quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Lágrimas para o Jardim de Paço de Arcos

Pouco mais havia que um quiosque no meio do Jardim de Paço de Arcos quando os “Limas” chegaram. Depois transformou-se o quiosque num café com um varandim e à volta cresceu a esplanada onde nas noites de Verão todos nos encontrávamos. Mesmo no Inverno os “Limas” eram um lugar com gente.

O Jardim levou algumas voltas com melhorias de um lugar para pássaros e parque infantil. Anos passaram até que um dia grandes mudanças: desapareceu o varandim, passou a restaurante e a esplanada começou a estiolar. E de menos em menos fechou. Está fechado o café do Jardim de Paço de Arcos.

Como foi possível, como é possível que não se encontre uma solução para continuar aberto este espaço. Dizem que é a burocracia, outros que a CMO pretende uma renda exagerada. É verdade que a população envolvente, entretanto, terá envelhecido e haverá uma certa desertificação.

Mas nada, mesmo nada é desculpa para que este espaço esteja há tanto tempo fechado dada a importância social de local de encontro para a população da baixa de Paço de Arcos.

Publicado no Correio do leitor do Jornal de Oeiras de 13.10.2009

4 comentários:

Anónimo disse...

Isto só pode ser coisa da CMO com a sua mania de que tudo têm que ser espaços caros e elitistas ditos "de excelência".

Tiazoca de Oeiras disse...

Força Clo!
Estamos cá para continuar a apontar o dedo e a lutar por um Concelho decente, asseado e limpo.

Isabel Magalhães disse...

Temos 'tudo'. Temos um clima de excelência durante quase todo o ano e depois não sabemos tirar partido disso.

Rui Freitas disse...

Amiga Clotilde, como eu a compreendo!
Enquanto pude, tentei que aquele espaço fosse o mais aprazível possível para a fruição de residentes e visitantes. Cheguei a ser "apontado" por designar o Jardim como a "sala de visitas" de Paço de Arcos. Que, de facto, é! Ainda existia o "Arte & Tapas", quando promovi uma reunião tripartida (Concessionário, Junta e Câmara), de modo a que a esplanada fosse modificada, de modo a receber - com conforto e sem a agressão de ventos - todos quantos nela quisessem permanecer. A CMO (na pessoa do então Vereador Ferreira de Matos) deu todas as possibilidades para que o projecto avançasse; sem sucesso! Meses depois, encerrou por razões que o verdadeiro investidor/concessionário teve a gentileza de me explicar.
Soube-se há meses, que tinha sido aberto concurso para nova concessão, segundo o próprio actual e futuro presidente da Junta. Até agora, tudo continua na mesma e o Jardim vai "morrendo" aos poucos... escuro, triste, abandonado!
Como eu a compreendo, Clotilde!