A educação em Portugal é um crime de «lesa-juventude»: Com a fantasia do ensino dito «inclusivo», têm lá uma data de gente que não quer estudar, que não faz nada, não fará nada, nem deixa ninguém estudar. Para que é que serve estar lá gente que não quer estudar? Claro que o pessoal que não quer estudar está lá a atrapalhar a vida aqueles que querem estudar. Mas é inclusiva.... O que é inclusiva? É para formar tontos? Analfabetos?"
Os exames são uma vergonha. Você acredita que num ano a média de Matemática é 10, e no outro ano é 14? Acha que o pessoal melhorou desta maneira?
Por conseguinte a única coisa que posso dizer é que é mentira! Está-se a levar a juventude para um beco sem saída.
Esta juventude vai ser completamente desgraçada!
Isto da avaliação dos professores não é começar por lado nenhum. Eu já disse à Ministra uma vez «A senhora tem uma agenda errada"». Porque sem pôr disciplina na escola, não lhe interessa os professores. Quer grandes professores? Eu também, agora, para quê? Chegam lá os meninos fazem o que lhes dá na cabeça, insultam, batem, partem a carteira e não acontece coisa nenhuma. Vale a pena ter lá o grande professor? Ele não está para aturar aquilo... Portanto tem que haver uma agenda para a Educação. Eu sou contra a autonomia das escolas. Isso é descentralizar a «bandalheira».
Nota: O Professor Medina Carreira, um dos mais capacitados economistas portugueses, sempre que fala, deixa o País a reflectir, estupefacto. O que se transcreveu acima é parte da recente entrevista que concedeu a Mário Crespo.
9 comentários:
Isabel,
O que este Senhor disse é tão certo que até me dá arrepios. Apetecia-me gravar estas verdades e obrigar muitos do Governo e mais o tal de Albino a ouvirem-as até entenderem a falta de disciplina, autoridade, obrigatoriedade de estudar, exames, responsabilidade...
Clotilde
Clotilde;
Também vi a entrevista e digo-lhe que fiquei
'suspensa' das palavras do Prof. M.C.
O homem até pode ter toda a razão. Mas de ter tanta, acaba por não ter nenhuma!
A entrevista deste Professor devia passar nas TV's de novo e poderia servir para se debater as várias vertentes focadas. Há ainda muita gente que pensa que os professores dizem não porque querem estar contra a ministra. Afinal o nosso sistema de ensino está a degradar-se com uma total falta da obrigatoriedade de um saber de estudo feito.
José da Mota Carvalho
Esta entrevista foi incómoda para muito «boa» gente. O homem tem tanta razão que até doi e espero que lhe dêem o tempo de antena que ele pediu ao Crespo.
Sr Mota Carvalho; a entrevista devia passar de novo em horário nobre e com boa divulgação prévia.
Agora é que eu fiquei baralhado. Então o homem tem tanta razão que acaba por não ter nenhuma?
Concordo com Medina Carreira, embora deva admitir que na maior parte das vezes que fico estupefacto com as suas declarações seja pelo seu excessivo catastrofismo.
"Esta juventude vai ser completamente desgraçada!" é o espelho disso, nesta entrevista. Não tomo a parte - mesmo que maioritária - pelo todo; continua a haver alunos interessados, esforçados, criativos, com ideias, que não se deixam afectar pelos delírios ministeriais e dos seus colegas.
Infelizmente não são a maioria, mas alguma vez o foram? Provavelmente, responderão que sim, mas as circunstâncias eram outras, o acesso à escola não estava democratizado e isso "resolvia" a questão. Agora é "inclusiva", a escola; e à partida deve sê-la. Mas é claro que há alunos que só estão na escola para impedir os outros de aprender. Como resolver isso?
O Prof. Medina Carreira poderia responder.
Não sou o Prof Medina Carreira mas afigura-se-me que quem não tem aproveitamento deve ficar retido e que deveria acabar o facilitismo.
Também me pergunto como é ser professor numa turma com alunos que não têm bases e não querem aprender.
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