de viver, sinto que o desenvolvimento social (que influi muitas outras áreas) em Portugal está a estagnar.
Apesar de ter nascido na era do "25 de Abril" preocupa-me sentir que Portugal está a abrandar. É como que o inverso do Big-Bang, uma pequena explosão inversa em forma de contracção, que nos vai apertando lenta e eficazmente até não haver mais para apertar!
Ainda me lembro de outros tempos, que nem estão muito distantes, em que o sentimento positivo de Esperança se encontrava muito presente. De repente olho para trás e sinto que a mudança é radical.
Muito evoluímos, em termos tecnológicos, sociais, enquanto sociedade de consumo... Deixámos distante mais uns degraus atrás
o nosso lado primitivo. Hoje me considero um cidadão do mundo. Há uns anos atrás foramos apanhádos com a necessária tomada de posição se haveríamos ou não de entrar na "Comunidade Económica Exclusiva", hoje UE. Inegável é a "evolução" que todos de algum modo e de prismas diferentes observamos e sentimos.
Mas certo é que as coisas por estas bandas Lusas não estão bem. Nada mesmo! A justiça... uma vergonha. Leis lentas em aplicar. Tribunais pejados de funcionários que não justificam os seus salários. Processos que na maior parte das vezes acabam em prescrições. Milhões que tudo isto acarretam e alimentam. Advogados e Juízes que saiem, esses sim, sempre a ganhar. A justiça está completamente dominada pelos abutres.
A educação... um descontrolo que mais parece um tubo de ensaio. Alunos que por motivos pessoais e até mesmo familiares muitas vezes não têm a oportunidade de investir mais tempo e dinheiro na sua formação. Cursos também desadequados ao panorama do pretendido pelo mercado.
Um pequeno exemplo: Alguma vez faz sentido o estado promover cursos, permitir vagas para áreas de formação que simples e completamente estão saturadas em termos de saídas profissionais?
Como é possível actualmente sairem formados 1000 arquitectos por ano, em todo o território? Desde quando é que o mercado tem capacidade para tantos profissionais?
Ao contrário da manutenção dos números clausos as universidades haveriam de diminuir mais ainda os mesmos, restringindo sempre o mais possível os critérios de seriação do indivíduo. Mas poder-se-ia ir um bocadinho mais longe. Poderiam por exemplo as mesmas universidades, isso sim, ocupar essas vagas cada vez mais com candidatos provenientes do mercado... promovendo em chamar/desafiar actuais profissionais no mercado de trabalho para investirem num "upgrade" nas áreas dos seus conhecimentos profissionais, tornado-se assim mais actualizados e adequados às exigências de uma sociedade em contínua e franca procura de eficaz evolução.
Mas não é só na justiça e educação que deposito algumas das minhas preocupações. Há um imenso espaço cultural que importa saudavelmente promover. A cidadania. O empreendedorismo. A inovação, a começar pela forma como cada um de nós pode participar e alterar a actuação política, daqueles que escolhemos para nos representar quando lhes depositamos um voto de
confiança sobre os nossos futuros e também dos nossos netos.
Este é mais um ano de eleições! Desta vez Europeias, Autárquicas e Legislativas. Um ano em que cada um de nós obrigatóriamente deveria dedicar algum do seu tempo para formar opinião sobre o que com cada acto eleitoral está em causa...
Queremos ou não queremos mudar melhorando Portugal??!
Comecemos cada um de nós por maturar idéias, por partilhar e promover o debate sobre elas, mas sobretudo nunca deixar de participar, nem que seja com um voto nulo cheio de recados para os segundos responsáveis por todo o panorama em que vivemos, porque os primeiros responsáveis somos cada um de nós! Porque os elegemos.
Faça um desafio a si próprio: Arrisque na sua forma de pensar!
Viva Portugal, mas sobretudo viva Feliz!
"E onde está ela"? Boa pergunta. Aqui em Algés ainda se vê da parte da manhã, mas à tarde e à noite... nada.
Eu gostava que esta Autoridade tivesse uma participação activa mas mesmo que andem bicicleta em sentido contrário à sua frente não actua.
Eu sei que há falta de elementos, que ganham mal...
Clotilde
O assunto da Segurança ou falta dela é Urgente. A falta de policiamento no nosso concelho é uma realidade. A Policia circula em viatura pelas avenidas principais como se esperasse que os meliantes estivessem ali expostos à espera. No meu bairro, servido pela PSP de Miraflores, é assim que acontece. Agentes em patrulhamento a pé é coisa que não há. Quando se telefona para a PSP a pedir intervenção contra grupos que ficam até altas horas da madrugada e fazem barulho nos jardins vizinhos a PSP está mais interessada em saber quem telefona do que em actuar, mesmo quando informada de que o barulho é na via pública.
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