quinta-feira, 3 de abril de 2008

NÃO SOMOS DONOS DA TERRA

Não somos donos da terra,
nem do ar
nem do mar
A noite é de todos
E o sol aquece brancos e negros.
A chuva cai
Os rios correm
E o vento,
o vento sopra,
sopra quando quer.
Nem a tempestade é nossa
Nem a calmaria.
As estrelas estão sempre lá
E a lua ora vem ora vai
E todos os dias a tarde caí
E a manhã nasce.
Não somos donos da terra...



QUEM CONHECE AS RESPOSTAS?

Quanto vale um átomo de ar puro
E um grão de areia de uma praia limpa?
Por quanto tempo, ainda, o salmão subirá o rio
E as folhas das árvores cairão no Outono?

O que estão a fazer os homens-sábios
madrugadas de primaveras
ou a medir a felicidade em barras de ouro?
O sorriso de uma criança feliz valerá o mesmo que uma bomba?
As respostas não as conheço!
Só sei que tenho as mãos vazias do muito pouco que fiz
por esta TERRA TÃO MAL-AMADA!
Clotilde Moreira

3 comentários:

Fernando Lopes disse...

Não somos donos da terra ...mas julgamo-nos donos do mundo.

Obrigado Clotilde pelos momementos de poesia e reflexão

Isabel Magalhães disse...

Os meus agradecimentos à Clotilde Moreira pelo contributo e porque subscrevo a mensagem.

Anónimo disse...

Clotilde,

As questões que aqui coloca (do ponto de vista do nosso concelho), são prementes (para toda a humanidade), mas localmente, devem ser questionadas e dirigidas a quem durante estes últimos 20 anos impõe uma política urbana no concelho, virada para a pura especulação imobiliária, de altos lucros.