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Na sua edição desta semana, Edição nº 100, 16 a 22 de Outubro de 2007, vem o
Jornal da Região - OEIRAS - alertar para um velho problema bem conhecido dos moradores das freguesias vizinhas à mata e dos que por lazer ou desporto frequentam o local.
É um artigo bem escrito e documentado e foca problemas urgentes de resolução, embora não esgote o que há a dizer.
O risco de incêndio é eminente, não só pelo elevado número de árvores velhas/mortas/secas, as pinhas e a caruma, e os grupos de marginais que de noite ali se acoitam e fazem fogueiras.
Os que habitam na orla da mata, como é o meu caso, e que dela usufruem assiduamente sabem do que falo. Pontualmente, em 'conversa de café' o problema do incêndio vem à baila mas depois não passa disso. O 'povo português' não é dado a grandes movimentos cívicos e acha sempre que compete a 'outros'.
Neste particular as várias corporações de Bombeiros da zona terão uma palavra a dizer.
A estrada, não há muito asfaltada, que liga a Estrada da Costa à Carreira de Tiro, (zona de Linda-a-Velha) encontra-se deficientemente iluminada já que a maior parte dos candeeiros têm as lâmpadas fundidas. Há meses! Por várias vezes alertei os seguranças da carreira de tiro (funcionários da empresa que vigia a mata) sobre essa anomalia e também acerca de actos de vandalismo. Recentemente, um grupo de ciclistas, munidos de pás e picaretas, abria trilhos para provas de 'cross'.
Também foram retirados os sinais de limite de velocidade a 30 kms. Recorda-se que esse é, na mata, o único caminho asfaltado que liga Linda-a-Velha à Cruz Quebrada e é largamente usado por crianças e jovens que se deslocam às instalações desportivas.
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Dentro dos courts de ténis há papeleiras, no entanto os utentes entendem ser 'mais fácil' deitar no chão os restos das refeições - latas, as respectivas tampas de abertura fácil que constituem um perigo para quem circula com calçado leve, garrafas, muitas delas devidamente partidas,
(os pedaços de vidro são uma constante na mata) assim como embalagens várias. Fora dos courts não há, como diz o J.R. recipientes para lixo.
Os dois circuitos de manutenção (zona da carreira de tiro / Estrada da Costa) desapareceram. Foram vandalizados, queimados os aparelhos, arrancados os ferros dos obstáculos e as instruções afixadas nas árvores.
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Algumas declarações do Presidente da CMO - " Temos melhores condições para assegurar a limpeza, para criarmos percursos pedonais e abrirmos mais aquele espaço à população ".
Há ainda um caso (zona da carreira de tiro) de uma (?) família com várias crianças e adolescentes que habita, há décadas, no que foi uma casa de guarda florestal, acrescentada já com uma construção em tijolo - ilegal sem dúvida - que tem ambos os telhados cobertos com um grande plástico azul.
A área circundante encontra-se normalmente 'guarnecida' com lixo orgânico, restos de mobiliário, electrodomésticos e brinquedos vários - bicicletas, carrinhos de bebé - muitos deles depositados no leito do pequeno curso de água que corre desde o Alto de Santa Catarina até à Estrada da Costa.
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No ano de 2005(?) o 'Boletim Municipal de Oeiras' publicou um artigo de fundo em que sensibilizava os munícipes no sentido de darem primazia à vegetação mediterrânica na ornamentação dos jardins e varandas. Ao mesmo tempo, na Mata do Jamor, procedia-se à limpeza do coberto cortando cerce os exemplares de
folhado mediterrânico, sanguinho dos bosques, murta, pascoínhas, giesta, etc. [cito de cor]. Escaparam alguns encostados às árvores e cuja localização não estava acessível ao tractor.
No entanto, a mesma empresa, deixava espalhados por centenas de metros quadrados um número considerável de pneus usados oriundos de uma oficina clandestina de automóveis, desaparecida aquando da erradicação das barracas da zona adjacente à mata [Linda-a-Velha]. Os pneus ainda lá estão. No verão, quando o mato seca ficam muito mais expostos.
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