sábado, 22 de março de 2008

BOA PÁSCOA

"Cristo ressuscitou!", ... "Em verdade ressuscitou!".
Saudação e resposta de Domingo de Páscoa, na Tradição Oriental, ainda hoje comum em países onde as Igrejas cristãs autocéfalas se regem pelo rito ortodoxo (bizantino)
Cristo Pantocrator "Rei de Todos Nós"
Mosteiro de Santa Catarina do Monte Sinai
Constantinopla (Império Bizantino) meados do Século VI
Pintado sobre madeira 84X45,5 cm X 33,1X19,4

Com os agradecimentos a Museu Bizantino


11 comentários:

Isabel Magalhães disse...

Fernando;


"Cristo ressuscitou!",



mas, certamente, anda esquecido que Portugal existe!

Renovo os votos de Feliz Páscoa.

O Cu de Oeiras disse...

Feliz Pascoa para essa grande equipa de editores do Oeiras Local.

bem hajam

Boavida pires

Fernando Lopes disse...

Eu tb acho que anda esquecido mas tb me parece que nós da sua mensagem (eu icluído).Isto sem intenções ou discursos de proselitísmo, de capta mais uma para a dízima, ou de catolicismo bafiento). Antes olhar para o fenómeno religioso como algo de extraordinário (para uns invenção para outros revelado)que nos penetra a epiderme desde o tempo da "arte" das cavernas com funções mágicas e ou espirituais.
E depois sinto e, não foi por acaso que aqui postei o ícone mais antigo que se conhece, a acreditar na literatura, que somos devedores da extraordinária arte de inspiração religiosa de que os ícones orientais são um excelente exemplo. Penso eu de que...

Fernando Lopes disse...

Isabel

Ao fazer a recolha limitada na Internet encontrei esta anedota.

Num Domingo de Páscoa Ortodoxa, no Kremlim, um alto personagem dirige-se a Brejenev com a saudação de séculos "Cristo ressuscitou" e a resposta que deveria ser cordial...mesmo da parte de um comunista impedernido...foi de que o Andropov (responsável pelo KGB e mentor do Gorbachov)"...já o tinha informado!". As voltas que a História dá.

Isabel Magalhães disse...

Fernando;

Emocionei-me quando visitei a Catedral de São Pedro em Moscovo e vou apenas focar um ponto que desconhecia e por isso me deixou mais atenta. Não existem confessionários; há filas de pessoas que aguardam a vez de se dirigir ao Padre ortodoxo que se encontra de pé, junto a uma das colunas e a confissão é feita assim, em voz baixa, claro, mas à vista.

Do seu primeiro comentário que subscrevo "(eu incluída)" faço tb minhas as suas palavras "que somos devedores da extraordinária arte de inspiração religiosa".

"Cristo ressuscitou!",

[]

Isabel Magalhães disse...

Amigo Boavida;

Feliz Páscoa para ti e para os teus.

[]

Fernando Lopes disse...

"Em verdade ressuscitou" Isabel

Também eu uma vez fiquei especado a ouvir cânticos e admirar o interior da Catedral de Santo Alexandre Nevsky (herói russo dos tempos da Moscóvia)e quando reparo estava num serviço fúnebre com um morto ali mesmo. Para além do fenómeno da confissão, a liturgia ainda é mais teatral que a Católica. Em parte da "missa" o "pope" (padre) está por detrás do "ikonostase" - altar com portas donde o sacerdote canta e fala sem que as pessoas o vejam. Este fenómeno, de acordo com a minha interpretação livre, pode remontar à vivência dos principios do cristianismo no Egipto que reflectia as tradições dos templos milenares. Estamos a imaginar a voz que ressoa de um oráculo...a voz da divindade...a voz de Deus.

Unknown disse...

.


Cristo morreu ! Marx também !

E com este des-governo, eu não me sinto NADA BEM !!


.

Fernando Lopes disse...

Mas ó Jose António. Há para aí quem já "pede ao Marx que volte...que até já está perdoado". Será que vai ressuscitar... T´arrenego..."va de retro" dirão alguns.
Quanto a Cristo...é mais uma questão de Fé.

Com este des-governo...o melhor é pôr uma velinha...mal não faz.

Anónimo disse...

Meados do Séc. VI, o ícone mais antigo que se conhece.

Sem desprimor para os que acreditam, já ouviram falar na lei do boato? Experimentem pôr uma turma de 20 alunos a transmitir uma mensagem inicial aos ouvidos uns dos outros e verão como está a história quando chegar ao último aluno...

Agora imaginem uma história dum profeta da Galileia cujos seguidores nem sequer deviam saber ler e escrever, transmitida oralmente durante décadas (provavelmente durante séculos) e cujos escritos originais (se existiram) se perderam para sempre.

A história que se conhece foi "cozinhada" pelo Concílio de Niceia, realizado no ano 325, que pretendeu precisamente reunir todas as historietas e facções do Cristianismo que já havia nessa altura, unificando a Igreja.

Milhares de registos que não convinham àqueles senhores em particular foram pura e simplesmente destruídos.

Ainda acreditam nesse livro chamado "Bíblia Sagrada"? Quem o escreveu, e quando?

ALTO DO LAGOAL E VALE DA TERRUGEM disse...

Nos livros acredito. Até tenho mais do que um, desde a Biblia ao Corão. Agora no seu conteúdo acredita quem quer. Não preciso ser crente para admitir que a Religião não deixa de ser um fenómeno social (total quando não totalitário).

A minha "admiração" pela "arte sagrada" (pintura e música orientais)e pelo fenómeno que forja culturas (para o bem e para o mal)levou-me naquela véspera de Páscoa a deixar um exemplar de uma imagem e um link para outras como metáfora da nossa vontade de estarmos abertos à diferença e ao outro (discordemos ou não).
Depois o pequeno texto de saudação (ainda em voga no Oriente) pretende remeter a força da tradição (errada ou não) que nos leva, ainda hoje, a desejar Bom Natal e os espanhóis " Feliz Navidades".
E nem por isso o caro anónimo é adorador do "Sol Invictus" (festival romano de 25 de Dezembro designado "Dies Natalis Solis Invicti"), culto contemporâneo do período paleo-cristão. Nem os espanhóis são uns católicos empedernidos.