Câmara teve de alargar consulta
19.08.2008 - Jornal PÚBLICO - pág 14
Isaltino Morais determinou o alargamento do prazo da discussão pública até 31 de Agosto depois de sete munícipes lhe terem dirigido um requerimento em que alegavam, entre outras coisas, que a câmara só estava a disponibilizar a consulta de três dos 11 volumes do processo. Apesar das férias, já 36 pessoas estiveram na câmara a ver o projecto, deixando registado no livro legalmente destinado a esse fim dezenas de páginas de violentas críticas à densidade de construção, à altura dos edifícios, ao impacte do empreendimento na rede viária, na circulação de peões e na paisagem envolvente. Para lá das críticas aí manifestadas, também vários blogues relacionados com Oeiras têm espelhado a condenação que o projecto está a merecer. É o caso do afundiçãodeoeiraseoseutermo, do Oeiraslocal e do Oeirasnalinha (este ligado ao CDS/PP). Também as associações Quercus e Civitas já se mostraram contra o empreendimento, bem como a Associação de Moradores de Nova Oeiras, que produziu um parecer de quatro páginas em que põe em causa o conceito global do projecto. Particularmente significativo é o contributo do conhecido arquitecto e professor de Urbanismo José Manuel Fernandes, que na qualidade de morador no vizinho bairro de Nova Oeiras defendeu, num parecer enviado a Isaltino Morais, uma "redução considerável da área de construção total pretendida" pelos promotores. "A densidade de ocupação edificada parece claramente excessiva em relação ao mais importante e exemplar conjunto urbano confinante com o pretendido, criando um profundo e indesejável desequilíbrio, uma errada assimetria, na relação com Nova Oeiras, em termos de qualidade do ambiente urbano". José Manuel Fernandes afirma que as duas torres de 25 pisos previstas "podem ser facilmente substituídas" por duas torres "com não mais do que 10 a 12 pisos, muito mais próximas da escala humanizada das seis torres de Nova Oeiras (existentes, nove pisos cada)". O docente da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa salienta que Nova Oeiras tem 400 fogos em 39,5 hectares, enquanto este projecto prevê 266 fogos em 8,2 hectares, sem contar com uma área superior para comércio e serviços. J.A.C.
19.08.2008 - Jornal PÚBLICO - pág 14
Isaltino Morais determinou o alargamento do prazo da discussão pública até 31 de Agosto depois de sete munícipes lhe terem dirigido um requerimento em que alegavam, entre outras coisas, que a câmara só estava a disponibilizar a consulta de três dos 11 volumes do processo. Apesar das férias, já 36 pessoas estiveram na câmara a ver o projecto, deixando registado no livro legalmente destinado a esse fim dezenas de páginas de violentas críticas à densidade de construção, à altura dos edifícios, ao impacte do empreendimento na rede viária, na circulação de peões e na paisagem envolvente. Para lá das críticas aí manifestadas, também vários blogues relacionados com Oeiras têm espelhado a condenação que o projecto está a merecer. É o caso do afundiçãodeoeiraseoseutermo, do Oeiraslocal e do Oeirasnalinha (este ligado ao CDS/PP). Também as associações Quercus e Civitas já se mostraram contra o empreendimento, bem como a Associação de Moradores de Nova Oeiras, que produziu um parecer de quatro páginas em que põe em causa o conceito global do projecto. Particularmente significativo é o contributo do conhecido arquitecto e professor de Urbanismo José Manuel Fernandes, que na qualidade de morador no vizinho bairro de Nova Oeiras defendeu, num parecer enviado a Isaltino Morais, uma "redução considerável da área de construção total pretendida" pelos promotores. "A densidade de ocupação edificada parece claramente excessiva em relação ao mais importante e exemplar conjunto urbano confinante com o pretendido, criando um profundo e indesejável desequilíbrio, uma errada assimetria, na relação com Nova Oeiras, em termos de qualidade do ambiente urbano". José Manuel Fernandes afirma que as duas torres de 25 pisos previstas "podem ser facilmente substituídas" por duas torres "com não mais do que 10 a 12 pisos, muito mais próximas da escala humanizada das seis torres de Nova Oeiras (existentes, nove pisos cada)". O docente da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa salienta que Nova Oeiras tem 400 fogos em 39,5 hectares, enquanto este projecto prevê 266 fogos em 8,2 hectares, sem contar com uma área superior para comércio e serviços. J.A.C.
6 comentários:
Mais uma vez não percebo as críticas. O projecto vai ficar junto à estaçao de Oeiras o que vai permitir uma grande acessibilidade. Além disso vão ser construídos 4500 lugares. Na minha opinião o projecto é perfeito. Qual é o problema das torres de 25 andares? Não estamos a falar de mamarrachos mas sim de edifícios com boa qualidade arquitectónica. Basta ir a qualquer downtown americano para perceber que lá as coisas são feitas desta forma e resultam.
Choca-me mais o facto de não exisitirem grandes parques de estacionamento junto às estações da linha de cascais. Isso sim iria contribuir para o aumento do uso de transportes públicos.
Ó anónimo, defina lá... ( já pedi ao outro anónimo mas deve ser o mesmo ) "projecto perfeito " e " edifícios com boa qualidade arquitectónica" . E xavor seja simples e claro. E vamos ver se o menino sabe " vender " esse peixinho em que acredita .
Mais, o menino deve desconhecer os problemas subjacentes à downtown americana como refere com "tanto carinho. Só pode .
E olhe alguma vez viveu lá ?
Olhe, e se viveu e gostou assim tanto porque é que veio para Portugal, e logo aterrou em Oeiras ....
Só me falta o menino dizer que o seu sonho era o sr. Bush ser presidente da CMO.
Para quê o Bush? Já lá está o gang do AlCapone!
Eu apenas dei a minha opinião. Será que não se pode fazer isso.
Eu gosto dos projectos do Sua Kay e acho que este se enquadra bem em Oeiras.
1º - para quê mais habitação: há muita casa nova vazia e muita abandonada na mira de cair e reconstruirem monstros porque do mesmo tamanho não sabem. Assim enquanto não houver falta de habitação apostem na reabilitação, na manutenção que respeitando os prazos (de 10 em 10 anos) dará trabalho a muita gentes;
2º - idem Há montes de lojas fechadas e sítos para escritórios: re-aproveitem, reconvertam o que há
3º - se querem estar entretidos com a construção civil - parece que é o que sabem fazer - além de reabilitarem consertem as estradas e passeios.
Realmente aquele espaço da Fundição deve ser aproveitado: peçam ideias a gente normal.
Clotilde
Mas nós estamos a falar de escritórios de classe A, ou seja, a com mais elevados padrões de qualidade. Não pode ser um espaço qualquer. Além disso, este empreendimento é a oportunidade de atrair mais multinacionais para o concelho.
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