quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Uma ida a QUEIJAS


Hoje fui a Queijas visitar uma amiga que me arrastou (é o termo certo) para ver uma coisa que não consegue entender. Entretanto apareceu mais uma moradora que evocando uma terceira (que está a comprimidos pela ansiedade que se instalou no peito) me relataram e mostraram umas obras que se estão a passar num jardim (que o foi) que há-de ser na zona da rua António Feliciano de Castilho/Alameda Sousa Bastos.

Dizem que havia ali um jardim, um verdadeiro jardim com flores e arbustos e um lago. Agora está todo vedado, arrancaram tudo, fizeram uma zona canina que vai ficar mesmo em frente de um prédio que já tem os alicerces a serem construídos, embora haja um recanto mais ao lado onde entendem que devia ser a tal zona dos wcs dos canídeos.

Contaram que chegaram sete palmeiras que ali ficaram ao sol e já foram levadas. Mostraram-me muitos vasinhos que estão à espera de serem colocados no solo, mas como está tudo em reboliço andam ansiosas esperando que não sequem.

E interrogam-se: porquê? O jardim era bonito, estava bem tratado.

A minha amiga todos os dias passeia naquela zona o seu cão (cumprindo os requisitos de asseio) e por isso conhece bem o sítio; a outra senhora confirmou a perplexidade de tal procedimento, que tem placa da
CMO – Espaços Verdes, três meses de obras valor qualquer coisa como cerca de Euros 57 mil.

Lá que deve haver uma razão … mas parece ser difícil de entender… e uma destas até é licenciada e mãe de três filhos licenciados com mestrados e doutoramentos mas lá entenderem isto… está a ser difícil.
Maria Clotilde Moreira / Algés

3 comentários:

Unknown disse...

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É como eu digo: Não são as licenciaturas, os mestrados e os doutoramentos que tornam as pessoas mais (ou menos?) inteligentes.

Então e que tal se ao invés de, à boa maneira 'tuga' de se deitarem a adivinhar (com preconceitos apriorísticos), indagassem junto do promotor a razão da obra ?!

O tempo do "que saudades que eu já tinha da minha alegre casinha...", já lá vai...

Por exemplo: Será que as plantas do jardim estavam saudáveis ? Eram espécimes adequados ? E as árvores, se é que as havia, davam garantias de segurança ? Havia pragas e parasitas ?

Há muitas razões para demolir um jardim e construir um novo...

.

Anónimo disse...

Zé António

Essa de falar das licenciaturas foi de minha iniciativa e talvez não tenha sido muito feliz. Eu gostava era de mostrar a admiração de várias pessoas e de mim própria por estas obras quando o jardim parecia bonito e saudável.
Clotilde

Anónimo disse...

Jose Antonio,
Se as razões para destruir um jardim fossem as por si invocadas (que neste caso nem são), seria obrigação dos serviços competentes terem plantado espécimes adequados e tratar das pragas e parasitas.
É por causa desta maneira de pensar, do mau planeamento e das políticas de esbanjamento que o nosso país está como está.
Quanto a indagar razões junto dos responsáveis, tarefa que noutras ocasiões tentei ardua e infrutiferamente, pois tantos são os entraves, que acaba por ser menos penoso recorrer a blogues como este.
Ana Baptista, Queijas