Hoje fui a Queijas visitar uma amiga que me arrastou (é o termo certo) para ver uma coisa que não consegue entender. Entretanto apareceu mais uma moradora que evocando uma terceira (que está a comprimidos pela ansiedade que se instalou no peito) me relataram e mostraram umas obras que se estão a passar num jardim (que o foi) que há-de ser na zona da rua António Feliciano de Castilho/Alameda Sousa Bastos.
Dizem que havia ali um jardim, um verdadeiro jardim com flores e arbustos e um lago. Agora está todo vedado, arrancaram tudo, fizeram uma zona canina que vai ficar mesmo em frente de um prédio que já tem os alicerces a serem construídos, embora haja um recanto mais ao lado onde entendem que devia ser a tal zona dos wcs dos canídeos.
Contaram que chegaram sete palmeiras que ali ficaram ao sol e já foram levadas. Mostraram-me muitos vasinhos que estão à espera de serem colocados no solo, mas como está tudo em reboliço andam ansiosas esperando que não sequem.
E interrogam-se: porquê? O jardim era bonito, estava bem tratado.
A minha amiga todos os dias passeia naquela zona o seu cão (cumprindo os requisitos de asseio) e por isso conhece bem o sítio; a outra senhora confirmou a perplexidade de tal procedimento, que tem placa da CMO – Espaços Verdes, três meses de obras valor qualquer coisa como cerca de Euros 57 mil.
Lá que deve haver uma razão … mas parece ser difícil de entender… e uma destas até é licenciada e mãe de três filhos licenciados com mestrados e doutoramentos mas lá entenderem isto… está a ser difícil.
Maria Clotilde Moreira / Algés
3 comentários:
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É como eu digo: Não são as licenciaturas, os mestrados e os doutoramentos que tornam as pessoas mais (ou menos?) inteligentes.
Então e que tal se ao invés de, à boa maneira 'tuga' de se deitarem a adivinhar (com preconceitos apriorísticos), indagassem junto do promotor a razão da obra ?!
O tempo do "que saudades que eu já tinha da minha alegre casinha...", já lá vai...
Por exemplo: Será que as plantas do jardim estavam saudáveis ? Eram espécimes adequados ? E as árvores, se é que as havia, davam garantias de segurança ? Havia pragas e parasitas ?
Há muitas razões para demolir um jardim e construir um novo...
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Zé António
Essa de falar das licenciaturas foi de minha iniciativa e talvez não tenha sido muito feliz. Eu gostava era de mostrar a admiração de várias pessoas e de mim própria por estas obras quando o jardim parecia bonito e saudável.
Clotilde
Jose Antonio,
Se as razões para destruir um jardim fossem as por si invocadas (que neste caso nem são), seria obrigação dos serviços competentes terem plantado espécimes adequados e tratar das pragas e parasitas.
É por causa desta maneira de pensar, do mau planeamento e das políticas de esbanjamento que o nosso país está como está.
Quanto a indagar razões junto dos responsáveis, tarefa que noutras ocasiões tentei ardua e infrutiferamente, pois tantos são os entraves, que acaba por ser menos penoso recorrer a blogues como este.
Ana Baptista, Queijas
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