quinta-feira, 6 de março de 2008

Marcha da Indignação


PSP visita escolas para recolher informação sobre manifestação
Por Margarida Davim

Agentes da PSP estiveram, esta quarta-feira, em duas escolas de Ourém para saber quantos professores irão à Marcha da Indignação do próximo sábado em Lisboa. Líder da Fenprof classifica este episódio como «muito estranho e pidesco.»

A Escola Secundária de Ourém e a Escola Básica 2,3 D. Afonso IV receberam, esta quarta-feira, a visita de dois agentes da PSP.

«Vieram vestidos à civil, sem farda, e disseram que queriam saber quantos professores iriam à manifestação [de sábado, em Lisboa]», contou ao SOL um elemento do conselho executivo da Escola Secundária de Ourém.

Perante a estranheza dos docentes daquela escola, os dois polícias justificaram o pedido de informação «com a necessidade de controlar o trânsito». >>>

8 comentários:

antonio manuel bento disse...

Grande é a Ministra da Educação! Que grande entrevista, que esclarecimento válido e cabal deu ela aos portugueses, que rebate aos argumentos infundados transmitidos para a opinião pública por parte das forças que querem continuar estáticas. A ministra esclareceu, esclareceu bem e informou quem andava distraído e se andava a deixar enganar e, julgo, que qualquer pessoa intelectualmente honesta tem que aceitar o ponto de vista da Senhora Ministra.
Também uma referência aos professores e ao facto de estes terem marcado a manifestação para um Sábado; normalmente as manifestações são acompanhadas de greves e em vésperas de feriado, ou às terças ou às quintas (por causa da ponte), mas o sentido de dever e responsabilidade da classe docente mostrou que há um respeito pelos pais e alunos, compreendendo os transtornos naturais que situações de greve causam nas famílias.
Irónico e estranho é que os professores, no meio de tantos problemas que até lhes poderia ser dada razão, escolham justamente como bandeira aquele que não pode ser aceite nem compreendido por nenhum trabalhador de outro sector de actividade, pois esses são avaliados permanentemente. A avaliação de qualquer profissional é um elemento basilar no desenrolar da actividade em que ele se insere.

António Manuel Bento, um cidadão ao serviço da comunidade.

Anónimo disse...

Hesitei em comentar o artigo porque efectivamente não sinto a obrigação de convencer ninguém. Quem trabalha diariamente nas escolas são todos aqueles que lá estão; todos os outros não podem opinar sobre aquilo que não sentem, não sofrem e não sabem como funciona. A tentação é sempre usar o chavão do corporativismo mas isso aplica-se transversalmente a toda a sociedade: desde os políticos que governam até a todas as profissões. Quem tem de defender as condições dignas de trabalho são os agentes aos quais é aplicado esse trabalho. Na docência estas condições pioraram (perdeu-se o direito à maternidade, paternidade, luto de familiares, casamento) com mais horas lectivas semanais (horas extra não remuneradas), mais turmas em escolas com a mesma dimensão e equipamentos (os cursos profissionais, Novas Oportunidades), etc.

Treinadores de bancada hà muitos mas só um é que comanda a equipa; como é possível opinar sem conhecer os elementos técnicos da avaliação de desempenho? Quando os conhecerem, concluirão que é humanamente impossível aplicá-los nos moldes em que estão propostos. Os parâmetros criados são a porta aberta à arbitrariedade, discricionariedade e perseguição, que em nada estão relacionados com qualidade do desempenho. O exemplo da escola de Leiria (com parâmetros em que avaliavam a verbalização da opinião dos professores), aliado ao novo modelo autocrático de gestão das escolas, é paradigmático do que irá acontecer a médio prazo em termos de avaliação; se o oito é mau, o oitenta é pior.

Como é possível aceitar tacitamente a divisão dos professores em 2 categorias quando executam exactamente as mesmas funções e muitas vezes em conjunto?
Nunca houve progressão automática porque os professores só progrediam se cumprissem uma série de requisitos; se era eficaz, é um assunto que teria de ser discutido na mesa técnica. O que é garantido, é que com esta avaliação NINGUÉM progride, nem maus e nem bons, por imposição de quotas cegas.
Agora não “são sempre os mesmos”, parafraseando o primeiro-ministro; são muitos que nunca na sua vida profissional se manifestaram (eu incluído), mas que atingiram o limite da humilhação a que têm sido sujeitos.
Toda a revolta espontânea que surgiu, ao arrepio dos sindicatos, apenas teve como causa as muitas injustiças e ilegalidades descaradas do ME em relação a milhares de professores; e a injustiça é a mãe de todas as revoltas.

(Mário Silva)

Anónimo disse...

os sindicalistas do costume a enxerem os blogues de propaganda...

Anónimo disse...

enxerem

e os analfabetos do costume que não sabem escrever nem usar o corrector ortográfico.

Anónimo disse...

Caro Rui Freitas,

Atendendo ao facto de se encontrar "on line" liberto este espaço para Lhe comunicar o porquê da referência ao "encarnado"... quer melhor exemplo que comentários supra??
Entende agora parte do que Lhe transmitia quando Lhe referi o vermelho como côr intermédia do OL?
Como sabe, na própria Administração, há elementos, que muito respeito, que concordam e subscrevem tais comentários... afinal tenho ou não razão?

Boa noite,
Luis Miguel

Anónimo disse...

Caro Rui Freitas,

Não tendo directamente relação com este "post", comunico-lhe que tenho alguma dificuldade em comentar, tendo inclusivé obtido resposta de erro após submissão de comentário.
Espero tê-lo ajudado na detecção deste pequeno problema, que certamente resolverá.

Cumprimentos,
Luis Miguel

Rui Freitas disse...

Amigo Luís Miguel,
Deixe-me que lhe diga duas coisas:
1.ª - Os comentários no "OL" são livres e até "As informações e opiniões só vinculam os respectivos autores", como leu no início do blog!
2.ª - Na Administração do "OL", que eu saiba, há pessoas "laranja", "encarnadas", "azúis" e assim assim... antes pelo contrário!
Daí a considerar este blog uma "correia" do PSD, vai uma grande distância!
Sabe porque guardo os meus comentários mais politizados para o "Pinhanços"? Por isso mesmo... por não querer nem dever politizar o "Oeiras Local".
Se há elementos "laranja" na administração? Acho que sim!
Mas também os há de outras "cores"! E daí?
Não tome a árvore pela floresta, Luís Miguel!
Quanto à dificuldade de submissão de comentários - permita-me que responda pela administrado ra do "OL" -, creia que só pode dever-se a questões intrincáveis da informática.
Primeiro, porque NÃO ACREDITO (desculpe-me a franqueza) em censura no "OL";
Segundo, porque eu próprio estou com problemas de acesso ao meu "Pinhanços" e nem por isso me passa pela cabeça impedir quem quer que seja de comentar...
Já agora, fica o alerta: falta-me responder-lhe às questões do Património por si contestadas há dias.
Para não perdermos precioso tempo, respondo-lhe aqui:
Conhece o "Livro Negro do Verbo Isaltinar", editado pela Juventude Socialista - Concelhia de Oeiras?
Entre outros exemplos, aconselho-o que releia o "artigo" "Proposta apresentada por Isaltino Morais viola deliberação da assembleia municipal"?
Não me diga que desconhece? É impossível!
Quantos atentados ao Património a vossa "jota" enlencou nesse livrinho?
Quer que lhe envie digitalização, só para lhe recordar?
Por mim... esteja à-votade!

Isabel Magalhães disse...

Afinal quem mandou a PSP às escolas?

No noticiário da hora do almoço 'ninguém foi'!